Grandeza



Quanto mais avança o Tempo nas trilhas da História, apartando-se-lhe da figura sublime, mais amplo esplendor lhe assinala a presença.


Ele não era legislador e a sua palavra colocou os princípios da Misericórdia nos braços da Justiça.


Não era administrador e instituiu na Caridade o campo da assistência fraternal em que os mais favorecidos podem amparar os irmãos em penúria.


Não era escritor e inspirou e ainda inspira as mais belas páginas da Humanidade.


Não era advogado e ainda hoje, é o defensor de todos os infelizes.


Não era engenheiro e continua edificando as mais sólidas pontes, destinadas à aproximação e ao relacionamento entre as criaturas.


Não era médico e prossegue sanando os males do espírito, além de suscitar o levantamento constante de mais hospitais e mais extensas obras de benemerência, capazes de estender alívio e socorro aos doentes.


Ensinou a prática do amor, renunciando à felicidade de ser amado.


Pregou a extinção do ódio, desculpando sem condições a todos aqueles que lhe ultrajaram a existência.


Não dispunha dessa ou daquela posse, na ordem material dos homens, e enriqueceu a Terra de esperança e de alegria.


Não viajou pelos continentes do Planeta, mas conversando com alguns necessitados e desvalidos, na limitada região em que morava, elevando constantemente os destinos da vida comunitária.


Embora crucificado e tido por malfeitor, há quase vinte séculos, quando os povos tentam apagar-lhe os ensinamentos, a Civilização treme nas bases.


Esse homem que conservava consigo a sabedoria e a beleza dos anjos, tem o nome de Jesus Cristo.


O seu imenso amor é a presença de Deus na Terra e a sua vida é e será sempre a luz das nações.



Emmanuel

In: ‘Esperança e Luz’ - Francisco Cândido Xavier


Prática Evangélica


..

Se desprezamos o próximo, como atender ao nosso mandato de caridade?


Cristianismo é viver o espírito do Cristo em nós.


Vemos no estudo das narrativas apostólicas que as legiões do Céu se apossam da Terra, em companhia do Senhor, transformando os homens em instrumentos da Infinita Bondade.


Desde o primeiro contato de Jesus com a Humanidade, observamos a manifestação do mundo espiritual, que busca nas criaturas pontos vivos de apoio para a obra de regeneração.

Zacarias é procurado pelo anjo Gabriel que lhe comunica a vinda de João Batista. Maria Santíssima é visitada pelo mesmo anjo, que lhe anuncia a chegada do Salvador. Um enviado celeste procura José da Galiléia, em sonho, para tranquilizá-lo, quanto ao nascimento do Redentor.


E, erguendo-se o Mestre Divino, entre os homens, não se limita a cumprir a Lei Antiga, repetindo-lhe os preceitos com os lábios. Sai de si mesmo e coloca-se ao encontro das angústias do povo. Limpa os leprosos da estrada. Estende mãos amigas aos paralíticos e levanta-os. Restitui a visão aos cegos. Reergue Lázaro do sepulcro. Restaura doentes. Reintegra as mulheres transviadas na dignidade pessoal. Infunde aos homens novos princípios de fraternidade e perdão. Ainda na cruz, conversa amorosamente com dois malfeitores, procurando encaminhar-lhes as almas para o mais alto.


E, depois dele, os apóstolos abnegados continuam-lhe a gloriosa tarefa do reerguimento humano, prosseguindo no ministério do esclarecimento da alma e da cura do corpo, devotando-se ao Evangelho até ao derradeiro sacrifício.


Urge, assim, não nos afastemos do trabalho e da luta. Há construções no plano do espírito, como existem no campo da matéria. A vitória do Cristianismo, com a livre manifestação do nosso pensamento, é obra que nos compete concretizar.


Não aguardes, por agora, senão renúncia e sacrifício... Jesus até hoje não foi compreendido, mesmo por muitos que se dizem seus seguidores.


Auxilia, perdoa e espera!... As vitórias supremas do espírito brilham além da carne.



Edição de texto retirado do livro “Ave, Cristo!” – Autoria Espiritual de Emmanuel / Psicografia de Francisco Cândido Xavier



NATAL



Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa-vontade para com os homens.” (Lucas 2, v. 14.)


As legiões angélicas, junto à Manjedoura, anunciando o Grande Renovador, não apresentaram qualquer palavra de violência.


Glória a Deus no Universo Divino.


Paz na Terra.


Boa-vontade para com os Homens.


O Pai Supremo, legando a nova era de segurança e tranquilidade ao mundo, não declarava o Embaixador Celeste investido de poderes para ferir ou destruir.


Nem castigo ao rico avarento.


Nem punição ao pobre desesperado.


Nem desprezo aos fracos.


Nem condenação aos pecadores.


Nem hostilidade para com o fariseu orgulhoso.


Nem anátema contra o gentio inconsciente.


Derramava-se o Tesouro Divino, pelas mãos de Jesus, para o serviço da Boa-Vontade.


A justiça do “olho por olho” e do “dente por dente” encontrara, enfim, o Amor disposto à sublime renúncia até à cruz.


Homens e animais, assombrados ante a luz nascente na estrebaria, assinalaram júbilo inexprimível…


Daquele inolvidável momento em diante a Terra se renovaria.


