MENSAGEM DE ANO NOVO


Para ser feliz,
próspero,
vencedor,
receber amores e dádivas,
bênçãos e distinções,
podes formular votos,
tecer esperanças,
alinhavar projetos,
enumerar decisões,
vestir cores certas,
brindar à sorte.

Porém,
se no coração,
o homem velho prossegue,
se o ontem ainda te governa,
se melhoras apenas te farão,
mais forte no que te é dispensável,
então prosseguirás,
ano após ano,
imerso no mesmo tempo,
estacionário,
por livre e espontânea vontade,
de um eterno ano velho,
passado.


André Luiz


(Instituto André Luiz, Psicografia Lori M.D dos Santos, 27.12.2003) http://www.institutoandreluiz.org/chico_xavier.html

O Espiritismo por Léon Denis

LÉON DENIS

Um sucessor e propagador da Doutrina codificada por Allan Kardec.

Considerado o “apóstolo do Espiritismo”.



O Espiritismo, já o dissemos, não dogmatiza; não é uma seita nem uma ortodoxia. É uma filosofia viva, patente a todos os espíritos livres, e que progride por evolução. Não faz imposições de ordem alguma; propõe, e o que propõe apóia-se em fatos de experiência e provas morais; não exclui nenhuma das outras crenças, mas se eleva acima delas e abraça-as numa fórmula mais vasta, numa expressão mais elevada e extensa da verdade.


As Inteligências superiores abrem-nos o caminho, revelam-nos os princípios eternos, que cada um de nós adota e assimila, na medida da sua compreensão, consoante o grau de desenvolvimento atingido pelas faculdades de cada um na sucessão das suas vidas.


O que o Espiritismo mais toma a peito é evitar as funestas conseqüências da ortodoxia.


A sua revelação é uma exposição livre e sincera de doutrinas, que nada têm de imutáveis, mas que constituem um novo estádio no caminho da Verdade Eterna e Infinita. Cada um tem o direito de analisar-lhe os princípios, que apenas são sancionados pela consciência e pela razão. Mas, adotando-os, deve cada um conformar com eles a sua vida e cumprir as obrigações que deles derivam. Quem a eles se esquiva não pode ser considerado como adepto verdadeiro.


Léon Denis em "O Problema do Ser, Do Destino e da Dor"



O Exemplo de Jesus


Jesus de Nazaré, numa atitude incomum em seu tempo, demonstrava apreço e respeito aos excluídos e discriminados, oferecendo igual atenção às diferenças de classe e sexuais; aos ladrões, às prostitutas, aos adúlteros, aos cobradores de impostos.


Um olhar cuidadoso na vida de Jesus irá revelar a criatura extremamente corajosa, o indivíduo que pregou a tenacidade diante de situações emocional ou moralmente difíceis e que não teve medo de enfrentar a desaprovação.


Jesus não receava correr riscos, porque seus valores não eram locais; em outras palavras, não eram analisados sob a luz de um enfoque particular e geográfico.


O Cristo estava imerso na plenitude do Criador; por isso, suas palavras faziam emergir das profundezas das criaturas os adormecidos “prazeres da alma”. Sua argumentação amorosa e lógica levava as pessoas a sentimentos muito intensos de alegria, prazer, admiração e entusiasmo.


O Mestre deixou claro que, para Deus, não havia eleitos – o reino dos Céus era uma conquista comum a todos aqueles que cultivassem o amor a Deus, ao próximo e a si mesmo.


Texto retirado do livro “Folhas de Outono – Idéias que mobilizam os potenciais humanos” – Ditado pelo Espírito Hammed – Psicografado por Francisco do Espírito Santo Neto – Editora Boa Nova.

Algo mais no Natal...


Senhor Jesus!

Diante do Natal, que te lembra a glória na manjedoura,
nós te agradecemos:

a música da oração;
o regozijo da fé;
a mensagem de amor;
a alegria do lar;
o apelo a fraternidade;
o júbilo da esperança;
a bênção do trabalho;
a confiança no bem;
o tesouro da tua paz;
a palavra da Boa Nova;
e a confiança no futuro!...

Entretanto, oh! Divino Mestre, de corações voltados para o teu coração,
nós te suplicamos algo mais! ...

Concede-nos, Senhor, o dom inefável da humildade para que
tenhamos a precisa coragem de seguir-te os exemplos!



EMMANUEL

(Do livro “Luz do Coração”, Francisco Cândido Xavier - Edição CLARIM)


AMANHÃ É NATAL...



Os dias se sucedem tão rápidos que nem nos damos conta... e amanhã já é Natal outra vez...

Foram tantas as lutas...

Você certamente teve problemas, trabalhou, sofreu, sorriu... como todo mundo.

Foram tantos os obstáculos... mas as forças foram ainda maiores, que permitiram superá-los.

Os desentendimentos familiares não foram poucos... mas a fraternidade logrou êxito.

Um filho querido talvez tenha adentrado pelos escuros caminhos das drogas, mas a coragem foi tanta que deu suporte nos momentos amargos.

O lar, tão tranqüilo outrora, esteve ameaçado por terríveis tempestades... Quase sucumbiu... mas os laços fortes do amor o sustentaram...

A separação promovida pela morte dilacerou as fibras mais sutis da alma... mas a fé em Deus e a certeza da imortalidade conseguiram cicatrizá-las.

A enfermidade cruel nos visitou ou visitou os entes queridos, mas a confiança e a dedicação conseguiram afastá-la.

