Materialização de Espíritos



(Espírito materializado Katie King, junto ao cientista Sir William Crookes)


Fenômeno mediúnico de efeitos físicos


As ações desenvolvidas pelos efeitos dessa mediunidade afetam o ambiente material e, por isso, são denominados de efeitos físicos. Os fenômenos de efeitos físicos resultam da ação dos espíritos sobre os fluidos até chegar a produzir resultados perceptíveis no mundo material. Os efeitos dessa mediunidade são percebidos por qualquer pessoa que os possa presenciar.


O efeito físico é o resultado da combinação dos fluidos do espírito, do o ectoplasma do médium e os fluidos do ambiente. Com esses três elementos o espírito gera o fenômeno, o anima e controla pelo pensamento.


Fluidos


André Luiz, no livro Domínios da Mediunidade, afirma que o fluido é um material leve e plástico, necessário para a materialização. Podemos dividi-lo em três elementos essenciais: fluidos A, representando as forças superiores e sutis da esfera espiritual (são, geralmente, os mais puros); fluidos B, nascidos da atuação dos companheiros encarnados e, muito notadamente, do médium; e fluidos C, constituindo energias tomadas à Natureza terrestre (são os mais dóceis).


Os Espíritos agem sobre os fluidos, intencionalmente ou não, conforme o esclarecimento e a evolução.


As formações fluídicas são geradas pelo pensamento e dependem da capacidade de cada um ter mais ou menos potencialidade de criar formas através da manipulação de fluidos.


Podem aglomerar, dirigir, modificar e até combinar entre si para obter resultados ou conferir-lhes propriedades.


É assim que, no campo espiritual, as “coisas” são plasmadas (formadas).


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Materialização (ou Ectoplasmia)


Fenômeno pelo qual os espíritos constroem algo material (objeto ou corpo) a partir da manipulação do ectoplasma, em combinação com os fluidos do ambiente e do espírito.


Para que o fenômeno de materialização de espíritos aconteça, é necessário a presença do médium de efeitos físicos e a presença de um componente especial denominado de ectoplasma.


Chama-se de médium de efeito físico aquele que tem a faculdade que permite ceder ectoplasma em quantidade suficiente para possibilitar aos espíritos o seu uso em combinação com outros fluidos (os do espírito e do ambiente), visando produzir ações e resultados sobre o mundo material.


O Ectoplasma


O ectoplasma é uma substância que se acredita que seja força nervosa e tem propriedades de interagir com o mundo físico. É um elemento amorfo, mas de grande potência e vitalidade, servindo de alavanca para interagir os planos físicos e espiritual. Infinitamente plástico, dá forma parcial ou total às entidades que se fazem visíveis.


É uma substância delicadíssima, que se situa entre o perispírito e o corpo físico, assim como um produto de emanações da alma pelo filtro do corpo, e é recurso peculiar não somente ao homem, mas a todas as formas da Natureza.


Pode ser usado pelo ser humano para liberá-lo, produzindo vários fenômenos. É de difícil manipulação, exige treinamento e técnicas para que os espíritos possam se utilizar desse fluido.


O médium em transe fornece o ectoplasma necessário para o fenômeno. O ectoplasma flui para fora do corpo do médium pelos orifícios naturais do organismo humano. Os espíritos combinam este ectoplasma com os fluidos retirados do ambiente (plantas, animais etc) e moldam as formas e os corpos desejados.


No processo de materialização, o corpo físico do médium, prostrado, sob o domínio dos técnicos do plano espiritual, expele o ectoplasma, qual pasta flexível, à maneira de uma geléia viscosa e semiliquida, através de todos os poros e, com mais abundância, pelos orifícios naturais - particularmente da boca, das narinas e dos ouvidos - com elevada percentagem a exteriorizar-se igualmente do tórax e das extremidades dos dedos.


Durante o fenômeno o médium apresenta sensível perda de peso (matéria) e sensações de frio. É desgastante e requer muito cuidado para que a experiência não afete a saúde do médium. Deve ser realizado em um ambiente escuro (a luz afeta o ectoplasma) e tranquilo, e não deve-se tocar no médium durante o transe.