O algoz seria digno de piedade.


O inimigo converter-se-ia em irmão transviado.


O criminoso passaria à condição de doente.


Em Roma, o povo gradativamente extinguiria a matança nos circos. Em Sídon, os escravos deixariam de ter os olhos vazados pela crueldade dos senhores. Em Jerusalém, os enfermos não mais seriam relegados ao abandono nos vales de imundície.


Jesus trazia consigo a mensagem da verdadeira fraternidade e, revelando-a, transitou vitorioso, do berço de palha ao madeiro sanguinolento.


Irmão, que ouves no Natal os ecos suaves do cântico milagroso dos anjos, recorda que o Mestre veio até nós para que nos amemos uns aos outros.


Natal! Boa Nova! Boa-Vontade!


Estendamos a simpatia para com todos e comecemos a viver realmente com Jesus, sob os esplendores de um novo dia.


(Emmanuel / Chico Xavier - Do livro “Fonte Viva”)


* * *


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Nas orações de Natal...



Rememorando o Natal, lembramo-nos de que Jesus é o Suprimento Divino à Necessidade Humana.


Para o Sofrimento, é o Consolo;


Para a Aflição, é a Esperança;


Para a Tristeza, é o Bom Ânimo;


Para o Desespero, é a Fé Viva;


Para o Desequilíbrio, é o Reajuste;


Para o Orgulho, é a Humildade;


Para a Violência, é a Tolerância;


Para a Vaidade, é a Singeleza;


Para a Ofensa, é a Compreensão;


Para a discórdia, é a Paz;


Para o egoísmo, é a Renúncia;


Para a ambição, é o Sacrifício;


Para a Ignorância, é o Esclarecimento;


Para a Inconformação, é a Serenidade;


Para a Dor, é a Paciência;


Para a Angústia, é o Bálsamo;


Para a Ilusão, é a Verdade;


Para a Morte, é a Ressurreição.


Se nos propomos, assim, aceitar o Cristo por Mestre e Senhor de nossos caminhos, é imprescindível recordar que o seu Apostolado não veio para os sãos e, sim, para os antigos doentes da Terra, entre os quais nos alistamos...


Buscando, pois, acompanhá-lo e servi-lo, façamos de nosso coração uma luz que possa inflamar-se ao toque de seu infinito amor, cada dia, a fim de que nossa tarefa ilumine com Ele a milenária estrada de nossas experiências, expulsando as sombras de nossos velhos enganos e despertando-nos o espírito para a glória imperecível da Vida Eterna.


(Do livro "Os Dois Maiores Amores" - Francisco C. Xavier - Autores Diversos)

Único Modelo




Filhos, lutai contra os pensamentos infelizes que vos criam hábitos perniciosos.


A viciação mental escraviza o espírito nas ações em que encontra comparsas, visíveis e invisíveis, para que se consumam.


Todo hábito é adquirido. Não acrediteis na força determinante da hereditariedade, como ser capaz de transferir para o corpo o que é responsabilidade da alma.


Não vos acostumeis ao mal, para que o mal não se acostume a vos utilizar como instrumentos de sua propagação no mundo.


O espírito vive na órbita de seus próprios pensamentos e respira na atmosfera de seus anseios mais íntimos.


Que a vossa vida oculta seja como a vida que viveis para que os homens vos vejam.


Não acalenteis ideias enfermiças, porquanto toda ideia ardentemente acalentada tende a concretizar-se.


A dificuldade de se viver com retidão está no fato de não se procurar preencher os espaços vazios da alma com objetivos enobrecedores.


Quem se habitua à escuridão da caverna sente-se enceguecido com a luz que brilha lá fora...


Que a disciplina espiritual, oriunda do cumprimento do dever, vos possibilite a subjugação do corpo.


Os prazeres efêmeros a que aspirais, quando passam, deixam sequelas de longa duração nos mecanismos da alma.


Quantas vezes o remorso, agindo do inconsciente, aniquila o veículo que possibilitou ao espírito os terríveis equívocos cometidos?


Enfermidades de etiologia obscura, tumorações malignas, súbitas alterações cardiovasculares, disfunções de certos órgãos vitais ou queda da resistência imunológica, oportunizando o aparecimento de graves infecções, podem ser desencadeadas por um processo de autofagia moral, em que o ser pretende libertar-se da vestimenta física em que se corrompe, esquecido de que a causa de todos os seus males e aflições reside em sua própria essência.


Filhos, fora do corpo, o espírito prossegue vivendo de acordo com as suas inclinações e tendências. A morte em si não transforma ninguém. Se desejais mudança substancial adotai Jesus como o Único Modelo de vossas vidas!


Por: Bezerra de Menezes

Livro: A Coragem da Fé

Psicografia: Carlos Bacelli



Oração a Jesus


Senhor Jesus,
Permanente inspiração de nossos caminhos,
Abre-nos, por misericórdia,
Como sempre,
As portas excelsas
De tua providência incomensurável...

