Escravos da Palavra



Você já percebeu o quanto nos tornamos escravos das palavras que falamos? De como nos conduzimos por situações difíceis pela nossa própria fala?


Os pensamentos, enquanto guardados na intimidade da casa mental, são propriedade única e exclusivamente de quem os idealiza.


Porém, o pensamento que se converte em verbo falado, passa a ser de domínio público e deveremos responder pelos reflexos dos mesmos.


A palavra que edifica, enobrece, auxilia, é tesouro que dispensamos ao caminhar.


Porém, o verbo ácido da crítica destrutiva, do comentário maledicente buscando a desmoralização alheia, ou a acusação injusta do julgamento insensato, são dificuldades que amealhamos e das quais teremos que dar conta, uma a uma.


Assim, é atitude de sabedoria vigiarmos as palavras que saem de nossa boca. Pensar antes do falar é atitude sensata que nos poupa de muitos dissabores.


Para tanto, é imperioso cultivarmos a reflexão e autoanálise do que se passa em nosso mundo íntimo, pois que a boca fala daquilo que está cheio o coração, conforme nos alerta Jesus.


Alguns pesquisadores chegam a afirmar que circulam em nossa casa mental cerca de 95.000 ideias ao dia, das quais 85.000 são repetitivas, doentias, monotemáticas.


Para que o verbo se faça construtivo, é necessário o exercício da faxina mental, para que da mente possamos exteriorizar aquilo que não nos escravize negativamente.


O exercício do silêncio interior, do isolar-se alguns instantes diariamente do mundo para se encontrar consigo mesmo é fundamental.


Ao mergulharmos no silêncio de nossa casa mental, vamos conhecendo e entendendo qual o mundo íntimo que carregamos e que, muitas das vezes, ainda se mostra totalmente desconhecido para nós mesmos.


* * *


Vigiemos nossas palavras, para que elas sejam úteis, proveitosas e edificantes. Evitemos o comentário maldoso, o julgamento precipitado ou a acusação indevida.


Ainda, preservemos o nosso falar das expressões chulas, das comparações grotescas ou das piadas vulgares. O clima emocional e psíquico, com o qual nos envolvemos, é fruto do que pensamos e do que falamos.


Se a mente ainda traz dificuldades, se os pensamentos infelizes ainda tomam nossa casa mental, muitas vezes nos perturbando, façamos o silêncio interior, deixando que lentamente aqueles pensamentos cedam espaço para outros, mais nobres e enriquecedores.


Cultivemos o verbo elegante, a palavra de consolo, os temas edificantes para que nossa boca não seja quem nos condene, fazendo-nos escravos daquilo que, de forma invigilante, expressamos com a palavra não refletida.


Redação do Momento Espírita, a partir de seminário ministrado por Divaldo Pereira Franco, no 'Encontro fraterno', na praia de Guarajuba, Bahia, em 05.09.09.


A cura da obsessão


Você é um ser humano adulto e consciente, responsável pelo seu comportamento. Controle as suas ideias, rejeite os pensamentos inferiores e perturbadores, estimule as suas tendências boas e repila as más.


Tome conta de si mesmo.


Deus concedeu a jurisdição de si mesmo, é você quem manda em você nos caminhos da vida. Não se faça de criança mimada. Aprenda a se controlar em todos os instantes e em todas as circunstâncias. Experimente o seu poder e verá que ele é maior do que você pensa.


A cura da obsessão é uma autocura. Ninguém pode livrá-lo da obsessão se você não quiser livrar-se dela. Comece a livrar-se agora, dizendo a você mesmo: sou uma criatura normal, dotada do poder e do dever de dirigir a mim mesmo. Conheço os meus deveres e posso cumpri-los. Deus me ampara.


Repita isso sempre que se sentir perturbado. Repita e faça o que disse.


Tome a decisão de se portar como uma criatura normal que realmente é, confiante em Deus e no poder das forças naturais que estão no seu corpo e no seu espírito, à espera do seu comando.


Dirija o seu barco.


Reformule o seu conceito de si mesmo. Você não é um pobrezinho abandonado no mundo. Os próprios vermes são protegidos pelas leis naturais. Por que motivo só você não teria proteção? Tire da mente a ideia de pecado e castigo. O que chamam de pecado é o erro, e o erro pode e deve ser corrigido.


Corrija-se.


Estabeleça pouco a pouco o controle de si mesmo, com paciência e confiança em si mesmo.