Enfim, foram tantas dores, tantos momentos amargos... mas também tantas alegrias, tantas vitórias...

Amanhã é Natal...

E Natal é tempo de fraternidade, perdão, solidariedade...

E porque amanhã é Natal, reunamo-nos todos os que lutamos juntos, na alegria e na dor, e que apesar de tudo permanecemos unidos.

Olhemos para a mãezinha a quem chamamos o ano inteiro para pedir roupa limpa, comida, e digamos: mãe, o que seria da minha vida sem você? Eu a amo mãezinha querida.

Ao pai a quem só nos dirigimos para pedir dinheiro, carro emprestado, cartão de crédito, e falemos com carinho: “Olá, paizão! Apesar de não ter o costume de dizer, eu o amo! Tenho certeza de que minha vida não teria sentido sem você.”

Acerquemo-nos daquele irmão com quem não conversamos, olhemos nos seus olhos e falemos: “Olá, mano! Que bom ter você no meu caminho!”

Aproximemo-nos daquele filho drogado, infeliz, rebelde, e falemos com ternura: “Filho, você é a estrela da minha estrada! Sem você a vida não teria sentido...”

E, porque amanhã é Natal... Busquemos a serviçal doméstica, que chega ao nosso lar muitas vezes antes do sol nascer e só vai embora depois que o último filho chega do colégio, para lavar a louça e deixar tudo em ordem, e digamos: “Minha amiga, precisamos uns dos outros, que bom poder contar com você por mais um ano!”

E, porque amanhã é Natal... Olhemos para nosso patrão e falemos o quanto ele tem sido importante em nossa vida, pois nos ajuda a ganhar o pão de cada dia.

E, porque amanhã é Natal..., Busquemos um lar pobre, onde a fome insiste em se fazer presente e a expulsemos, ainda que por um dia...

Levemos uma alimentação saborosa, temperada com o nosso mais puro afeto e permaneçamos por algum tempo junto aos habitantes, irmãos financeiramente mais carentes que nós.

***

E, porque amanhã é Natal... lembremo-nos do Aniversariante mais ilustre de que a Terra teve notícias...

Arrebentemos os laços de discórdia que por ventura haja entre os familiares e amigos e abracemo-nos com ternura.

E, porque amanhã é Natal... mostremos ao Aniversariante que a Sua vinda à Terra não foi em vão...

Roguemos que nos perdoe por tê-Lo crucificado... E deixemos que Ele nos abrace e nos aconchegue junto ao Seu coração magnânimo...

Porque, amanhã, é Natal...


Fonte: Momento Espírita


Obrigada, amigos!


Oi, gente!


Hoje estou colocando um segundo post somente para agradecer este prêmio que aparece aqui e acaba de ser oferecido a mim por uma querida amiga, a Jeanne, do blog Espiritizar.




Muito obrigada pela indicação, Jeanne! Fico muito feliz em saber que você acha que o meu blog "vale a pena conferir"! Obrigada pela sua presença constante aqui, sempre trazendo um carinho especial! Atitudes como a sua me fazem ver, mais uma vez, que estou no caminho certo, ajudando a divulgar a Doutrina Espírita e tentando ser um pontinho de luz nessa imensa blogosfera...


Bom, segundo a regrinha do prêmio, quem recebe este selo deve repassar para mais cinco blogs, para manter a corrente. É óbvio que Jeanne deixou-me à vontade para não repassar. Vou confessar a vocês que não sou muito fã desses memes ou prêmios que ditam regras, acho que tudo deve ser feito de coração e não por obrigação, mas nesse caso não posso deixar de indicar cinco blogs de amigos queridos. Sei que alguns já devem ter recebido este selo, que já está circulando entre os blogs há um certo tempo, mas gostaria apenas de manifestar o meu carinho especial por cada um de vocês e agradecê-los pela amizade! Acredito que não seja necessário dizer que não precisam se sentir obrigados a repassar, né? ;)


São eles:



Beijos a todos e obrigada por tudo!!!


Adriana


Relações familiares


Olá, amigos!


Gostaria de compartilhar com vocês um pequeno texto que retirei do livro "Entre a Terra e o Céu", de André Luiz / Chico Xavier.


Indico este livro a todos. Ele fala a respeito das questões familiares, tão difíceis e comuns a todos nós. E mostra como a reencarnação é uma oportunidade de corrigirmos nossos erros do passado e de aperfeiçoar-nos, juntamente com aqueles a quem fizemos mal muitas vezes, em existências anteriores, e que hoje amamos como nossos entes queridos.


Que Jesus nos abençoe! Bom final de semana a todos!


Adriana







"Amemos, aperfeiçoando-nos!



Identifiquemos no lar humano o caminho de nossa regeneração!



A família consangüínea na Terra é o microcosmo de obrigações salvadoras em que nos habilitamos para o serviço à família maior que se constitui da Humanidade inteira.



O parente necessitado de tolerância e carinho representa o ponto difícil que nos cabe vencer, valendo-nos dele para melhorar-nos em humildade e compreensão.



Um pai incompreensivo, um esposo áspero ou um filho de condução inquietante, simbolizam linhas de luta benéfica, em que podemos exercitar a paciência, a doçura e o devotamento até o sacrifício!...



Especialmente no tocante aos filhos, não nos esqueçamos de que pertencem a Deus e à vida, acima de tudo!...



