No Bem, Hoje e Sempre



Se aspiras, efetivamente, a cola­borar na construção do Reino Divino so­bre a Terra, não solenizes o mal, para que o bem germine e se estenda ao grande campo da vida.

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Ante as pedras da incompreensão, não renuncies ao arado sacrificial da tolerância, para que os calhaus da cruelda­ de se convertam em alicerces da edifica­ção espiritual a que te empenhas.

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Nos espinheiros da perseguição gra­tuita, não te afastes da paciência, a fim de que os ingredientes da prova, pouco a pouco, se façam adubo da plantação de valores imperecíveis da alma a que te dedicas.

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Não interpretes ninguém por ini­migo.

Quando os adversários não se nos revelam por instrutores, são enfermos necessitados de amparo e entendimen­to.

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Em toda parte, seremos defronta­dos por aqueles que realmente não nos conhecem e que, em nos julgando pelas impressões superficiais ou pelos parece­res de oitiva, se transformam em instru­mentos de nossas dificuldades.

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Aparecem, por vezes, na posição de companheiros que nos reclamam de­monstrações de heroísmo ou de santida­de que eles mesmos ainda não pos­suem; ou na forma de censores que nos reprovam a presença e o trabalho sem cogitar do objetivo de nossas manifesta­ções.

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Recebamo-los todos com serenida­de e amor, e continuemos a tarefa da boa vontade, na certeza de que o tempo falará por nós, hoje, amanhã e sempre.

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Toda a vez que o mal te procure, veste a couraça do bem e auxilia-o a renovar-se em experiência edificante.

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Não recalcitres.

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Imagina se Jesus tivesse adotado a reação da dignidade ferida!

O apelo à justiça teria apagado o esplendor da Boa Nova; no entanto, o silêncio e o sacrifício do Mestre Divino, ainda hoje, como ontem e qual ocorrerá no futuro, suscita o aprendizado e a sublimação da Humanidade inteira.



Emmanuel

Do livro “Mediunidade e Sintonia” – Francisco Cândido Xavier