Estrelas — ninhos da vida,
Entre os espaços profundos,
Novos lares, novos mundos,
Velados por tênue véu...
Louvores à vossa glória,
Nascida na eternidade,
Sois jardins da imensidade,
Suspensos no azul do céu.
Dizei-nos que tudo é santo,
Inda mesmo quando há pranto
No sonho que nos conduz.
Proclamai à terra estranha,
Dominada de tristeza,
Que em tudo reina a beleza
Vestida de amor e luz.
Pela dor que nos procura,
Rompei a cadeia escura
Que nos prenda o coração,
Acendendo a madrugada
No campo de Novo Dia,
Onde a ventura irradia
Eterna ressurreição.
Que segue à mercê da sorte,
Sem teto, sem paz, sem norte,
Torturado, sofredor...
Templos do Sol Infinito,
Descerrai à Humanidade
A bênção da Divindade
Nas bênçãos do vosso amor.
Entre os espaços profundos,
Novos lares, novos mundos,
Velados por tênue véu...
Louvores à vossa glória,
Nascida na eternidade,
Sois jardins da imensidade,
Suspensos no azul do céu.