Na esfera carnal, a Providência Divina nos sela a memória, no favor do renascimento, envolvendo-nos com o sopro renovador de abençoada esperança! Por isso mesmo, não nos cabe olvidar que os filhos são sempre laços preciosos da existência, requisitando-nos equilíbrio e discernimento em todas as decisões...



Para desobrigar-nos da grande tarefa que a maternidade nos impõe, é imprescindível entender-lhes o psiquismo diferente do nosso, a exigir, muitas vezes, um tipo de felicidade que não se harmoniza com o nosso modo de ser. Saibamos, assim, prepará-los, sem egoísmo, para o destino que lhes compete!



O carinho escravizante assemelha-se a um mel envenenado, enredando-nos na sombra. Conservemos nosso espírito arejado pela justiça, para que a nossa afetividade seja uma bênção com a possibilidade de educar os que nos cercam, na escola do trabalho salutar!..."



Fonte: Livro "Entre a Terra e o Céu" - André Luiz / Chico Xavier



Morte e Reencarnação



A morte mais não é que uma transformação necessária e uma renovação, pois nada perece realmente. A morte é só aparente; somente muda a forma exterior; princípio da vida, a alma fica em sua unidade permanente, indestrutível. Esta se acha, além do túmulo, na plenitude de suas faculdades, com todas as aquisições com que se enriqueceu durante as suas existências terrestres: luzes, aspirações, virtudes e potências. Eis aí os bens imperecíveis a que se refere o Evangelho, quando diz: “Os vermes e a ferrugem não os consumirão nem os ladrões os furtarão.” São as únicas riquezas que poderemos levar conosco e utilizar na vida futura.


A morte e a reencarnação que se lhe segue, em um tempo dado, são duas condições essenciais do progresso. Rompendo os hábitos acanhados que havíamos contraído, elas colocam-nos em meios diferentes; obrigam a adaptarmo-nos às mil faces da ordem social, e universal.


Quando chega o declínio da vida, quando nossa existência, semelhante à página de um livro, vai voltar-se para dar lugar a uma página branca e nova, aquele que for sensato consulta o seu passado e revê os seus atos. Feliz quem nessa hora puder dizer: meus dias foram bem preenchidos! Feliz aquele que aceitou as suas provas com resignação e suportou-as com coragem! Esses, macerando a alma, deixaram expelir tudo o que nela havia de amargor e fel.


Rememorando na consciência as suas tribulações, bendirão os sofrimentos que suportaram e, com a paz íntima, verão sem receio aproximar-se o momento da morte.


Digamos adeus às teorias que fazem da morte a porta do nada, ou o prelúdio de castigos intermináveis. Adeus sombrios fantasmas da Teologia, dogmas medonhos, sentenças inexoráveis, suplícios infernais! Chegou a vez da esperança e da vida eterna! Não mais há negrejantes trevas, porém, sim, luz deslumbrante que surge dos túmulos.


Já vistes a borboleta de asas multicores despir a informe crisálida, esse invólucro repugnante, no qual, como lagarta, se arrastava pelo solo? Já a vistes solta, livre, voejar ao calor do Sol, no meio do perfume das flores? Não há imagem mais fiel para o fenômeno da morte. O homem também está numa crisálida que a morte decompõe. O corpo humano, vestimenta de carne, volta ao grande monturo; o nosso despojo miserável entra no laboratório da Natureza; mas, o Espírito, depois de completar a sua obra, lança-se a uma vida mais elevada, para essa vida espiritual que sucede à vida corpórea, como o dia sucede à noite. Assim se distingue cada uma das nossas encarnações.


Firmes nesses princípios, não mais temeremos a morte. Como os gauleses, ousaremos encará-la sem terror. Não mais haverá motivo para receio, para lágrimas, cerimônias sinistras e cantos lúgubres. Os nossos funerais tornar-se-ão uma festa pela qual celebraremos a libertação da alma, sua volta à verdadeira pátria.


Texto retirado do livro “Depois da Morte” - Léon Denis

Prece


No momento de dormir



PREFÁCIO – O sono é o repouso do corpo, mas o Espírito não tem necessidade de repouso. Enquanto os sentidos estão entorpecidos, a alma se liberta em parte da matéria e goza das suas faculdades de Espírito. O sono foi dado ao homem para a reparação das forças orgânicas e para a reparação das forças morais. Enquanto o corpo recupera os elementos que perdeu pela atividade da vigília, o Espírito vai se retemperar entre os outros Espíritos; ele haure no que vê, no que ouve, e nos conselhos que lhes são dados, idéias que reencontra, ao despertar, em estado de intuição; é o retorno temporário do exilado à sua verdadeira pátria; é o prisioneiro momentaneamente libertado.


Mas ocorre, como para o prisioneiro perverso, que o Espírito nem sempre aproveita esse momento de liberdade para seu adiantamento; se ele tem maus instintos, em lugar de procurar a companhia dos bons Espíritos, procura a dos seus iguais e vai visitar os lugares onde pode dar livre curso às suas tendências.


Aquele que está compenetrado desta verdade, eleve o seu pensamento no momento em que sentir a aproximação do sono; faça apelo aos conselhos dos bons Espíritos e daqueles cuja memória lhe é cara, a fim de que venham a se reunir a ele, no curto intervalo que lhe é concedido, e ao despertar se sentirá mais forte contra o mal, mais corajoso contra a adversidade.