Doador da Vida,
Acorda-nos a consciência
Para semearmos ressurreição
Nos vales sombrios da morte;

Distribuidor do Sumo Bem,
Ajuda-nos a combater o mal
Com as armas do espírito;

Príncipe da Paz,
Não nos deixes indiferentes
À discórdia
Que vergasta o coração
De nossos companheiros sofredores;

Mestre da Sabedoria
Afugenta para longe de nós
A sensação de cansaço
À frente dos serviços
Que devemos prestar
Aos nossos irmãos ignorantes;

Emissário do Amor Divino,
Não nos concedas paz
Enquanto não vencermos
Os monstros da guerra e do ódio,
Cooperando contigo,
Em tua augusta obra terrestre;

Pastor da Luz Imortal,
Fortalece-nos,
Para que nunca nos intimidemos
Perante as angústias e desesperos das trevas;

Distribuidor da Riqueza Infinita,
Supre-nos as mãos
Com teus recursos ilimitados,
Para que sejamos úteis
A todos os seres do caminho,
Que ainda se sentem minguados
De teus dons imperecíveis;

Embaixador Angélico,
Não nos abandones ao desejo
De repousar indebitamente,
E converte-nos
Em teus servidores humildes,
Onde estivermos;

Mensageiro da Boa Nova,
Não permitas
Que nossos ouvidos adormeçam
Ao coro dos soluços
Dos que clamam por socorro
Nos círculos do sofrimento;

Companheiro da Eternidade,
Abençoa-nos as responsabilidades e deveres;
Não nos relegues à imperfeição
De que ainda somos portadores!

Dá-nos, amado Jesus, o favor de servir-Te
E que o Supremo Senhor do Universo Te glorifique
Para sempre.
Assim seja!...


(Prece de Cipriana - Do livro “No Mundo Maior” - André Luiz / Chico Xavier)



Natal em nós



Eis que vos trago uma Boa Nova de grande alegria: na cidade de David acaba de vos nascer, hoje, o Salvador, que é Cristo, Senhor... Glória a Deus nas alturas, paz na Terra aos homens de boa vontade.”


Assim foi anunciado, aos pastores de Belém, por um Mensageiro celeste, o grande acontecimento.


Nas palavras “
vos nascer” está toda a importância do Natal. Jesus nasceu para cada um em particular. Não se trata de um fato histórico, de caráter geral. É um acontecimento que, particularmente, diz respeito a cada um.


Realmente, a obra do Nazareno só tem eficácia quando individualizada.


A redenção, que é obra de educação, tem de partir da parte para o todo. Do indivíduo para a coletividade.


Enquanto esperamos que o ambiente se modifique não haverá mudanças. Cada um de nós deve realizar a sua modificação.


Depende somente de nós.


O Natal, desta forma, é aquele que se concretizará em nós, com a nossa vontade e colaboração.


O estábulo e a manjedoura da cidade de David não devem servir somente para composições poéticas ou literárias.


Devemos entendê-los como símbolos de virtudes, sem as quais nada conseguiremos, no que diz respeito ao nosso aperfeiçoamento.


O Espírito encarnado na Terra não progride ao acaso. Mas sim pelo influxo das energias próprias, orientadas por Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida.


Assim, toda a magia do Natal está em cada um receber e concentrar em si esse advento.


Jesus é uma realidade. Ele é a Verdade, a Justiça e o Amor.


Onde estes elementos estiverem presentes, Ele aí estará.


Jesus não é o fundador de nenhum credo ou seita. Ele é o revelador da Lei Eterna, o expoente máximo da verdade, da vontade de Deus.


Jesus é a Luz do Mundo. Assim como o sol não ilumina somente um hemisfério, mas sim toda a Terra, assim o Divino Pastor apascenta com igual carinho todas as ovelhas do Seu redil.


O Espírito do Cristo vela sobre as Índias, a China e o Japão, como sobre a Europa e a América.


Não importa que O desconheçam quanto à denominação. Ele inspira aos homens a revelação divina, o evangelho do amor.


Aqui Lhe dão um nome, ali um outro título.


O que importa é que Ele é o mediador de Deus para os homens, e intérprete da Sua Lei.


Onde reside o Espírito do Cristo, aí há liberdade. Jesus jamais obrigou ninguém a crer desta ou daquela forma.


Sábio educador, sabia falar ao íntimo da criatura, despertar as energias latentes que ali dormiam.


Esta a Sua obra: de educação. Porque educar é pôr em ação, é agitar os poderes anímicos, dirigindo-os ao bem e ao belo, ao justo e ao verdadeiro.


Este é o ideal de perfeição pelo qual anseia a alma prisioneira da carne.


Jesus nasceu há mais de vinte séculos...


Mas o Seu natalício, como tudo o que Dele provém, reveste-se de perpetuidade.


O Natal do Divino Enviado é um fato que se repete todos os dias. Foi de ontem, é de hoje, será de amanhã e de sempre.


Os que ainda não sentiram em seu interior a influência do Espírito do Cristo, ignoram que Ele nasceu.


Só se sabe das coisas de Jesus por experiência própria. Só após Ele haver nascido na palha humilde do nosso coração é que chegamos a entendê-Lo,assimilando em Espírito e Verdade os Seus ensinos.


* * *

Neste Natal lhe desejamos muita paz. Em nome do Celeste Menino, o abraçamos.


Jesus lhe abençoe a vida e lhe confira redobradas oportunidades de servir no bem.