Ao final da manifestação o corpo ou objeto materializado se dissolve e os seus elementos retornam aos corpos de origem.


Sugestão de livros que tratam sobre ectoplasma e materialização:


  • Análise das Coisas - Paul Gibier

  • A alma é Imortal- Gabriel Delane

  • Mediunidade - J. Herculano Pires

  • Libertação - André Luiz / Chico Xavier
  • Pensamento e Vontade - Ernesto Bozzano
  • Parapsicologia Hoje e Amanhã - J. Herculano Pires

  • Curso Dinâmico de Espiritismo - J. Herculano Pires

  • Domínios da Mediunidade - André Luiz / Chico Xavier

  • Evolução em Dois Mundos - André Luiz / Chico Xavier

  • Espirito, Perispírito e Alma - Hernani Guimarães Andrade


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(Materialização de Meimei)


Uma noite sentimos um delicioso perfume. Intimamente, achei que era o mesmo que Meimei costumava usar. Surpreendi-me quando subitamente percebi que o corredor ia se iluminando aos poucos, como se alguém caminhasse por ele portando uma lanterna. Subitamente a luminosidade extinguiu-se. Momentos depois a sala iluminou-se novamente. No centro dela havia como que uma estátua luminescente. Um véu cobria-lhe o rosto. Ergueu ambos os braços, e elegantemente, etereamente, o retirou, passando as mãos pela cabeça, fazendo cair uma linda cascata de cabelos pretos até a cintura. Era Meimei. Olhou-me, cumprimentou-me e dirigiu-se até onde eu estava sentado. Sua roupagem era de um tecido leve e transparente. Estava linda e donairosa. Levantei-me para abraçá-la e senti bater o seu coração espiritual. Beijamo-nos fraternalmente e ela acariciou meu rosto e brincou com minhas orelhas, como não podia deixar de ser. Ao elogiar sua beleza, a fragrância que emanava, a elegância dos trajes e sua tênue feminilidade, disse-me: “Ora, Meu Meimei, aqui também nos preocupamos com nossa apresentação pessoal. A ajuda aos nossos semelhantes, o trabalho fraterno faze-nos mais belos, e afinal de contas, eu sou sua mulher. Preparei-me para você, seu moço. Não iria gostar de uma Meimei feia!”


Texto de Arnaldo Rocha (viúvo de Meimei)

Trecho do livro “Chico Xavier - Mandato de Amor” (União Espírita Mineira - Belo Horizonte, 1992)



A Inesperada Renovação



Naqueles momentos em que se reconhecia desligado do corpo físico, o homem acabrunhado sentia-se leve, feliz...


Extasiado na excursão que se lhe afigurava um sonho prodigioso, alcançou o recanto luminescente em que notou a presença do Cristo. Reverente, abeirou-se dele e rogou:


- Senhor!... Ouve-me por misericórdia! Amo-te e quero servi-te...


Desde muito tempo, aspiro a matricular-me na assembléia dos que colaboram contigo na redenção das criaturas... Anseio auxiliar aos outros, entretanto, Amado Amigo, estou preso!... Livra-me do lar onde me vejo na condição do pássaro encarcerado... Moro num ninho de aversões. Meu pai, talvez, cansado de conflitos estéreis, relegou-nos à própria sorte... Minha mãe exerce sobre nós um despotismo cruel.


Trata-nos a nós, seus filhos, à maneira dos objetos de uso particular, flagelando-nos com as exigências de pavorosa afeição possessiva... Meus dois irmãos me detestam... Senhoreiam indebitamente o que tenho e me humilham a cada instante. Se concordo com eles, me ridicularizam, e se algo reclamo, ameaçam-me com perseguição e espancamento!...


Libera-me, Senhor, da prisão que me inibe os movimentos... Quero agir em teus princípios, amar e servir, qual nos ensinaste...


Ante a ligeira pausa que se fez, Jesus fitou o visitante compassivamente e alegou:


- Lembro-me de tuas solicitações anteriores... Estavas de passagem, aqui mesmo, na direção do berço terrestre, acompanhado de amigos prestigiosos. Declaravas-te sequioso de ação no bem e os teus companheiros endossavam-te as afirmativas.