PRECE – Minha alma vai se encontrar por um instante com os outros Espíritos. Que aqueles que são bons venham me ajudar com seus conselhos. Meu anjo guardião, fazei com que, ao despertar, conserve deles uma impressão durável e salutar.


Fonte: livro “Coletâneas de Preces Espíritas” – Allan Kardec – Ed. IDE


NATAL DO CORAÇÃO

Abençoadas sejam as mãos que, em memória de Jesus, espalham no Natal a prata e o ouro, diminuindo a miséria e a necessidade, a fome e a nudez!...


Entretanto, se não forem iluminadas pelo amor que ajuda sempre, esses flagelos voltarão amanhã, como a erva daninha que espreita a ausência do lavrador.



Não retenhas, assim, a riqueza do coração que podes dar, tanto quanto o maior potentado da Terra!


Deixa que a manjedoura de tua alma se abra, feliz, ao Soberano Celeste, para que a luz de banhe a vida.


Com Ele, estenderás o coração onde estiveres, seja para trocar um pensamento compassivo com a palavra escura e áspera ou para adubar uma semente de esperança, onde a aflição mantém o deserto!


Com Ele, inflamarás de júbilo os olhos de algum menino triste e desamparado e uma simples criança, arrebatada hoje ao vendaval, pode amanhã ser o consolo da multidão...


Com Ele, podes oferecer a bênção da tolerância aos que trabalham contigo, transformando o altar de teu coração em altar de Deus!...


Que tesouro terrestre pagará o gesto de compreensão no caminho empedrado, o sorriso luminoso da bondade no espinheiro da sombra e a oração do carinho e do entendimento no instante da morte?


Natal no mundo é a epopéia do reconhecimento ao Senhor.


Natal no espírito é a comunhão com Ele próprio.


Ainda que te encontres em plena solidão na manjedoura do infortúnio, sai de ti mesmo e reparte com alguém o dom inefável de tua fé.


Lembra-te de que Ele, em brilhando na manjedoura, tinha consigo apenas o amor a desfazer-se em humildade, e, em agonizando na cruz, possuía apenas o coração, a desfazer-se em renúncia...


Mas, usando tão-somente o coração e o amor, sem uma pedra onde repousar a cabeça, converteu-se no Salvador do Mundo, e, embora coroado de espinhos, fez-se o Rei das Nações para sempre.


Meimei

Do livro "Antologia Mediúnica do Natal"

Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Os Anjos Segundo o Espiritismo




Que haja seres dotados de todas as qualidades atribuídas aos anjos, não restam dúvidas. A revelação espírita neste ponto confirma a crença de todos os povos, mas nos faz conhecer, ao mesmo tempo, a origem e natureza de tais seres.


As almas ou Espíritos são criados simples e ignorantes, isto é, sem conhecimentos e sem consciência do bem e do mal, porém, aptos para adquirirem tudo o que lhes falta. O trabalho é o meio de aquisição, e o fim - que é a perfeição - é para todos o mesmo.


Conseguem-no mais ou menos prontamente em virtude do livre-arbítrio e na razão direta dos seus esforços; todos têm os mesmos graus a percorrer, o mesmo trabalho a concluir. Deus não aquinhoa melhor a uns do que a outros, porquanto é justo, e, visto serem todos seus filhos, não têm predileções. Ele lhes diz: Eis a lei que deve constituir a vossa norma de conduta; só ela pode levar-vos ao fim; tudo que lhe for conforme é o bem; tudo que lhe for contrário é o mal. Tendes inteira liberdade de observar ou infringir esta lei, e assim sereis os árbitros da vossa própria sorte.


Deus, portanto, não criou o mal; todas as suas leis são para o bem, e foi o próprio homem quem criou esse mal, infringindo essas leis; se ele as observasse, escrupulosamente, jamais se desviaria do bom caminho.


Entretanto, a alma, qual criança, é inexperiente nas primeiras fases da existência, e por isso ela é falível. Não lhe dá Deus essa experiência, mas dá-lhe meios de adquiri-la. Assim, um passo em falso, no caminho do mal, é um atraso para a alma, que, sofrendo-lhe as conseqüências, aprende à sua custa o que importa evitar. Deste modo, pouco a pouco, se desenvolve, aperfeiçoa e avança na hierarquia espiritual até ao estado de Espírito puro ou anjo.


Os anjos são, pois, as almas dos homens chegados ao grau de perfeição que a criatura comporta, fruindo em sua plenitude a prometida felicidade. Antes, porém, de atingir o grau supremo, gozam de felicidade relativa ao seu adiantamento, felicidade que consiste, não na ociosidade, mas nas funções que a Deus apraz confiar-lhes, e por cujo desempenho se sentem felizes, tendo ainda nele um meio de progresso.


A Humanidade não se limita à Terra; ela habita inúmeros mundos que no Espaço circulam; já habitou aqueles que desapareceram e habitará os que se formarem. Tendo-a criado de toda a eternidade, Deus jamais cessa de criá-la. Muito antes que a Terra existisse e por mais remota que a suponhamos, outros mundos haviam, nos quais Espíritos encarnados percorreram as mesmas fases que ora percorrem os de mais recente formação, atingindo seu fim antes mesmo que houvéramos saído das mãos do Criador.


De toda a eternidade tem havido, pois, Espíritos puros ou anjos; mas, como a sua existência humana se passou num infinito passado, eis que os supomos como se tivessem sido sempre anjos de todos os tempos.