Que Sua mensagem de amor lhe penetre a alma em profundidade e que juntos possamos, em nome Dele, espalhar sementes de bondade, pela terra árida e sofrida dos que não crêem, porque ainda não O conhecem.


Feliz Natal!


(Redação do Momento Espírita com base no cap. 4 do livro “Na seara do mestre”, de Vinícius, ed. Feb.)


Ressonâncias do Natal


Na paisagem fria e sem melhor acolhimento, a única hospedaria à disposição era a gruta modesta onde se guardavam os animais.

Não havia outro lugar que O pudesse receber.

O mundo, repleto de problemas e de vidas inquietas, preocupava-se com os poderosos do momento e reservava distinções apenas para os que se refestelavam no luxo, bem como no prazer.

Aos simples e desataviados sempre se dedicavam a indiferença, o desrespeito, fechando-lhes as portas, dificultando-lhes os passos.

Mas hoje, tudo permanece quase que da mesma forma.

Não obstante, durante aquela noite de céu transparente e estrelado, entre os animais domésticos, em uma pequena baia, usada como berço acolhedor, nasceu Jesus, que transformou a estrebaria num cenário de luzes inapagáveis que prosseguem projetando claridade na noite demorada dos séculos, em quase dois mil anos...

Inaugurando a era da humildade e da renúncia, Jesus elegeu a simplicidade, a fim de ensinar engrandecimento íntimo como condição única para a felicidade real.

O Seu reino, que então se instalou naquela noite de harmonias cósmicas, permanece ensejando oportunidades de redenção a todos quantos se resolvam abrigar nas suas dependências.

E o Seu nascimento modesto continua produzindo ressonâncias históricas, antes jamais previstas.

Homens e mulheres, que tomaram contato com Sua notícia e mensagem, transformaram-se, mudando-se-lhes o roteiro de vida e o comportamento, convertendo-se, a partir de então, em luzeiros que apontam rumos felizes para a Humanidade.

* * *

Guerreiros triunfadores passaram pelo mundo desde aquela época, inumeráveis.

Governantes poderosos estabeleceram reinos e impérios, que pareciam preparados para a eternidade, e ruíram dolorosamente.

Artistas e técnicos, de rara beleza e profundo conhecimento, criaram formas e aparelhagens sofisticadas para tornarem a Terra melhor, e desapareceram.

Ditadores indomáveis e aristocratas incomuns surgiram no proscênio terrestre, envergando posição, orgulho e superioridade, que o túmulo silenciou.

...Estiveram, por algum tempo, deixando suas pegadas fortes, que tornaram alguns odiados, outros rechaçados e sob o desprezo das gerações posteriores.

Jesus, porém, foi diferente.

Incompreendido, o Cantor do Amor aceitou a cruz, para não anuir com o crime, e abraçou a morte para não se mancomunar com os mortos.

Por isso, ressurgiu, em triunfo e grandeza, permanecendo o Ser mais perfeito que jamais esteve na Terra, como modelo que Deus nos ofereceu para Guia.


* * *

Quando a Humanidade experimenta dores superlativas, quando a miséria sócio-econômica assassina milhões de vidas que estertoram ao abandono; quando enfermidades cruéis demonstram a fragilidade orgânica das criaturas; quando a violência enlouquece e mata; quando os tóxicos arruinam largas faixas da juventude mundial, ao lado de outros males que atestam a falência do materialismo, ressurge a figura impoluta de Jesus, convidando à reflexão, ao amor e à paz, enquanto as ressonâncias do Seu Natal falam em silêncio: Ele, que tem salvo vidas incontáveis, pede para que tentes fazer algo, amando e libertando do erro pelo menos uma pessoa.

Lembrando-te d'Ele, na noite de Natal, reparte bondade, insculpe-O no coração e na mente, a fim de que jamais te separes d'Ele.


Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis

Da obra: 'Momentos Enriquecedores' - Divaldo Pereira Franco


Permanente Natal



Ele nasceu em uma estrebaria, oculto aos olhos dos poderosos de Sua época.

Teve Seu nascimento anunciado aos simples, que traziam os corações preparados para O receber.

A orquestra dos céus se fez presente e a ópera dos mensageiros celestiais O anunciou a quem tivesse ouvidos de ouvir.

Jesus! Ninguém que O igualasse.

Alto e belo, chamava a atenção por onde transitasse. Os trigais se dobravam à Sua passagem e os ventos iam à frente, anunciando-Lhe a chegada.

Por onde passou, deixou indelével o Seu perfume. Não conduzia guerreiros, nem serviçais pomposos.

A voz do povo O anunciava e Seus cantos chegavam aos ouvidos de todos, mesmo daqueles que pretendiam se fazerem surdos.

Sua mensagem atingia os corações e, como hábil agricultor, semeou a esperança e a fé nos terrenos mais áridos.

Rei das estrelas e Governador do Mundo, fez-Se simples e evidenciou à saciedade a importância das coisas pequenas, dos serviços humildes.

Ele próprio serviu na carpintaria, modelando formas na madeira. E, mais tarde, servindo-Se de uma toalha e água, lavou os pés dos Seus apóstolos.

Tomou de um grão de mostarda e o fez símbolo da fé que move montanhas.

Utilizou-Se da água pura, jorrada das fontes cristalinas, para falar da água que sacia a sede para todo o sempre.