...Dizias-te ansioso no sentido de compartilhar-nos as tarefas...


Entendo-te, sim... A construção do amor é inadiável...


- Senhor – observou o consulente, respeitoso – se entendes o meu ideal e se as minhas petições já se encontram aqui registradas, quem me situou no lar terrível, no qual me reconheço, à feição de um doente, atirado a um serpentário?


O Mestre sorriu e considerou:


- Acreditando em teus propósitos de colaborar conosco, quem te enviou à família em que te encontras, fui eu mesmo...


Surpreendido com a inesperada revelação, o visitante do Mundo Espiritual experimentou estranha sensação de queda e acordou no próprio corpo.


Lá fora, os irmãos deblateravam contra a vida, reportando-se a ele com injuriosas palavras.


Ele, porém, assinalou os insultos que lhe eram endereçados com novos ouvidos, no silêncio de quem havia conquistado o troféu de profunda renovação.


Meimei

Do livro “Deus Aguarda”. Psicografia: Chico Xavier

LOUVADO SEJA DEUS


O velho André era escravo humilde e sofredor.


Certo dia, ele soube que Jesus nos ensinara a santificar o nome de Deus e prometeu a si mesmo jamais praticar o mal.



Se o feitor da fazenda o perseguia, André perdoava e dizia de todo o coração:


— LOUVADO SEJA DEUS.


Se algum companheiro tentava-o a fugir das obrigações de cada dia, considerando as injustiças que os cercavam, ele dizia contar com a Bondade Divina, indicava o céu e repetia:


— LOUVADO SEJA DEUS.


Quando veio a libertação dos cativos, o dono da fazenda chamou-o e disse-lhe que a pobreza e a doença lhe batiam à porta e pediu-lhe que não o abandonasse.


Todos os companheiros se ausentaram, embriagados de alegria, mas André teve compaixão do senhor, agora humilhado, e permaneceu no serviço imaginando que Deus estaria satisfeito com o seu procedimento.


O proprietário da terra, pouco a pouco, perdeu o que possuía, arruinado pela enfermidade, mas o generoso servidor cuidou dele, até à morte, afirmando sempre:


— LOUVADO SEJA DEUS.


André estava cansado e envelhecido, quando o antigo patrão faleceu.


Quis trabalhar, mas o corpo encarquilhado curvava-se para o chão, com muitas dores.


Esmolou, então, com humildade e paciência e, de cada vez que recebia algum pão para saciar a fome ou algum trapo para cobrir o corpo, exclamava alegremente:


— LOUVADO SEJA DEUS.


Certa noite, muito sozinho, com sede e febre, notou que alguém penetrava em sua choça de palha.


Quem seria?


Em poucos instantes, um Espírito Protetor erguia-se à frente dele.



Acanhado e aflito, quis falar alguma coisa, mas não pôde.


O Espírito Protetor, porém, sorrindo, abraçou-o e exclamou:


— André, o nome de Nosso Pai Celestial foi exaltado por seu coração e vim buscar você para que sua voz possa louvá-lo agora no céu.


No dia seguinte, o corpo do velho escravo apareceu morto na choupana, mas sobre o teto rústico as aves pousavam, cantando, e muita gente afirmou que os passarinhos pareciam repetir:


— LOUVADO SEJA DEUS.



(Conto do Espírito Meimei - Psicografia de Chico Xavier - Fonte: AME/JF)


Amando Sempre



Aproveita o dia e faze o melhor, amando sempre.


Plasma a obra que vieste realizar entre os homens, enquanto o apoio do tempo te favorece.


Suporta com paciência as vicissitudes da estrada e aceita, nas circunstâncias difíceis, a justiça da vida que volta a pedir-te contas.


Na tarefa mas obscura, opões o selo da bondade e, na conversação mais simples, modela a palavra liminosa do entendimento.


Abraça em cada pessoa que te cruze o caminho, alguém que te leve mais longe a mensagem de auxilio e, em cada página, por mais pequenina, que te registre o pensamento, grava o amor puro que te verte do ser.


Observa o relógio impassível.