Realiza-se assim a grande lei de Unidade da Criação; Deus nunca esteve inativo e sempre teve Espíritos puros, experimentados e esclarecidos, para transmissão de suas ordens e direção do Universo, desde o governo dos mundos até os mais ínfimos detalhes. Tampouco teve Deus necessidade de criar seres privilegiados, isentos de obrigações; todos, antigos ou novos, adquiriram suas posições na luta e por mérito próprio; todos, enfim, são filhos de suas obras.


E, desse modo, completa-se com igualdade a Soberana Justiça do Criador.



Texto retirado do livro “O Céu e o Inferno - A Justiça Divina Segundo o Espiritismo” – Allan Kardec


Quer saber mais? Veja o post O que são os Espíritos?!?


Blogagem Coletiva



Amigos, hoje está acontecendo uma blogagem coletiva, proposta pelo blog “Flávia, Vivendo em Coma...” e que tem como finalidade não só divulgar a história da Flávia, que completou ontem 20 anos e há quase 10 vive em coma vigil, mas principalmente alertar a todos sobre o perigo dos acidentes com ralos de piscina, que foi o que aconteceu com ela. Para saber mais sobre a história da Flávia, bem como saber quais blogs estão participando da blogagem de hoje, acessem o blog.



Não consigo imaginar o que passa essa família, pois creio que só saiba realmente quem viva na mesma situação, mas entendo que a revolta não leva a nada, aliás, só leva a mais sofrimento. Como espírita, acredito que tudo que acontece na vida tem uma explicação, nada é por acaso. A Flávia certamente teria que passar por algo assim, pois faz parte do seu processo evolutivo, onde sem dúvida a sua mãe Odele tem um papel fundamental. É duro pensar assim, mas eu acredito nisso.



Gostaria de deixar bem claro que com isso não estou querendo dizer que a sua mãe não deva buscar a justiça, como, aliás, tenta fazer há quase nove anos, como ela mesma descreve no blog, pelo contrário, até porque ela não está pedindo nada de absurdo, apenas quer dar melhores condições de tratamento à sua filha, e todos nós temos o direito de ter uma vida digna, e as empresas nesse caso não podem fugir à responsabilidade.


O que quero dizer, apenas, é que em situações como essa somos levados mais do que nunca a mostrar a força da nossa fé, seja ela como for. Temos que acreditar que acima de tudo existe um Deus, um Pai maravilhoso, que olha por todos nós e que sabe o que cada um de nós necessita. E se às vezes Ele permite que nós passemos por situações dolorosas, difíceis, vistas muitas vezes por nós como injustas, é por que Ele sabe que isso é necessário para o nosso aprendizado e conseqüente evolução espiritual. Por isso ter paciência e resignação é muito importante. Quando nós conseguimos compreender isso a vida torna-se bem mais fácil de ser vivida, pois passamos a enxergá-la de outra maneira. E não podemos esquecer que, se a justiça aqui na Terra falha muitas vezes, a Justiça Divina não falha nunca!!! Cada um de nós colhe exatamente aquilo que plantou, não esqueçamos nunca disso! Quem acompanha este blog, inclusive, já deve ter visto inúmeras mensagens que já coloquei aqui falando sobre isso...


Bom, espero que essa família consiga cada vez mais forças para persistir nessa luta e que os benfeitores espirituais estejam sempre ao lado deles, protegendo-os e guiando-os em todos os momentos dessa vida, que tanto tem exigido deles...



Abraços a todos! E que Deus os abençoe!



Adriana


CONVITE


Dei-me conta, dia desses, que o Seu aniversário está chegando.

Não que eu tivesse anotado no calendário. Lembrei da data, por causa do tumulto das lojas.

Todo ano é assim. As pessoas ficam muito preocupadas em comprar muitos presentes e coisas novas.


O mais estranho é que eles não são para Você. São para si mesmos, para parentes, amigos, clientes, conhecidos.

Este ano, pensei em convidar Você para comemorar o Seu aniversário lá em casa.

Como sua família é a Humanidade, é possível que Você tenha muitos convites.

É possível que muitas pessoas, no mundo todo, queiram que Você esteja com elas, nesse seu dia tão especial.

Sabe, como existe a questão do fuso horário, criando diferentes horas em diversos locais do globo, creio que Você não terá muitas dificuldades.

Você poderá vir à hora que quiser. Estarei esperando. Minha casa não é muito grande. Aliás, é bem pequena. Tenho certeza que Você não se importará.

E também creio que não se importará de andar em estrada de chão, porque o bairro onde moro é dos mais distantes. Quase ao final da cidade.

Porém, como Você andou muito pelas estradas, e pelos campos, não creio que terá dificuldades em enfrentar esse pequeno trecho.

Se vier durante o dia, Você reconhecerá minha casa, pelas rosas que enfeitam a cerca. Estarão todas desabrochadas, no dia do seu Natal.

Elas costumam se debruçar, pendendo para o lado de fora, espiando a rua. Tenho certeza que nesse dia, mais do que nunca, elas estarão alongando suas hastes para vê-Lo desde longe.

E quando O virem, exalarão tal perfume que me dirá que Você está chegando.

Deixarei a luz acesa, caso Você decida vir após o cair da tarde. E a porta entreaberta.

A mesa estará posta. Tenho guardado uma toalha para ocasiões especiais. Estará cobrindo a velha mesa.

Assarei pão. Possivelmente não será tão saboroso como o de sua mãe. Entretanto, tenha certeza que farei a massa com todo o carinho.