Tomou do pão e o multiplicou, simbolizando a doação da fraternidade que atende o irmão onde esteja, e com ele reparte o pouco que tem.

Falou de tesouros ocultos e de moedas perdidas. Recordou das profissões menos lembradas e as utilizou como exemplo, Ele mesmo denominando-Se o Bom Pastor, que conhece as Suas ovelhas.

Ninguém jamais O superou na poesia, na profundidade do ensino, na doce entonação da voz, cantando o poema das bem-aventuranças, no palco sublime da natureza.

Simples, mostrava Sua sabedoria em cada detalhe, exemplificando que os grandes não necessitam de ninguém que os adjetive, senão sua própria condição.

Conviveu com os pobres, os deserdados, os considerados párias da sociedade, tanto quanto visitou e privou da amizade de senhores amoedados e de poder.

Sempre nobre, porém simples e humilde.

Agora, que o Natal canta alegrias aos corações, mais do que nunca, se pode ouvir-Lhe a voz doce, convidando ao amor.

E, por isso mesmo, as criaturas se movimentam de forma mais intensa e se doam. São brindes, presentes, alimentos e agasalhos.

É o próprio ser que esquece de si e se doa. Doa as horas do seu dia. Com um sorriso nos lábios, abre os braços e agasalha o outro no próprio coração.

Depõem-se as armas. Silenciam-se os combates. Faz-se paz nos campos de batalha da intimidade e do Mundo.

Tudo porque o aniversário Dele se aproxima. E, embora ainda infantis na arte de amar, todos podemos sentir que Ele se faz mais presente, porque abrimos o nosso cofre do sentimento e Lhe permitimos penetrar.

São dias de felicidade os que vivemos no Natal. Tudo em nome de um Homem e de Sua mensagem.

Ah, Jesus! Como seria bom se, de uma vez para sempre, todos pudéssemos Te entender e fazer Natal permanente em nossas vidas.


Redação do Momento Espírita


Cry Out To Jesus




Amigos, hoje trago uma bela canção que conheci através do blog Girassol Encantado. Espero que gostem!


Essa canção do Third Day fez parte originalmente do album Wherever We Are, lançado em 2005, e ainda está inclusa no mais novo album da banda o Live Revelations (2009).


Para aqueles que por algum motivo estão passando por momentos difíceis, onde parece que está tudo terminado, sempre há Esperança: Clame por Jesus! Boa semana a todos!




Cry Out To Jesus

Chame por Jesus


To everyone who's lost someone they love
Para todos aqueles que perderam alguém que amam
Long before it was their time
Muito antes de ser sua hora
You feel like the days you had were not enough
Você sente que os dias que teve não foram suficientes
When you said goodbye
Quando você disse adeus


And to all of the people with burdens and pains
E para todos aqueles com aflições e dores
Keeping you back from your life
Que deixam retomar suas vidas
You believe that there's nothing and there is no one
Você crê que não há nada nem ninguém
Who can make it right
Que possa consertar isso


[Chorus]
There is hope for te helpless
Há esperança para o perdido
Rest for the weary
Descanso para o cansado
Love for the broken heart
Amor para o coração partido
There is grace and forgiveness
Há graça e perdão
Mercy and healing
Compaixão e cura
He'll meet you wherever you are
Ele vai lhe encontrar onde você estiver
Cry out to Jesus, Cry out to Jesus
Chame por Jesus, chame por Jesus


For the marriage that's struggling just to hang on
Para o casamento que está lutando apenas para se manter
They lost all of their faith in love
Eles perderam toda sua fé no amor
They've done all they can to make it right again
Tentaram de tudo para recomeçar
Still it's not enough
Ainda assim não foi suficiente


For the ones who can't break the addictions and chains
Para aqueles que não podem quebrar os vícios e cadeias
You try to give up but you come back again
Você tenta largar mas acaba voltando
Just remember that you're not alone in your shame
Apenas lembre-se que você não está sozinho em sua vergonha
And your suffering
E seu sofrimento


[Chorus]
When your lonely
Quando você está sozinho
And it feels like the whole world is falling on you
E isso parece ser o mundo inteiro caindo sobre você
You just reach out, you just cry out to Jesus
Você apenas consegue,você apenas chama por Jesus
Cry to Jesus
Clame por Jesus


To the widow who suffers from being alone
Para a viúva que sofre por estar sozinha
Wiping the tears from her eyes
Enxugando as lágrimas de seus olhos
For the children around the world without a home
Para as crianças pelo mundo que não têm um lar
Say a prayer tonight
Faça uma oração esta noite




O Espiritismo e a Páscoa




O Espiritismo não celebra a Páscoa, mas respeita as manifestações de religiosidade das diversas igrejas cristãs, e também não proíbe que seus adeptos manifestem sua religiosidade.


Páscoa, ou Passagem, simboliza a libertação do povo hebreu da escravidão sofrida durante séculos no Egito, mas o Cristianismo comemora a ressurreição do Cristo, que se deu na Páscoa judaica do ano 33 da nossa era, e celebra a continuidade da vida.