Você não depende dos outros, depende da sua mente. Mantenha a mente arejada, abra suas janelas ao mundo, respire com segurança e ande com firmeza. Lembre-se dos cegos, dos mudos e dos surdos, dos aleijados e deficientes que se recuperam confiando em si mesmos. Desenvolva a sua fé.


Fé é confiança.


Existe a fé divina, que é a confiança em Deus e no Seu poder que controla o universo. Você, racionalmente, pode duvidar disso? Existe a fé humana, que é a confiança da criatura em si mesma.


Você não confia na sua inteligência, no seu bom senso, na sua capacidade de ação?


Você se julga um incapaz e se entrega às circunstâncias deixando-se levar por ideias degradantes a seu respeito? Mude esse modo de pensar, que é falso. (…) Se você fizer isso, a sua obsessão já começou a ser vencida.


Não se acovarde, seja corajoso.


Do livro “Obsessão, o passe, a doutrinação”

J. Herculano Pires - Editora Paidéia







Único Modelo




Filhos, lutai contra os pensamentos infelizes que vos criam hábitos perniciosos.


A viciação mental escraviza o espírito nas ações em que encontra comparsas, visíveis e invisíveis, para que se consumam.


Todo hábito é adquirido. Não acrediteis na força determinante da hereditariedade, como ser capaz de transferir para o corpo o que é responsabilidade da alma.


Não vos acostumeis ao mal, para que o mal não se acostume a vos utilizar como instrumentos de sua propagação no mundo.


O espírito vive na órbita de seus próprios pensamentos e respira na atmosfera de seus anseios mais íntimos.


Que a vossa vida oculta seja como a vida que viveis para que os homens vos vejam.


Não acalenteis ideias enfermiças, porquanto toda ideia ardentemente acalentada tende a concretizar-se.


A dificuldade de se viver com retidão está no fato de não se procurar preencher os espaços vazios da alma com objetivos enobrecedores.


Quem se habitua à escuridão da caverna sente-se enceguecido com a luz que brilha lá fora...


Que a disciplina espiritual, oriunda do cumprimento do dever, vos possibilite a subjugação do corpo.


Os prazeres efêmeros a que aspirais, quando passam, deixam sequelas de longa duração nos mecanismos da alma.


Quantas vezes o remorso, agindo do inconsciente, aniquila o veículo que possibilitou ao espírito os terríveis equívocos cometidos?


Enfermidades de etiologia obscura, tumorações malignas, súbitas alterações cardiovasculares, disfunções de certos órgãos vitais ou queda da resistência imunológica, oportunizando o aparecimento de graves infecções, podem ser desencadeadas por um processo de autofagia moral, em que o ser pretende libertar-se da vestimenta física em que se corrompe, esquecido de que a causa de todos os seus males e aflições reside em sua própria essência.


Filhos, fora do corpo, o espírito prossegue vivendo de acordo com as suas inclinações e tendências. A morte em si não transforma ninguém. Se desejais mudança substancial adotai Jesus como o Único Modelo de vossas vidas!


Por: Bezerra de Menezes

Livro: A Coragem da Fé

Psicografia: Carlos Bacelli



Melhor abençoar



Questão sempre suscitada, quando se cogita de influências espirituais, diz respeito ao chamado mal encomendado, ou malfeito.

Uma senhora, preocupada com o assunto, perguntou: – Chico, isso existe?

A resposta bem-humorada do médium é antológica:

– Se você arremessar uma bolinha de borracha numa parede e houver um buraco nela, a bolinha poderá entrar.

* * *

Quando se fala a respeito desse assunto, sempre imaginamos alguém procurando pessoas que vivem desse expediente, pagando-lhes para evocar malefícios sobre um desafeto.

Na verdade, nem é preciso usar nossas economias para isso.

Basta que tenhamos muita raiva de uma pessoa, desejando-lhe todo mal, e estaremos gerando o malfeito, em duas frentes:

Ação pessoal – emitimos vibrações deletérias a se expandirem em sua direção, como se lhe atirássemos dardos envenenados, passíveis de perturbá-la.

Ação de terceiros – espíritos obsessores atenderão nossa evocação, dispostos a colaborar no nefasto propósito. E a assediarão, procurando causar-lhe embaraços variados de ordem física e espiritual.

Surtirão efeito tais iniciativas?

Aqui entra a imagem feliz apresentada por Chico.