Colherei frutas das árvores do quintal e farei um bolo. Como sei que Você aprecia convidar os que andam pelas ruas, os que andam sozinhos, para a comemoração do seu aniversário, colocarei alguns pratos extras.

Só peço que Você não convide muita gente, Jesus. Afinal, minha casa é pequena e meus recursos são poucos.

Mas, repartirei com prazer o que tiver.

Talvez Você não possa ficar muito tempo. Sei que Você é muito ocupado. Contudo, mesmo que Você parta, os seus amigos poderão ficar.

Continuaremos a conversar sobre a grandeza dos Seus feitos e a sublimidade dos Seus ensinos. Preciso muito relembrar essas questões tão esquecidas.

Se Você vier, Jesus, talvez possa esse ser o Natal da minha redenção.

É que me sinto um tanto perdido, entre as coisas do mundo. Ando esquecido de orar. Por vezes, quase esqueço que sou filho de Deus. E herdeiro do universo.

Sinto-me tão só que esqueço que posso encontrar irmãos em toda parte.

Esqueço de tantas coisas. Por isso, Jesus, a Sua presença, no Seu aniversário, será tão importante.

Desejo, sinceramente, Jesus, que Você possa vir à minha casa para encher de luz meu coração e minha vida.

Eu lhe direi feliz aniversário. Você me dará o presente de sua presença. E, então, será verdadeiramente Natal.



(Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita)

No Esforço Comum



"Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?"

Paulo. II CORINTIOS, 5 :6



Não nos esqueçamos de que nossos pensamentos, palavras, atitudes e ações constituem moldes mentais para os que nos acompanham.


Cada dia, por nossa vez, sofremos a influência alheia na construção do próprio destino.


E, como recebemos conforme atraímos, e colhemos segundo plantamos é imprescindível saibamos fornecer o melhor de nós, a fim de que os outros nos proporcionem o melhor de si mesmos.


Todos os teus pensamentos atuam nas mentes que te rodeiam.


Todas as tuas palavras gerarão impulsos nos que te ouvem.


Todas as tuas frases escritas gerarão imagens nos que te lêem.


Todos os teus atos são modelos vivos, influenciando os que te cercam.


Por mais que te procures isolar, serás sempre uma peça viva na máquina da existência.


As rodas que pousam no chão garantem o conforto e a segurança do carro.



Somos uma equipe de trabalhadores, agindo em perfeita interdependência.


Da qualidade do nosso esforço nasce o êxito ou surge o fracasso do conjunto.


Nossa vida, em qualquer setor de luta, é uma grande oficina de moldagem.


Escravizar-nos-emos ao cativeiro da sombra ou libertar-nos-emos para a glória da luz, de conformidade com os moldes vivos que as nossas diretrizes e ações estabelecem.


Lembremo-nos da retidão e da nobreza nos mais obscuros gestos.


Recordemos a lição do Evangelho.


"Um pouco de fermento leveda a massa toda."


Façamos do próprio caminho abençoado manancial de trabalho e fraternidade, auxilio e esperança, a fim de que o nosso Hoje Laborioso se converta para nós em Divino Amanhã.


Texto retirado do livro “FONTE VIVA” – Emmanuel / Chico Xavier

Necessidade da encarnação



A encarnação é uma punição, e somente os espíritos culpados é que lhe estão sujeitos?


A passagem dos espíritos pela vida corpórea é necessária, para que eles possam realizar, com a ajuda do elemento material, os propósitos cuja execução Deus lhes confiou.


É ainda necessária por eles mesmos, pois a atividade que então se vêem obrigados a desempenhar ajuda-os a desenvolver a inteligência.


Deus, sendo soberanamente justo, deve aquinhoar eqüitativamente a todos os seus filhos. É por isso que Ele concede a todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de ação. Todo privilégio seria uma preferência, e toda preferência uma injustiça.


Mas a encarnação, para todos os espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, no princípio da existência, como primeira prova do uso que farão do seu livre-arbítrio.


Os que executam essa tarefa com zelo, sobem rapidamente, e de maneira menos penosa, os primeiros degraus da iniciação, e gozam mais cedo do resultado do seu trabalho.


Os que, ao contrário, fazem mau uso da liberdade que Deus lhes concede, retardam o seu progresso. E é assim que, por sua obstinação, podem prolongar indefinidamente a necessidade de se reencarnarem. E é então que a encarnação se torna um castigo.


São Luís

Paris, 1859



Texto retirado do “Evangelho Segundo o Espiritismo” (Cap.IV -Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo)

Poema...

Olá, amigos!

Ontem foi dia de blogagem coletiva, segundo a proposta do blog “A Cor da Letra”, e seu tema foi Poesia e Internet. Acho que a Internet, como meio de comunicação, é um ótimo veículo para a divulgação de todas as formas de arte, e a poesia, desta forma, faz uma parceria perfeita com a Internet. Acho que a poesia combina com tudo, há poesia em tudo na vida. Sendo assim, a poesia combina perfeitamente com o Espiritismo também!


Inspirada por esse tema resolvi colocar aqui hoje um poema belíssimo, não de minha autoria, até porque não tenho capacidade para tanto, mas de autoria de um grande benfeitor espiritual, nosso querido Emmanuel.