O Espiritismo, embora sendo uma Doutrina Cristã, entende de forma diferente alguns dos ensinamentos das Igrejas Cristãs. Na questão da ressurreição, para nós, espíritas, Jesus apareceu à Maria de Magdala e aos discípulos, com seu corpo espiritual, que chamamos de perispírito. Entendemos que não houve uma ressurreição corporal, física. Jesus de Nazaré não precisou derrogar as leis naturais do nosso mundo para firmar o seu conceito de missionário. A sua doutrina de amor e perdão é muito maior que qualquer milagre, até mesmo a ressurreição.


Isto não invalida a Festa da Páscoa se a encararmos no seu simbolismo. A Páscoa Judaica pode ser interpretada como a nossa libertação da ignorância, das mazelas humanas, para o conhecimento, o comportamento ético-moral. A travessia do Mar Vermelho representa as dificuldades para a transformação. A Páscoa Cristã representa a vitória da vida sobre a morte, do sacrifício pela verdade e pelo amor. Jesus de Nazaré demonstrou que pode-se executar homens, mas não se consegue matar as grandes idéias renovadoras, os grandes exemplos de amor ao próximo e de valorização da vida.


Como a Páscoa Cristã representa a vitória da vida sobre a morte, queremos deixar firmado o conceito que aprendemos no Espiritismo, que a vida só pode ser definida pelo amor, e o amor pela vida. Foi por isso que Jesus de Nazaré afirmou que veio ao mundo para que tivéssemos vida em abundância, isto é, plena de amor.


Amílcar Del Chiaro Filho
Este artigo foi publicado na íntegra pela Revista Católica 'Missões' - da Ordem Consolata.


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Para saber mais leia o texto “Visão Espírita da Páscoa


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Jesus psicoterapeuta




Abstraindo-nos de qualquer sentimento religioso ou reverencial à figura histórica de Jesus, constatamos que a mensagem que nos legou possui inequívoca aplicabilidade ao homem de todas as épocas. Ela é atemporal. Jesus foi o Mestre por excelência, não só por dominar todo o conhecimento teológico e escritural judaico de sua época, mas por evidenciar em sua doutrina o Evangelho, a Boa Nova, conhecimentos que transcendem a Filosofia, a Psicologia, a Pedagogia, a Sociologia etc. de nossos tempos. Ele responde às mais pungentes indagações filosóficas, ao mesmo tempo em que desvela a natureza humana e a maneira desta ser transformada para a construção de uma sociedade feliz, composta por indivíduos felizes, realizados. “O Reino de Deus está dentro de vós.”


Revelava assim a nossa natureza crística que nos cabe conhecer ou reconhecer, num encontro profundo conosco mesmo. É a descoberta da nossa verdadeira identidade espiritual, de seres eternos em busca da perfectibilidade. Jung, notável psiquiatra suíço, criador da “Psicologia Profunda”, identificava, já há algumas décadas, o principal arquétipo do homem, a que ele chamou de Self, a instância perfeita de nossa individualidade, que irradiando a sua energia pura, conduz o aperfeiçoamento da personalidade humana em sua marcha evolutiva.


Jesus representa, de alguma forma, o psicoterapeuta do gênero humano, de todos os homens. Sua mensagem vem, sobretudo, salvar-nos de nós mesmos, que insistimos em prestigiar o nosso lado sombrio (a sombra – outro arquétipo junguiano) pela adesão a falsos valores, ao egoísmo e ao orgulho, manifestações diretas do culto ao ego. Por que a infelicidade se multiplica por toda a parte, hoje e desde o princípio da história, senão pela atitude do homem que elege o ter em detrimento do ser, optando pelo efêmero e as aparências, esquecendo o que é eterno e essencial?


Por que o brasileiro, antes considerado um povo cordial, hoje possui uma das sociedades mais violentas do mundo? A resposta está na nossa adesão ao consumismo voraz, insaciável e a um individualismo insensível. Onde estão os valores de solidariedade e afetividade dos nossos avós? Onde a amizade, a simplicidade, o respeito, a tolerância que nos caracterizavam como povo? O Brasil foi engolfado pelo pior da globalização, cuja teoria econômica repousa no capitalismo selvagem e no individualismo socialmente irresponsável, que nos faz regredir aos primitivos tempos da nossa organização social. A sua inconsistência, em todos os aspectos, fica patente por esta crise econômica mundial em que estamos submersos, se já não o fosse pela fome que acomete mais da metade do Planeta.


León Denis, iluminado filósofo espírita, antecipando-se aos tempos que vivemos, já dizia em seu livro O Problema do Ser do Destino e da Dor: “A filosofia da escola, depois de tantos séculos de estudo e de labor, é ainda uma doutrina sem luz, sem calor, sem vida. (...) Daí o desânimo precoce e o pessimismo dissolvente, moléstias das sociedades decadentes, ameaças terríveis para o futuro, a que se junta o ceticismo amargo e zombeteiro de tantos moços da nossa época; em nada mais crêem do que na riqueza, nada mais honram que o êxito.”


Jesus veio nos salvar desta opção pela infelicidade, mostrando-nos a nossa filiação divina e nossa destinação gloriosa. Ele mesmo foi o protótipo do homem realizado, conectado com o seu Self, iluminado pelo Deus interior, fagulha divina que somos todos nós. Dele falam os Evangelhos: sabia ensinar e falar “com poder e com toda autoridade”. “Ficavam todos convencidos daquilo que ele dizia” (Mc 1,22) “porque dele saia uma força que curava todos os males” (Lc 6,19). Sua terapia era a sua doutrina de amor e seu instrumento terapêutico a sua própria personalidade.


