Diante da Paz



Entendendo-se a paciência, à maneira de ciência da paz, não procures a paz, à distância, de vez que ela reside em ti mesmo.


A paz, no entanto, baseia-se na lei da troca que mantém o equilíbrio do Universo, através do binômio “dar e receber”.


Semeia a paz, a fim de que a recolhas.


Quando te não seja possível providenciar a segurança do ambiente fustigado de inquietação, mentaliza a paz por intermédio da palavra e do pensamento.


Ante os enfermos, cala os assuntos suscetíveis de criar agitação e oferece-lhes a tranqüilidade, relacionando temas capazes de garanti-la; entretanto, se o verbo não te for facultado, envia idéias de reconforto e encorajamento aos doentes, diligenciando proteger-lhes as forças mentais, ameaçadas de desgoverno.


Surpreendendo a discórdia, permanece com a verdade e aclara o caminho, mas emite pensamentos de paz, no rumo dos irmãos em contenda; e, se podes falar, pronuncia a frase edificante que consiga ajudar a extinguir os focos de perturbação ou desequilíbrio.


Renteando com alguma criatura menos feliz, por maiores sejam os motivos que a tornem pouco simpática, rememora os vínculos de fraternidade que nos unem fundamentalmente uns aos outros e procura ampará-la mentalmente, abençoando-lhe a presença com silenciosas mensagens de amor e renovação.


Se recebes notícias acerca das aflições e provas de alguém, endereça a esse alguém pensamentos de compreensão e consolo que lhe favoreçam o reajuste.


Conversando, acalma os que te ouvem.


Escrevendo, articula imagens de otimismo e confiança, serenidade e alegria.


Lembrando amigos ou inimigos, envia-lhes votos de êxito nas tarefas e compromissos que abracem.


Seja a quem seja, auxilia como e quanto puderes, a fim de que todos os que se comunicam contigo permaneçam e paz e alegria.


Cada consciência, na Excelsa Criação de Deus, é núcleo de vida independente na Vida Imperecível.


Reflete na importância de tua própria imortalidade e recorda, onde estejas, que a paz de teu ambiente começa invariavelmente de ti.



Emmanuel

In: ‘Rumo Certo’ – Francisco Cândido Xavier


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“Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz!...” - São Francisco de Assis

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