Minuto marcado é valor que não torna.


Terás, sim, outros minutos, mas em novo dia, toda criatura terrestre, embora não perceba, vive a despedir-se do mundo, pouco a pouco, despachando, cada dia, com os próprios atos, a bagagem que encontrará na estação de destino.


Use desse modo, as forças que Deus te empresta, na construção do bem, porque, amanhã, quando a morte chegar, compreenderás, por fim, que tudo quanto fizeste aos outros a ti mesmo fizeste.


Meimei

In: 'Ideal Espírita'- Francisco Cândido Xavier


*** *** ***


Carol, que você possa continuar sempre espalhando muito amor, onde quer que vá; que seus dias sejam sempre abençoados e felizes. Feliz Aniversário! Parabéns por mais um ano de vida, que Deus ilumine seu caminho, hoje e sempre, dando-lhe muita força, coragem e resignação, para que você consiga realizar tudo aquilo que deseja! Felicidades! Beijos!

A Cela Oculta



Cada criatura, na Terra, traz consigo uma cela oculta em que trabalha com os instrumentos da provação em que se burila.


Pensa nisso e auxilia aos que te rodeiam.


Esse companheiro alcançou a fortuna, mas sofre a falta de alguém;

outro dispõe de autoridade, no entanto, suporta espinhosos conflitos nos sentimentos;

essa irmã construiu o lar sobre preciosas vantagens materiais, contudo, tem um filho que lhe destrói a felicidade;

e aquele outro atingiu o favor público, entretanto, é portador de moléstia indefinível a corroer-lhe todas as forças.


Quando encontres alguém que te pareça em crises de inquietação e desarmonia, isso não é sinal de que a tua presença se lhe faz indesejável.


Esse alguém estará em momentos de enormes dificuldades no reduto invisível do coração em que se aperfeiçoa. E os resíduos da luta íntima se lhe transbordam do ser pelas janelas do trato.


Observa o ponto nevrálgico da própria vida em que o sofrimento te procura para efeito de prova e compadece-te dos outros para que os outros se compadeçam de ti.



Meimei
(In: ‘Somente Amor’ - Francisco cândido Xavier)


Na Romagem do Mundo




Na romagem do mundo, não te algemes à ilusão.


Tudo na vida se renova.


A erva de hoje, amanhã será tronco robusto.


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A água da fonte humilde que te afaga os pés agora, confundida depois no rio imenso, é suscetível de afogar-te.


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A lâmina que afias é capaz de ferir-te.


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O perigo que não corrijes ameaça-te o caminho.


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O companheiro que hoje concorda contigo, em certos aspectos da luta humana, provavelmente, mais tarde, será opositor dos teus pontos de vista, noutros ângulos da jornada terrestre.


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A juventude dirige-se para a madureza.


O vinho, em muitas circunstâncias, converte-se em vinagre.


*


A flor sublime, por vezes, faz-se o ninho de vermes destruidores.


*


Certamente, ninguém conseguirá viver em alegria, entre o pessimismo e a indecisão.


*


A confiança é a filha da fé.


Mas nossa fé precisa respirar sempre mais alto, no clima de valores imutáveis do espírito.


*


Faze do bem o tema central da própria vida.


*


Nem desespero, nem violência.


Auxilia e passa adiante, plantando a fraternidade que ilumina e consola.


E, sem prender os outros nas teias da própria dominação, a fim de que os outros não te prendam, nos círculos acanhados do egoísmo que lhe és próprio, seguirás para a frente, ao encontro do Amor Divino, em cuja grandeza brilha a Luz da Felicidade Imortal.



Meimei
(In: Servidores no Além - Francisco Cândido Xavier)


Feliz Coração



Alma fraterna, escuta:
Se podes atender,
Mesmo imperfeitamente,
À tarefa que a vida te confia,
Rende graças a Deus!...


Se alguma alfinetada te aguilhoa,
Se alguma prova sobrevém,
Auxilia, perdoa
E prossegue no rumo
Que o caminho te aponte para o bem...


Lembra: quantos irmãos, ainda hoje,
Clamam desesperados,
Sob a luta sombria
Dos que se entregam à revolta,
Enceguecidos pela rebeldia!...