Se o desafeto tiver brechas em suas defesas espirituais, a partir de um comportamento indisciplinado e vicioso (o buraco na parede), poderá ser afetado.
Se, porém, for alguém de padrão vibratório elevado, que cultiva bons pensamentos, que orienta sua existência nos caminhos da verdade e do bem, nada de mal lhe acontecerá.

A razão é simples: não haverá abertura em sua casa mental, passível de engolir a bolinha, sujeitando-se aos estragos que possa produzir.

Portanto, não precisamos temer semelhantes arremetidas de espíritos encarnados ou desencarnados, desde que cultivemos a recomendação de Jesus (Mateus, 26:41): Vigiai e orai para que não entreis em tentação.

É o mal em nós que nos leva a assimilar o mal que nos fazem.

Podemos ir um pouco adiante, cumprindo outra orientação do Mestre (Mateus, 5:44): … orai pelos que vos perseguem.

Se, identificando no desconforto que sentimos, a ação de espíritos perturbadores, encarnados ou desencarnados, orarmos por eles, neutralizaremos tranquilamente o mal que pretendam contra nós.

* * *

Quanto aos que exercitam o mau hábito de amaldiçoar e aos que chegam ao extremo de efetuar a contratação de malfeitores do Além para prejudicar alguém, por intermédio de pessoas que vivem desse expediente, mais cedo ou mais tarde experimentarão desagradável surpresa: ainda que encontrem brechas na parede, fazendo estragos na vida alheia, a bolinha tenderá a voltar em sua direção, produzindo estragos maiores.

Atendendo aos princípios de causa e efeito que nos regem, quem se envolve com o mal acabará vitimado por ele.

E há um detalhe: os espíritos que atendem às suas evocações não o fazem por generosidade ou benemerência. Objetivam, por compensação maior, o domínio sobre seus intermediários e contratantes, que acabam caindo em suas mãos.

Portanto, desejar o mal do próximo é má ideia, péssima transação, no intercâmbio com o Além.

Melhor abençoar!


Por: Richard Simonetti


- Leia também: Companhias Espirituais -

A preexistência e o subconsciente


A doutrina da preexistência do espírito está em íntima relação com a da sobrevivência ao corpo.


A lei das vidas sucessivas vem em apoio a esta verdade consoladora e luminosa.


A vida não começa no berço e não termina no túmulo.


É nas vidas múltiplas na Terra e em outros mundos que adquirimos, conhecimentos e vamos nos libertando da ignorância que nos prende à infância do espírito.


É no perispírito que se gravam todas as imagens fornecidas à mente pelo mundo exterior, ele é o repositório de todas as aquisições, de todos os conhecimentos adquiridos, de tudo o que aprendemos, vimos, ouvimos e sentimos através das existências que percorremos...


Está, portanto, no perispírito a sede exclusiva da subconsciência.


A aceitação da subconsciência, em determinadas condições, implica, portanto, a aceitação da preexistência e da sobrevivência espiritual, bem como a reencarnação dos espíritos.


Quer isto dizer que os materialistas e os espiritualistas que não aceitam a reencarnação, não podem invocar a teoria do subconsciente para explicar fenômenos que estão na esfera do animismo; assim não explicam, porque não aceitam a doutrina das vidas múltiplas, a razão de ser da precocidade ou os “meninos prodígios”, que tanto os maravilha.


De fato, como dar provas de conhecimentos que se não se adquiriu na Terra, se a alma começa e termina com o corpo ou se a alma, como dizem o Catolicismo e o Protestantismo foi criada com o corpo?


Como proclamar a “teoria do inconsciente” - com “aquisições anteriores” se se tem certeza que o indivíduo, com quem ou em quem se observa os fenômenos, nenhuma aquisição tem de tudo a que disse e dos altos conhecimentos que manifestou?


Um indivíduo, por exemplo, em estado de transe, de sonambulismo, fala do que não estudou, trata de assuntos altamente científicos ou filosóficos que não estão ao seu alcance em estado normal, quando não há aí interferência de um Espírito, uma outra personalidade, não há dúvida que a “teoria do subconsciente” aí é manifesta, mas sem dúvida alguma, também essa teoria não é um derivativo materialista e sim está intimamente ligada aos princípios espíritas da preexistência e vidas sucessivas.


O corpo humano nada pode; o espírito sim, quando mais ou menos livre dum organismo denso e grosseiro que constitui o seu invólucro na Terra, pode dominar esse invólucro, e ler, remontando à corrente do passado, uma a uma, as páginas da sua existência integral, cujas ações e ideias desfilam ao longo do trajeto de suas encarnações.