Jesus obviamente não foi um psicoterapeuta como modernamente entendemos, no sentido de tratar traumas e neuroses e transtornos de personalidade, mesmo porque não dispunha na época destes recursos conceituais. Ele o foi no sentido lato, mas profundo, pois conhecia plenamente os processos psíquicos construtivos e destrutivos da vida. Ele detinha as qualidades precípuas do terapeuta, pois quem mais senão ele atingiu a integração da personalidade, a identidade e a individuação? Jung frisa que o próprio terapeuta é o próprio método ou a própria terapia. Nenhum terapeuta pode ultrapassar a si próprio na terapia.


No Livro dos Espíritos, obra básica de Allan Kardec, este assim faz a pergunta nº 625 aos espíritos: “Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem para lhe servir de guia e modelo?” Resposta: “Jesus.”


Simples assim. Assim é que Jesus vem a ser o paradigma, o terapeuta imortal que através dos séculos temos buscado na nossa ânsia de libertação, de felicidade. Mas como tem sido mal interpretado! As interpretações dogmáticas de sua doutrina têm-se constituído em verdadeira camisa de força a desnaturá-la e limitá-la.


Em outra pergunta, a 621, indaga-se: “Onde está escrita a lei de Deus?” Resposta: “Na consciência.” Jesus vem a ser, portanto, o nosso guia para adentrarmos os caminhos do nosso interior psicológico, no processo de integração de nossa personalidade, descoberta de nossa autêntica identidade e consequente individuação, ou crescimento, ou evolução psicoespiritual. Isso só acontece pela vivência da lei de Deus, insculpida que está na intimidade de nossa própria consciência. E a lei de Deus, já nos ensinava o Mestre incomparável, é a vivência do amor em suas manifestações mais puras de solidariedade, cooperação, tolerância e fraternidade para com o próximo.



Luiz Antonio de Paiva

Psiquiatra e vice-presidente da Associação Médica Espírita de Goiás

Do site OSGEFIC



Anúncio Divino



Pois na cidade de David, nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. (Lucas: 2-11)


A palavra do Anjo aos pastores continua vibrando sobre o mundo, embora as sombras densas que envolvem as atividades dos homens.


Como aconteceu, há dois mil anos, a Espiritualidade anuncia que nasceu o Salvador.


Onde se encontram os que desejam a luminosa notícia?


Nas cidades e nos campos, há multidões atormentadas, corações inquietos, almas indecisas.


Muita gente pergunta pela Justiça do Céu.


Longas fileiras de criaturas procuram os templos da fé, incapazes, porém, de ouvir o anúncio Divino.

A família cristã, em grande parte, experimenta a incerteza dos mais fracos.


Muitos discípulos cuidam somente de política, outros apenas de intelectualismo ou de expressões sectárias.


Entretanto, sem que o Cristo haja nascido na “terra do coração”, a política pode perverter, a filosofia pode arruinar, a seita é suscetível de destruir pelo veneno da separatividade.


A paisagem humana sempre exibiu os quadros escuros do ódio e da desolação.


No longo caminho evolutivo, como sempre, há doentes, criminosos, ignorantes, desalentados, esperando a Divina Influência do Mestre.


Muitos já ouviram ou pregaram as mensagens do Evangelho, mas, não desocuparam o coração para que Jesus os visite.


Não renunciaram às cargas pesadas de que são portadores e, cedo ou tarde, dão a prova de que, nos serviços da fé, não passaram de ouvintes ou transmissores.


No íntimo, não obstante a condição de necessitados, guardam, ciosamente, o material primitivista do “homem velho”.


Esquecem-se de que Jesus é o amigo renovador, o Mestre que transforma.


Os séculos transcorrem. As exigências de cada homem sucedem-se no caminho terrestre.


E a Espiritualidade continua convidando as criaturas para as esferas mais altas.


Bendito, assim, todo aquele que puder ouvir a voz do anjo que ainda se dirige aos simples de coração, sentindo entre as lutas terrestres, que o Cristo nasceu hoje no país de sua alma.


Emmanuel
(In: 'Mentores e Seareiros' - Francisco Cândido Xavier)


Louvor do Natal



Senhor Jesus!


Quando vieste ao mundo, numerosos conquistadores haviam passado, cimentando reinos de pedra com sangue e lágrimas.


Na retaguarda dos carros de ouro e púrpura com que lhes fulgia as vitórias, alastravam-se, como rastros da morte, a degradação e a pilhagem, a maldição do solo envilecido e o choro das vítimas indefesas.


Levantaram-se, poderosos, em palácios fortificados e faziam leis de baraço e cutelo, para serem, logo após, esquecidos no rol dos carrascos da Humanidade.


Entretanto, Senhor, nasceste nas palhas e permaneceste lembrado para sempre.


Ninguém sabe até hoje quais tenham sido os tratadores de animais que te ofertaram esburacada manta, por leito simples, e ignora-se quem foi o benfeitor que te arrancou ao desconforto da estrebaria para o clima do lar.


