A reencarnação dos animais – Parte 1 de 2

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P: Existe um planejamento reencarnatório para os animais?

R: Sim. O Espírito da Verdade disse que os animais não são simples máquinas, como supomos. Por isso são tratados de modo especial e não sem qualquer planejamento. Quando se trata de animais superiores, como por exemplo, os mamíferos, há um planejamento padrão, além de um outro quase individualizado. Quando se refere a animais de escalas evolutivas anteriores (insetos, por exemplo) são tratados de modo padronizado, somente por métodos pré-estabelecidos, mas mesmo assim há planejamento para cada espécie.

A partir de um determinado patamar evolutivo, os animais passam a ser tratados de modo mais individual, pois já atingiram certo grau de independência e estão mais livres de padrões, utilizam mais o seu livre-arbítrio. Por serem mais independentes, são preparados para reencarnação de modo particular, em alas compartilhadas com um menor número de indivíduos se comparados com animais que se encontram em fases evolutivas anteriores, que são preparados de modo padronizado para todo o grupo.


P: Eles podem reencarnar na mesma família onde eram queridos?

R: Os animais, principalmente os domésticos, aprendem conosco, que somos, além de irmãos, seus professores. Durante o tempo em que permanecem conosco, passam por várias experiências, como encarnados e, quando já for o suficiente, provavelmente ele reencarnará em outra família e em outra localidade onde aprenderá coisas que não podemos oferecer. Mas em geral retornam várias vezes ao mesmo lar.

Os animais cumprem alguns roteiros padronizados de aprendizado, além de outros mais particularizados e, desde que passem à contento, seguem para outra fase evolutiva e de aprendizado em companhia de pessoas diferentes que podem oferecer outras novas experiências a eles. O fato de serem queridos é importante, mas não é o fator determinante para que retornem ao mesmo lar.


P: Para a reencarnação, qual o critério de escolha da família para onde devem ir os animais?

R: Quando os animais que vivem em maior proximidade dos seres humanos desencarnam, eles são imediatamente, na maioria das vezes, encaminhados à reencarnação. Para alguns grupos de animais existem condições pré-estabelecidas e padronizadas, mas, para outros, há condições particulares, individualizadas. Para tanto há cronogramas particulares de roteiros de aprendizado que devem ser seguidos sob orientação de Espíritos encarregados disto. Espíritos de elevada categoria elaboram os projetos que são colocados em prática por Espíritos subordinados que se encontram mais próximos dos animais. Eles, então, organizam os animais ou os espíritos deles, para esta ou aquela atividade relacionada aos nossos irmãos, até completar o aprendizado em determinado grupo humano. Existem vários planos para um mesmo animal ou grupos de animais que podem ser substituídos um por outro a qualquer momento, segundo a determinação destes grupos espirituais de maior hierarquia, que decidem sobre os caminhos que deverão seguir os animais sob sua responsabilidade. Em geral, o plano original é mantido na medida do possível e somente é substituído em situações que obriguem a isso para preservar a vida do animal.


P: É possível um animalzinho reencarnar no mesmo lar?

R: Sim, é possível e ocorre com frequência, pois o aprendizado não se interrompe com a desencarnação do animal. Como retornam na primeira oportunidade, continuam praticamente do ponto onde pararam. A vida não é interrompida com a morte do corpo físico, pois do mesmo modo como nosso Espírito evolui pela reencarnação, os animais também reencarnam para reiniciar sua jornada interrompida temporariamente. No Mundo Espiritual os Espíritos encarregados da evolucão deles os encaminham às famílias ou aos locais onde deverão prosseguir com seu aprendizado, que, em geral, se repete várias vezes, podendo ser, também, por um curto período, dependendo da necessidade.


P: Fale um pouco sobre o tempo necessário para o animal reencarnar após ter desencarnado.

R: Ao desencarnarmos, ou quando desencarna um animal, alguns ajustes são necessários ao nosso Espírito e ao nosso corpo espiritual antes de retornarmos ao mundo físico. Quando desencarnamos de forma violenta, por exemplo, podem ocorrer lesões em nossos corpos espirituais que precisam ser reparadas antes do retorno. Os animais considerados inferiores passam por tratamentos preparatórios padronizados rápidos e, portanto, o retorno também é rápido. Animais superiores passam por tratamentos quase individualizados e mais demorados. O tempo varia de espécie para espécie animal, em função do seu grau de evolução e das condições, que são variáveis, mas sempre este período é relativamente curto, se comparado ao tempo que decorre para uma reencarnação humana. Minutos, horas, dias, meses, anos. Isso, como dissemos, ficará dentro de uma variante na dependência da necessidade evolutiva. Para se ter uma ideia, a preparação de um cão está em torno de dois a três dias (alguns animais domésticos podem permanecer no plano espiritual por mais tempo ou por tempo indeterminado, se estiverem sob a tutela e responsabilidade de algum Espírito amigo que queira cuidar dele) antes de ser enviado para o mundo físico na forma de um embrião, que irá se adaptar ao útero materno e se desenvolverá durante o período de gestação, que no caso dos cães é de cerca de 60 dias. O tempo que permanecem no plano espiritual, chamado de erraticidade, é curto, pois não dispõem de muito para avançarem na evolução espiritual. Eles não podem se dar ao luxo de desperdícios de tempo. Quanto mais rápido retornam ao físico, mais experiências adquirem para evoluir.


(Respostas por Marcel Benedeti - Do site Comunidade Espírita)


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Chico, pare e preste atenção neste cãozinho. É o Dom Pedrito que está voltando para você.”

(Emmanuel, mentor espiritual de Chico Xavier, referindo-se à reencarnação do cão de Chico - Do livro de Irvênia Prada: “Questão Espiritual dos Animais”)



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A cada nova existência o espírito dá um passo no caminho do progresso.”

(Espírito da Verdade)