Por: Cairbar Schutel, no livro “Os Fatos Espíritas e as Forças X” - 1926

(Para fazer o download do livro: CLIQUE AQUI)



Sensações Humanas



Pergunta – Como devemos conceituar o sonho?

Emmanuel - Na maioria das vezes, o sonho constitui atividade reflexa das situações psicológicas do homem no mecanismo das lutas de cada dia; quando as forças orgânicas dormitam em repouso indispensável.

Em determinadas circunstâncias, contudo, como nos fenômenos premonitórios, ou nos de sonambulismo, em que a alma encarnada alcança elevada porcentagem de desprendimento parcial, o sonho representa a liberdade relativa do espírito prisioneiro da Terra, quando, então, se poderá verificar a comunicação inter vivos, e, quanto possível, as visões proféticas, fatos esses sempre organizados pelos mentores espirituais de elevada hierarquia, obedecendo a fins superiores, e quando o encarnado em temporária liberdade pode receber a palavra e a influência diretas de seus amigos e orientadores do plano invisível.


Pergunta – A vocação é uma lembrança das existências passadas?

Emmanuel - A vocação é o impulso natural oriundo da repetição de análogas experiências, através de muitas vidas. Suas características, nas disposições infantis, são o testemunho mais eloquente da verdade reencarnacionista.


Pergunta – A loucura é sempre uma prova?

Emmanuel - O desequilíbrio mental é sempre uma provação difícil e dolorosa. Essa realidade, contudo, podendo representar o resgate de uma dívida do pretérito escabroso e desconhecido pode, igualmente, constituir uma resultante da imprevidência de hoje, no presente que passa, fazendo necessária, acima de todas as exortações, aquela que recomenda a oração e a vigilância.


Pergunta – A alucinação é fenômeno do cérebro ou do espírito?

Emmanuel - A alucinação é sempre um fenômeno intrinsecamente espiritual, mas pode nascer de perturbações estritamente orgânicas, que se façam reflexas no aparelho sensorial, viciando o instrumento dos sentidos, por onde o espírito se manifesta.


Pergunta – Os bons ou maus pensamentos do ser encarnado afetam a organização psíquica de seus irmãos na Terra, aos quais sejam dirigidos?

Emmanuel - Os corações que oram e vigiam, realmente, de acordo com as lições evangélicas, constroem a sua própria fortaleza, para todos os movimentos de defesa espontânea.

Os bons pensamentos produzem sempre o máximo bem sobre aqueles que representam os seus objetivos, por se enquadrarem na essência da Lei Única, que é o Amor em todas as suas divinas manifestações; os de natureza inferior podem afetar o seu objeto, em identidade de circunstâncias, quando a criatura se faz credora desses choques dolorosos, na justiça das compensações.

Sobre todos os feitos dessa natureza, todavia, prevalece a Providência Divina, que opera a execução de seus desígnios de equidade, com misericórdia e sabedoria.


Da obra “O Consolador” (Parte I)

Pelo Espírito Emmanuel

Psicografia de Francisco Cândido Xavier



As influências espirituais



- “Influem os Espíritos em nosso pensamento, e em nossos atos?”.

- Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.”

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 459.)



A assertiva dos Espíritos a Allan Kardec demonstra que, na maioria das vezes, estamos todos nós - encarnados - agindo sob a influência de entidades espirituais que se afinam com o nosso modo de pensar e de ser, ou em cujas faixas vibratórias respiramos.


Isto não nos deve causar admiração, pois se analisarmos a questão sob o aspecto puramente terrestre chegaremos à conclusão de que vivemos em permanente sintonia com as pessoas que nos rodeiam, familiares ou não, das quais recebemos influenciações através das ideias que exteriorizam, dos exemplos que nos são dados, e também que influenciamos com a nossa personalidade e pontos de vista.


Quando acontece de não conseguirmos exercer influência sobre alguém de nosso convívio e que desejamos aja sob o nosso prisma pessoal, via de regra tentamos por todos os meios convencê-lo com argumentos persuasivos de diferente intensidade, a fim de lograrmos o nosso intento.


Natural, portanto, ocorra o mesmo com os habitantes do mundo espiritual, já que são eles os seres humanos desencarnados, não tendo mudado, pelo simples fato de deixarem o invólucro carnal, a sua maneira de pensar e as características da sua personalidade.