Aproveito para recomendar a todos, mesmo que não sejam espíritas, o livro “Há Dois Mil Anos”, um romance surpreendente, onde vocês irão encontrar, além de uma bela e comovente história real, vivida pelo autor espiritual na época em que Jesus esteve presente fisicamente na Terra, esse poema que transcrevo agora para vocês.


Deixo aqui, com carinho a todos os amigos, o inesquecível poema de Emmanuel, de "Há Dois Mil anos"!...


Abraços a todos!


Adriana




(de Públio para Lívia)


Alma gêmea da minhalma,
Flor de luz da minha vida,
Sublime estrela caída
Das belezas da amplidão!...

Quando eu errava no mundo,
Triste e só, no meu caminho,
Chegaste, devagarinho,
E encheste-me o coração.

Vinhas na bênção dos deuses,
Na divina claridade,
Tecer-me a felicidade
Em sorrisos de esplendor!...

És meu tesouro infinito,
Juro-te eterna aliança,
Porque sou tua esperança,
Como és todo o meu amor!

Alma gêmea da minhalma,
Se eu te perder, algum dia,
Serei a escura agonia
Da saudade nos seus véus...

Se um dia me abandonares,
Luz terna dos meus amores,
Hei de esperar-te, entre as flores
Da claridade dos céus...

Emmanuel
(Do livro "Há Dois Mil Anos”, FCXavier, Ed. FEB)



Para saber mais sobre Emmanuel, visite o site do
Instituto André Luiz | Site Espírita André Luiz
www.institutoandreluiz.org

Os Demônios Segundo o Espiritismo



Segundo o Espiritismo, nem anjos nem demônios são entidades distintas, por isso que a criação de seres inteligentes é uma só. Unidos a corpos materiais, esses seres constituem a Humanidade que povoa a Terra e as outras esferas habitadas; uma vez libertos do corpo material, constituem o mundo espiritual ou dos Espíritos, que povoam os Espaços. Deus criou-os perfectíveis e deu-lhes por objetivo a perfeição, com a felicidade que dela decorre. Deus não lhes deu, contudo, a perfeição, pois quis que a obtivessem por seu próprio esforço, a fim de que também e realmente lhes pertencesse o mérito. Desde o momento da sua criação que os seres progridem, quer encarnados, quer no estado espiritual. Atingido o apogeu, tornam-se Espíritos puros ou anjos, segundo a expressão vulgar; de sorte que, desde o embrião do ser inteligente até ao anjo, há uma cadeia ininterrupta, na qual cada um dos elos assinala um grau de progresso.


Disso resulta que há Espíritos em todos os graus de adiantamento moral e intelectual, conforme a posição em que se acham, no alto, embaixo ou no meio da imensa escala do Progresso.


Em todos os graus existe, portanto, ignorância e saber, bondade e maldade. Nas classes inferiores destacam-se Espíritos ainda profundamente propensos ao mal e comprazendo-se com o mal. A estes pode-se denominar demônios, pois são capazes de todos os malefícios aos ditos atribuídos. O Espiritismo não lhes dá tal nome, pois entende que o mesmo se prende à idéia de uma criação distinta do gênero humano, com seres de natureza essencialmente perversa, votados ao mal eternamente e incapazes de qualquer progresso para o bem.


Segundo a doutrina da Igreja os demônios foram criados bons e tornaram-se maus por sua desobediência: são anjos colocados primitivamente por Deus no ápice da escala, tendo dela decaído. Segundo o Espiritismo os demônios são Espíritos imperfeitos, suscetíveis de regeneração e que, colocados na base da escala, hão de nela graduar-se.


Os que por indiferença, negligência, obstinação ou má-vontade persistem em ficar, por mais tempo, nas classes inferiores, sofrem as conseqüências dessa atitude, e o hábito do mal dificulta-lhes a regeneração. Chega-lhes, porém, um dia a fadiga dessa vida penosa e das suas respectivas conseqüências; eles comparam então a sua situação à dos bons Espíritos e compreendem que o seu interesse está no bem, procurando então melhorarem-se, mas por ato de espontânea vontade, sem que haja nisso o mínimo constrangimento. Eles estão submetidos à lei geral do progresso, em virtude da sua aptidão para progredir, mas não progridem, ainda assim, contra a vontade. Para isso Deus fornece-lhes constantemente os meios, porém, com a faculdade de aceitá-los ou recusá-los. Se o progresso fosse obrigatório não haveria mérito, e Deus quer que todos tenhamos o mérito de nossas obras. Ninguém é colocado em primeiro lugar por privilégio; mas o primeiro lugar a todos é franqueado à custa do esforço próprio. Os anjos mais elevados conquistaram a sua graduação, passando, como os demais, pela rota comum.


Chegados a certo grau de pureza, os Espíritos têm missões adequadas ao seu progresso; preenchem assim todas as funções atribuídas aos anjos de diferentes categorias.


E como Deus criou de toda a eternidade, segue-se que de toda a eternidade houve número suficiente para satisfazer às necessidades do Governo Universal. Deste modo uma só espécie de seres inteligentes, submetida à lei de progresso, satisfaz todos os fins da Criação.


Por fim, a unidade da Criação, aliada à idéia de uma origem comum, tendo todos o mesmo ponto de partida e a mesma trajetória a percorrer, elevando-se assim pelo próprio mérito, corresponde melhor à justiça de Deus do que a idéia da criação de espécies diferentes, mais ou menos favorecidas de dotes naturais, que seriam outros tantos privilégios.