Cresceste sem nada pedir que não fosse o culto à verdadeira fraternidade.


Escolheste vilarejos anônimos para a moldura de tua palavra sublime... Buscaste para companheiros de tua obra homens rudes, cujas mãos calejadas não lhes favoreciam os vôos do pensamento. E conversaste com a multidão, sem propaganda condicionada.


No entanto, ninguém conhece o nome das crianças que te pousaram nos joelhos amigos, nem das mãos fatigadas a quem te dirigiste na via pública!


A História, que homenageava Júlio César, discutia Horácio, enaltecia Tibério, comentava Virgílio e admirava Mecenas, não te quis conhecer em pessoa, ao lado de tua revelação, mas o povo te guardou a presença divina e as personagens de tua epopéia chamam-se “o cego Bartimeu”, “o homem de mão mirrada”, “o servo do centurião”, “o mancebo rico”, a “mulher Cananéia”, “o gago de Decápolis”, “a sogra de Pedro”, “Lázaro, o irmão de Marta e Maria”.


Ainda assim, Senhor, sem finanças e sem cobertura política, sem assessores e sem armas, venceste os séculos e estás diante de nós, tão vivo hoje quanto ontem, chamando-nos o espírito ao amor e à humildade que exemplificaste, para que surjam, na Terra, sem dissensão e sem violência, o trabalho e a riqueza, a tranquilidade e a alegria, com bênção de todos.


É por isso que, emocionados, recordando-te a manjedoura, repetimos em prece:


- Salve, Cristo! Os que aspiram a conquistar desde agora, em si mesmos, a luz de teu reino e a força de tua paz, te glorificam e te saúdam!...



Emmanuel
(Do livro “Antologia Mediúnica do Natal” - Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos)

Natal de Jesus


Toda vez que o Natal retorna, Sua figura é lembrada com maior vigor.


Alguns permanecem na tentativa de negar-Lhe a existência, afirmando que tudo é fruto de lenda.


Outros, que na Sua existência acreditam, perdem-se em datas e números, tentando descobrir quando Ele verdadeiramente nasceu.


O que se sabe é que até o século IV, os cristãos do Mundo comemoravam o Seu natalício em diferentes meses e dias, motivo pelo qual a Igreja optou por determinar a data de 24 de dezembro, a fim de que todos os Seus seguidores se unissem para o mesmo evento, como um único coração.


Estranham alguns que tudo que se refira à figura humana do Cristo seja tão obscuro. Não se sabe com exatidão quando e onde nasceu, quase nada se tem a respeito de Sua infância e adolescência.


Mesmo após a Sua morte, não nos legou senão uma tumba vazia, tendo desaparecido Seu corpo, sepultado em lugar ignorado talvez.


Exatamente porque, desde o primeiro dia entre nós Ele, Jesus, insistiu em afirmar que a mensagem é mais importante do que o homem.


Contudo, algo existe em torno do qual ninguém discute, todos se irmanam. Ele legou à Humanidade o mais belo tesouro de todos os tempos: a lição do amor, o amor por excelência que foi.


Desde Seu nascimento na calada da noite à Sua morte infamante na cruz, a Sua foi a vida dos que amam em totalidade.


Por isso mesmo é que não temos as notícias de Jesus no seio de Sua família, convivendo com os Seus. A Sua família era a Humanidade e com ela esteve em Seu messianato.


Amou a multidão e a serviu. Falou de coisas profundas, utilizando figuras e linguagem acessíveis ao povo, que desejava uma mensagem diferente de todas as que ouvira até então.


A Sua voz tinha especial entonação e quando se punha a declamar a poesia dos Céus, extasiava as almas. Os simples O seguiam, os desejosos de aprender e os que ansiavam pelo consolo de suas feridas morais O ouviam atenciosos.


Sua mensagem era dirigida a todos os seres, nos diferentes estágios evolutivos, para as diferentes idades.


Dirigiu-Se à criança, convidou os moços a segui-Lo, arrebanhou homens e mulheres em plena madureza, alentou a velhice.


Sua vida foi um contínuo servir. Ninguém antes Dele e ninguém depois realizou tamanha revolução no campo das idéias, semeando na terra dos corações, em tão pouco tempo.


Menos de três anos...


Sua mensagem, impregnada do perfume de Sua presença, prossegue no Mundo, arrebanhando as almas.


Definindo-se como o Caminho, a Verdade e a Vida, Ele é também o consolo dos aflitos, a luz para os que andam em trevas densas, o amparo dos que se sentem desalentados e sós.


Seu nome é Jesus. Sua mensagem é a do amor perene. Seus ditos e Seus feitos constituem os Evangelhos.


A comemoração do Seu natalício a todos nos motiva a amar, doar e perdoar. E só há Natal porque Ele veio para os Seus irmãos, para nós e nos legou a mensagem divina que fala de paz, de harmonia e de belezas espirituais.


* * *


Aproveitemos os dias do Natal que estamos vivendo para meditar a respeito dos ensinos de Jesus.


Aproveitemos mais: coloquemos em prática ao menos alguns deles.


E entre os presentes e mimos que distribuiremos em nome Dele, não nos esqueçamos de colocar uma parcela do nosso coração.


Não esqueçamos: é Natal.



Redação do Momento Espírita.