Assim, vamos encontrar desde a atuação benéfica de Benfeitores e Amigos Espirituais, que buscam encaminhar-nos para o bem, até os familiares que, vencendo o túmulo, desejam prosseguir gerindo os membros do seu clã familial, seja com bons ou maus intentos, bem como aqueles outros a quem prejudicamos com atos de maior ou menor gravidade, nesta ou em anteriores reencarnações, e que nos procuram, no tempo e no espaço, para cobrar a divida que contraímos.


Por sua vez, os que estão no plano extrafísico também se acham passíveis das mesmas influenciações, partidas de mentes que lhes compartilham o modo de pensar, ou de outras que se situam em planos superiores, e, no caso de serem ainda de evolução mediana ou inferior, de desafetos, de seres que se buscam intensamente pelo pensamento, num conúbio de vibrações e sentimentos incessantes.


Essa permuta é contínua e cabe a cada indivíduo escolher, optar pela onda mental com que irá sintonizar.


Portanto, a resposta dos Espíritos a Kardec nos dá uma noção exata do intercâmbio existente entre os seres humanos, seja ele inconsciente ou não, mas, de qualquer modo, real e constante.


Do livro “Obsessão e Desobsessão” - Suely Caldas Schubert


Obsessão (Parte 2 de 3)


- Correntes Mentais e Comportamento -



1 - Existe relação entre obsessão e correntes mentais?

Emmanuel - Quem se refere à obsessão há de reportar-se, necessariamente, às correntes mentais. O pensamento é a base de tudo.


2 - Que imagens reflete o espelho da mente?

Emmanuel - A mente pode ser comparada a espelho vivo, que reflete as imagens que procura.


3 - O que nos acontece moralmente quando emitimos um pensamento?

Emmanuel - Emitindo um pensamento, colocamos um agente energético em circulação, no organismo da vida – agente esse que retornará fatalmente a nós, acrescido do bem ou do mal de que o revestimos.


4 - Qual o nexo existente entre a obsessão e os interesses da criatura?

Emmanuel - A obsessão, em qualquer tipo pelo qual se expresse, está fundamentalmente vinculada aos processos mentais em que se baseiam os interesses da criatura.


5 - É preciso que o obsidiado observe a própria vida mental para contribuir para as próprias melhorias?

Emmanuel - Sim. As correntes mentais são tão evidentes quanto as correntes elétricas, expressando potenciais de energias para realizações que nos exprimem direção, propósito ou vontade, seja para o mal ou para o bem.


6 - Qual o papel do desejo, da palavra, da atividade e da ação no fenômeno obsessivo?

Emmanuel - Cada um de nós é acumulador por si, retendo as forças construtivas ou destrutivas que geramos. Desejo, palavra, atitude e ação representam eletroímãs, através dos quais atraímos forças iguais àquelas que exteriorizamos, no rumo dos semelhantes.


7 - Pode a obsessão transformar-se em loucura?

Emmanuel - Qualquer obsessão pode transformar-se em loucura, não só quando a lei das provações assim o exige, como também na hipótese de o obsidiado entregar-se voluntariamente ao assédio das forças noviças que o cercam, preferindo esse gênero de experiências.


8 - As companhias têm influência na obsessão?

Emmanuel - Assevera o Cristo: “Busca e acharás”. Encontraremos, sim, os companheiros que buscamos, seja para o bem ou para o mal.


9 - O que recebemos dos outros?

Emmanuel - Assimilamos dos outros o que damos de nós.


10 - Quais as conseqüências para quem se detém em qualquer aspecto do mal?

Emmanuel - Deter-nos, em qualquer aspecto do mal, é aumentar-lhe a influência, sobre nós e sobre os outros.


11 - Qual a relação entre os nossos pontos vulneráveis e o retorno do mal que praticamos?

Emmanuel - Compreendendo-se que cada um de nós possui pontos vulneráveis, no estado evolutivo deficitário em que ainda nos encontramos, toda vez que o mal se nos associe a essa ou àquela idéia, teremos o mal de volta a nós mesmos, agravando-se doenças e fraquezas, obsessões e paixões.


EMMANUEL


Obras:

“O Consolador” - Francisco Cândido Xavier

“Leis Do Amor” - Francisco Cândido Xavier & Waldo Vieira



___________________________________________________


“Todas as coisas são precedidas pela mente, guiadas pela mente e criadas pela mente.” Budha

___________________________________________________