Quantos jazem no leito,
Situando na morte a última esperança...
Quantos caem, aos gritos do remorso,
Na delinqüência que os arrasa...


Quantos choram, em vão,
As horas que perderam!...
Recorda tanta gente,
Em pranto, junto a nós,
E nem pela fração de um só momento,
Não te queixes de mágoa ou sofrimento...


Ergue-te de ti mesmo
E busquemos agir
Para estender o bem ao nosso alcance.


Se podes trabalhar
Não fales de amargor,
Desengano, tristeza ou cicatriz,
Porque, servindo aos outros por amor,
Já tens, por Dom de Deus, coração feliz.



Meimei

No Livro: ‘Deus Aguarda’ – Francisco Cândido Xavier



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Essa mensagem vai especialmente para uma amiga que está fazendo aniversário hoje!


NANA, Parabéns pelo seu dia! Tudo de bom para vc! Que Deus te abençoe e que vc esteja sempre com o coração feliz! =)



Fé e Perseverança



Três rapazes suspiravam por encontrar o Senhor, a fim de fazer-lhe rogativas.


Depois de muitas orações, eis que, certa vez, no campo em que trabalhavam, apareceu-lhes o carro do Senhor, guiado pelos anjos.


Radiante de luz, o Divino Amigo desceu da carruagem e pôs-se a ouvi-los.


Os três ajoelharam-se em lágrimas de júbilo e o primeiro implorou a Jesus o favor da riqueza.


O Mestre, bondoso, determinou que um dos anjos lhe entregasse enorme tesouro em moedas.


O segundo suplicou a beleza perfeita e o Celeste Benfeitor mandou que um dos servidores lhe desse um milagroso ungüento a fim de que a formosura lhe brilhasse no rosto.


O terceiro exclamou com fé:


— “Senhor, eu não sei escolher... Dá-me o que for justo, segundo a Tua vontade.”


O Mestre sorriu e recomendou a um dos seus anjos lhe entregasse uma grande bolsa.


Em seguida, abençoou-os e partiu...


O moço que recebera a bolsa abriu-a, ansioso, mas, oh! desencanto!... Ela continha simplesmente uma enorme pedra.


Os companheiros riram-se dele, supondo-o ludibriado, mas o jovem afirmou a sua fé no Senhor, levou consigo a pedra e começou a desbastá-la, procurando, procurando...


Depois de algum tempo, chegou ao coração do bloco endurecido e encontrou aí um soberbo diamante.




Com ele adquiriu grande fortuna e com a fortuna construiu uma casa onde os doentes pudessem encontrar refúgio e alivio, em nome do Senhor.


Vivia feliz, cuidando de seu trabalho, quando, um dia, dois enfermos bateram à porta. Não teve dificuldade em reconhecê-los.

Eram os dois antigos colegas de oração, que se haviam enganado com o ouro e com a beleza, adquirindo apenas doença e cansaço, miséria e desilusão.


Abraçaram-se, chorando de alegria e, nesse instante, o Divino Mestre apareceu entre eles e falou:


— “Bem-aventurados todos aqueles que sabem aproveitar as pedras da vida, porque a fé e a perseverança no bem são os dois grandes alicerces do Reino de Deus.”



Meimei

Do livro "Pai Nosso", 14, FCXavier, FEB


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“A provação é o metro de avaliação de nossa própria fé.” André Luiz

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Oração por Humildade



Deus da Misericórdia!...



Auxilia-me a conservar o anseio de encontrar-te.



Quando haja tumulto, ao redor de mim, guarda-me o silêncio interior em que procure ouvir-te a voz.



Se algum êxito me busca, deixa-me perceber a tua bondade sobre a fraqueza que ainda sou.



Diante dos outros, consente, oh! Pai, que te assinale o infinito amor, valorizando-me a insignificância, através daqueles que me concedam afeto.



Se aparecerem adversários em meu caminho, faze-me vê-los como sendo instrumentos de trabalho, dentre aqueles com que me aperfeiçoas.



Na alegria, induz-me a descobrir-te a proteção paternal, estimulando-me a seguir para frente.



