Obsessão (Parte 3 de 3)


- ‘Inimigos’ do Passado e Desobsessão -



1 - Em que tempo e situação no podem atingir os fenômenos deprimentes da obsessão?

Emmanuel - Salientando-se que o pensamento é a alavanca de ligação, para o bem ou para o mal, é muito fácil perceber que os fenômenos deprimentes da obsessão podem atingir-nos, em qualquer condição e em qualquer tempo.


2 - Todos temos desafetos do pretérito?

Emmanuel - Inegável que todos carreamos ainda, do pretérito ao presente, enorme carga de desafetos.


3 - Onde somos defrontados com mais freqüência pelos desafetos do passado? Na Terra ou no Plano Espiritual?

Emmanuel - É compreensível que seja na esfera física que mais direta e freqüentemente nos abordem aqueles mesmos Espíritos a quem ferimos ou com quem nos acumpliciamos na delinqüência.


4 - Se uma criatura desencarna deixando inimigos na Terra; é possível que continue perseguindo o seu desafeto, dentro da situação de invisibilidade?

Emmanuel - Isso é possível e quase geral, no capítulo das relações terrestres, porque, se o amor é o laço que reúne as almas nas alegrias da liberdade, o ódio é a algema dos forçados, que os prende reciprocamente no cárcere da desventura.


Se alguém partiu odiando, e se no mundo o desafeto faz questão de cultivar os gérmens da antipatia e das lembranças cruéis, é mais que natural que, no plano invisível, perseverem os elementos da aversão e da vindita implacáveis, em obediência às leis de reciprocidade, depreendendo-se daí a necessidade do perdão com o inteiro esquecimento do mal, a fim de que a fraternidade pura se manifeste através da oração e da vigilância, convertendo o ódio em amor e piedade, com os exemplos mais santos, no Evangelho de Jesus.


5 - Como poderíamos classificar aqueles que em outras existências nos foram inimigos ou de quem fomos adversários e que, no presente, desempenham, na base da profissão ou da família, o papel de nossos companheiros e de nossos parentes?

Emmanuel - São elas as testemunhas de nosso aperfeiçoamento, experimentando-nos as energias morais, quando não lhes suportamos o permanente convívio, por força das provas regenerativas que trazemos ao renascer. Acompanha-nos por instrumentos do progresso a que aspiramos, vigiam-nos as realizações e policiam-nos os impulsos.


6 - Como se transformam os nossos adversários do passado?

Emmanuel - Nos processos da obsessão, urge reconhecer que os nossos opositores ou adversários se transformam para o bem, à medida que, de nossa parte, nos transformamos para melhor.


7 - Quando estaremos realmente em paz com todos aqueles que ainda são para nós aversões naturais ou pessoas difíceis?

Emmanuel - Um dia, chegaremos a agradecer-lhes a colaboração, imitando o aluno que, incomodado na escola, se rejubila, mais tarde, por haver passado sob as atenções do professor exigente.


8 - As sessões de desobsessão têm valor? Em que condições?

Emmanuel - Toda recomendação verbal e todo entendimento pela palavra, através das sessões de desobsessão, se revestem de profundo valor, mas somente quando autenticados pelo nosso esforço de reabilitação íntima, sem a qual todas as frases enternecedoras passarão, infrutíferas, qual música emocionante sobre a vasa do charco.


9 - Qual a solução mais simples ao problema da obsessão?

Emmanuel - Consagremo-nos à construção do bem de todos; cada dia e cada hora, porquanto caminhar entre Espíritos nobres ou desequilibrados; sejam eles encarnados ou desencarnados, será sempre questão de escolha e sintonia.


EMMANUEL


Obras:

“O Consolador” - Francisco Cândido Xavier

“Leis Do Amor” - Francisco Cândido Xavier & Waldo Vieira


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Para saber mais sobre obsessão e como socorrer um obsidiado, veja a seguinte seqüência de posts, do blog “Magnetismo”:


Auxílio Magnético a um Indivíduo Obsidiado (Parte 1 de 3)

Auxílio Magnético a um Indivíduo Obsidiado (Parte 2 de 3)