A doutrina vulgar sobre a natureza dos anjos, dos demônios e das almas, não admitindo a lei do progresso, mas vendo, todavia, seres de diversos graus, concluiu assim que seriam produto de outras tantas criações especiais. E assim foi que chegou-se a fazer de Deus um pai parcial, tudo concedendo a alguns de seus filhos, e a outros impondo os mais rudes trabalhos. Não admira que por muito tempo os homens achassem justificação para tais preferências, quando eles próprios delas usavam em relação aos filhos, estabelecendo direitos de primogenitura e outros privilégios de nascimento. Podiam tais homens acreditar que andavam mais errados que Deus?


Hoje, porém, alargou-se o circulo das idéias: o homem vê mais claro e tem noções mais precisas de justiça; desejando-a para si e se nem sempre encontrando-a na Terra, ele quer pelo menos encontrá-la mais perfeita no Céu.


E aqui está por que lhe repugna à razão toda e qualquer doutrina na qual não resplenda a Justiça Divina na plenitude integral da sua pureza.



Texto retirado do livro “O Céu e o Inferno - A Justiça Divina Segundo o Espiritismo” – Allan Kardec

Um Mundo, Uma Vida...


Olá, amigos! É com muita alegria que participo de mais uma BLOGAGEM COLETIVA. A blogagem de hoje foi proposta pelo blog Fênix ad eternum e tem como tema os direitos humanos.


Este é um tema bem apropriado para hoje, pois, há exatamente 59 anos, no dia 10 de dezembro de 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou e proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos.


Selecionei uma mensagem muito significativa sobre este tema para compartilhar com vocês, na verdade eu já ia colocá-la aqui no blog, mas depois que soube da blogagem reservei para colocar aqui somente hoje, pois achei bem apropriada para o dia, espero que gostem!


Vamos aproveitar este dia para refletir sobre nosso papel perante a sociedade e o que estamos fazendo para contribuir para que este mundo seja cada vez menos injusto. Não nos esqueçamos de que somos todos irmãos, filhos do mesmo Pai, que somos todos um mundo, uma vida...





VERDADEIRA HOMENAGEM


Foi em agosto de 2003 que um caminhão estacionado nas proximidades do escritório da ONU, em Bagdá, no Iraque, explodiu.


Foi mais um ataque terrorista e causou a morte de 22 funcionários. Entre eles, estava o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, alto comissário da ONU para os direitos humanos.


Quatro anos depois, no dia 28 de junho de 2007, a Organização das Nações Unidas inaugurou, em Genebra, um busto de bronze, em homenagem ao diplomata brasileiro.


O busto, colocado em um pedestal, conta, ainda, com o nome dos outros 21 funcionários mortos, no trágico atentado.


Justa, com certeza, a homenagem, a quem se doava em prol dos direitos humanos.


Enquanto isso, a notícia de que, nos próximos dias, seria enforcado, pela Justiça iraquiana, o suposto responsável pelo ataque, chegou aos ouvidos da família de Sérgio.


A mãe emitiu um comunicado, apelando para que a sentença de morte seja revista.


Também o relator especial da ONU sobre a independência do poder judiciário, emitiu o mesmo apelo ao governo iraquiano.


Tudo poderia passar como apenas uma notícia a mais, não fosse a justificativa, entre outras, da mãe de Sérgio: “Ele sempre foi contra a pena de morte.”

Esta, com certeza, foi a melhor e mais verdadeira homenagem que o brasileiro poderia receber.


Exatamente quando, em nosso País, vozes se alteiam para invocar a instauração da pena de morte, uma mãe, em memória de seu filho, a própria vítima, pede pelo seu algoz.


Isso nos leva a cogitar o quanto essa mãe ama seu filho, pois que, mesmo após a morte dele, suplantando a dor da separação e da saudade, o respeita e procura fazer valer a sua vontade.


Ela poderia deixar tudo como está. Afinal, o Iraque é tão longe e o suposto assassino lhe é desconhecido.


Poderia pensar que ela nada tem a ver com isso. Mas, como alguém que ama em profundidade, ela faz o apelo. E recorda os anseios que nortearam a vida do seu filho.


Ele lutava por direitos humanos. E a vida é o primeiro direito a ser assegurado.


Enquanto tantos se apressam em gritar palavras de ordem no sentido de que a pena de morte vigore em nosso País, oportuna se faz a manifestação dessa mãe.


Ela sabe que nada trará seu filho de volta. Ela o guarda no coração, colorindo as lembranças com as flores da sua terna e longa saudade.


Não pensa em vingança. Tem em mente respeitar o filho amado e, possivelmente, o coração de outra mãe, esposa, filha, irmã, que muito sofrerá com a morte do seu afeto, não importando o que ele tenha feito.


Se o seu apelo será atendido ou não, somente o tempo dirá. Contudo, seu gesto já estonteou a sociedade.


Com certeza, muitas mentes repensarão as suas posições destrutivas.


Outras tantas verão com olhos diversos a delicada questão da pena de morte.


Todos, no entanto, não esquecerão a especial, justa e verdadeira homenagem de uma mãe a seu filho.


Um respeito que suplanta a dor da separação, a ausência da presença física do filho amado para se expressar em nome de ideais defendidos por quem teve sua vida ceifada, tão violentamente.


Um exemplo a ser seguido.



(Redação do Momento Espírita, com base em notícia publicada na pág. 4 (Mundo), do Jornal Gazeta do Povo, de 29.06.2007. - www.momento.com.br)