Na dor, fortalece-me os ouvidos para que te escutem os chamamentos de paz.



E, quanto mais possa conhecer, em minha desvalia, os recursos iluminados do oceano de mundos e de seres que construíste no Universo, concede-me, oh! Deus de Misericórdia, que eu tenha a simplicidade da gota d'água, se sente tranqüila e feliz porque se vê capaz de refletir-te a luz no brilho eterno da Criação.



(Meimei. Psicografia de Francisco Cândido Xavier, In: Amizade)



A Figura que ilustra o post foi retirada do site Túlio Dias Artes.



NO CLIMA DA ORAÇÃO


A oração nem sempre nos retira do sofrimento, mas sempre nos reveste de forças para suportá-lo.


Não nos afasta os problemas do cotidiano, entretanto, nos clareia o raciocínio, a fim de resolvê-los com segurança.


Não nos modifica as pessoas difíceis dos quadros de convivência, no entanto, nos ilumina os sentimentos, de modo a aceitá-as como são.


Nem sempre nos cura as enfermidades, contudo, em qualquer ocasião, nos fortalece para o tratamento preciso.


Não nos imuniza contra a tentação, mas nos multiplica as energias para que lhe evitemos a intromissão, sempre a desdobrar-se através de influências obsessivas.


Não nos livra da injúria e da perseguição, entretanto, se quisermos, ei-la que nos sugere o silêncio, dentro do qual deixaremos de ser instrumentos para a extensão do mal.


Não nos isenta da incompreensão alheia, porém, nos inclina à tolerância para que a sombra do desequilíbrio não nos atinja o coração.


Nem sempre nos evitará obstáculos e as provações do caminho que nos experimentem por fora, mas sempre nos garantirá a tranqüilidade, por dentro de nós, induzindo-nos a reconhecer que, em todos os acontecimentos da vida, Deus nos faz sempre o melhor.


Meimei
Do livro "Tende Bom Ânimo"
Psicografada por Francisco Cândido Xavier

NATAL DO CORAÇÃO

Abençoadas sejam as mãos que, em memória de Jesus, espalham no Natal a prata e o ouro, diminuindo a miséria e a necessidade, a fome e a nudez!...


Entretanto, se não forem iluminadas pelo amor que ajuda sempre, esses flagelos voltarão amanhã, como a erva daninha que espreita a ausência do lavrador.



Não retenhas, assim, a riqueza do coração que podes dar, tanto quanto o maior potentado da Terra!


Deixa que a manjedoura de tua alma se abra, feliz, ao Soberano Celeste, para que a luz de banhe a vida.


Com Ele, estenderás o coração onde estiveres, seja para trocar um pensamento compassivo com a palavra escura e áspera ou para adubar uma semente de esperança, onde a aflição mantém o deserto!


Com Ele, inflamarás de júbilo os olhos de algum menino triste e desamparado e uma simples criança, arrebatada hoje ao vendaval, pode amanhã ser o consolo da multidão...


Com Ele, podes oferecer a bênção da tolerância aos que trabalham contigo, transformando o altar de teu coração em altar de Deus!...


Que tesouro terrestre pagará o gesto de compreensão no caminho empedrado, o sorriso luminoso da bondade no espinheiro da sombra e a oração do carinho e do entendimento no instante da morte?


Natal no mundo é a epopéia do reconhecimento ao Senhor.


Natal no espírito é a comunhão com Ele próprio.


Ainda que te encontres em plena solidão na manjedoura do infortúnio, sai de ti mesmo e reparte com alguém o dom inefável de tua fé.


Lembra-te de que Ele, em brilhando na manjedoura, tinha consigo apenas o amor a desfazer-se em humildade, e, em agonizando na cruz, possuía apenas o coração, a desfazer-se em renúncia...


Mas, usando tão-somente o coração e o amor, sem uma pedra onde repousar a cabeça, converteu-se no Salvador do Mundo, e, embora coroado de espinhos, fez-se o Rei das Nações para sempre.


Meimei

Do livro "Antologia Mediúnica do Natal"

Psicografia de Francisco Cândido Xavier