Todos os Animais Merecem o Céu


Cada vez mais pessoas têm se interessado pelo que acontece com os animais na espiritualidade. Para sabermos mais um pouco sobre o assunto, conversamos com o autor Marcel Benedeti, que possui livros publicados sobre o tema pela Mundo Maior Editora.


Marcel Benedeti é médico veterinário especializado em homeopatia veterinária. Seu primeiro livro foi justamente Todos os Animais Merecem o Céu. Também é médium, mas esta obra especificamente não foi psicografada, mas sim resultado de uma extensa pesquisa. Além disso, Benedeti disse que foi convidado por sua mentora para ‘visitar’ o mundo espiritual, onde obteve informações que, para o plano terrestre, são inéditas, a respeito do que acontece com os animais do outro lado da vida e a interação com os seres humanos. Durante todo o processo de elaboração da obra, Marcel foi acompanhado pelo Espírito Francesco Vita que, por meio de psicografia, também assina a apresentação da obra.


A seqüência da obra veio com o livro Todos os Animais São Nossos Irmãos, também publicado pela Mundo Maior. Apresenta em detalhes o que acontece com os animais na espiritualidade; mostra a dor e o sofrimento dos animais de laboratório, do ponto de vista espiritual, assim como a existência de colônias espirituais nas quais as energias dos encarnados são elementos importantes para a recuperação dos animais enfermos.


Por Mário Suriani. Em 26/08/2005. Do site FEAL.



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Por que todos os animais merecem o céu?


Os animais são a representação da simplicidade e pureza da criação Divina. Neles, não há corrupção, maldade, pensamentos premeditados que visem ao prejuízo por prejuízo de seu próximo. Jesus disse aos apóstolos que deixasse vir a Ele as crianças e que se fizessem também como elas, que eram puras de coração, pois era delas o Reino do céu. Os animais são como crianças: são puros de coração e por isso merecem o céu.


Os animais existentes no plano espiritual – como os cães de Nosso Lar – evoluem dali para encarnações em escala mais elevadas, ou voltam a Terra como cães mesmo?


Assim como ocorre conosco, os animais evoluem muito mais no plano físico, pois as experiências neste plano não podem ser comparadas com o que ocorre no plano espiritual, no qual ocorrem os sofrimentos que poderiam servir de meio de evolução, mas são sofrimentos morais. Este aprendizado seria mais adequado aos seres humanos e não aos animais, que necessitam mais de experiências físicas como encarnados. Por isso os animais necessitam muito da experiência física em outra espécie, exceto se estivessem em fases intermediárias entre duas espécies, isto é, se estiverem estagiando no plano espiritual como espíritos da floresta (esta fase evolutiva se dá no plano espiritual).


Você acredita que alguma espécie animal poderá algum dia superar o ser humano e dominar o planeta Terra?


Não. Isso não é possível, apesar de alguns cientistas considerarem os golfinhos e baleias como sendo mais inteligentes que os seres humanos. O estágio de humanidade é superior ao estágio de animalidade. Necessariamente, os animais precisam passar pela fase humana para se tornarem superiores ao que são. Kardec perguntou sobre animais em mundos superiores e o Espírito de Verdade respondeu que, nos mundos superiores, os animais continuam a ser submissos aos seres humanos e são como servidores inteligentes.


Do ponto de vista espiritual, quais os animais mais evoluídos?


Sem querer respondi no tópico anterior que os golfinhos e baleias são considerados mais inteligentes que os seres humanos por possuírem cérebro maiores, com maior número de neurônios e maior rapidez nas sinapses. Possuem três vezes mais neurônios, que respondem dezesseis vezes mais rápido que os nossos. Os elefantes também são muito inteligentes, assim como os bovinos, os eqüinos, os cães, os macacos antropóides (gorilas e chimpanzés).


Há alguma diferença em termos de evolução entre pássaros e aves, peixes e mamíferos, também no aspecto espiritual?


São fases evolutivas pelas quais passam todos os animais. A evolução começa em fases bem primitivas, passando por outras mais avançadas e, entre essas citadas, as mais primitivas são os peixes, depois as aves e, por último os mamíferos. Por terem passado por essas fases anteriores, os mamíferos são mais experientes e, por conseqüência, mais evoluídos do que as aves; e estas têm mais experiência do que os peixes. Estes últimos são os mais experientes do que todos os outros seres inferiores na escala animal.


O que você pensa a respeito da alimentação à base de carne? Você faz uso?


Deixei de me alimentar de carne já faz alguns anos, e me pego pensando como demorei para me dar conta do que fazia. Só deixei de me alimentar com carne (de que nunca fui muito admirador) quando parei para pensar o que era aquilo que eu levava à minha boca. Quando parei para pensar, foi imediato o meu repudio. Não consigo nem pensar em me alimentar de partes de outro animal. Acredito, baseado em minha experiência, que muitas pessoas ainda não deixaram de comer carne porque simplesmente não pararam para pensar no que estão fazendo.


O que você pensa da eutanásia aplicada nos animais?


Acredito que a eutanásia, como meio de aliviar o sofrimento que não se pode conseguir aliviar com os métodos terapêuticos convencionais, não seja errada, desde que seja feita de modo brando, através de uma prévia anestesia. Os sacrifícios de animais por quaisquer outros motivos são atitudes condenáveis e, certamente, responderemos e sofreremos por isso futuramente.


Há suicídio no mundo animal? Como se explica e quais as consequências?


Esse é um assunto extenso e demoraria um espaço de tempo muito grande. Ocorrem sim suicídios entre os animais em alguns casos, mas as conseqüências para eles não são as mesmas para os seres humanos. Não há um umbral para os animais que se suicidam, eles não criam uma atmosfera de energia que os atraia aos abismos do mundo espiritual. Em vez disso, são tratados com todo respeito por entidades espirituais preocupadas com sua evolução. O livro Todos os Animais São Nossos Irmãos explica em detalhes esses processos.


Uma das cenas mais cruéis que observamos contra os animais são aquelas em que matam touros aos poucos e sob aplausos da multidão. Isso demonstra que os países envolvidos nessas práticas são menos evoluídos?


Dizer que esse ou aquele país é mais ou menos evoluídos em função de um ou outro aspecto é temeroso, porque cada pessoa de cada país é um indivíduo, e acredito que não são todas as pessoas que se divertem com espetáculos como esses. Mas o fato de algumas se divertirem com o espetáculo de sangue não demonstra evolução moral ou espiritual de quem quer que seja. Estas não devem estar mais evoluídas do que estavam os antigos romanos, que se divertiam ao verem pessoas morrendo nas arenas.


Apesar de estar havendo uma maior preocupação com os animais, você não acha que há casos em que as pessoas se preocupam mais com os animais do que com os seres humanos?


Em tudo devemos nos vigiar quanto aos desequilíbrios. O fato de nos preocuparmos com a saúde e bem-estar dos animais é uma conseqüência de nossa evolução, mas não podemos nos esquecer de nossa própria espécie - não podemos nos esquecer de que também somos animais. É demonstração de evolução nos preocuparmos com os animais, mas também como nossa espécie, com a mesma vontade. Desprezar os animais não é legal, mas desprezar os elementos de nossa própria espécie em função dos animais também não é algo que nos indicaria desenvolvimento espiritual. Tornar-se misantropo não é indicativo de evolução, nem moral nem espiritual.


Você não acha que é um exagero o fato de já existir salão de beleza e produtos de estética para animais?


O convívio com os seres humanos é um aprendizado importante para os animais que estão próximos de nós, mas acho que sim. É um exagero tratá-los como humanos. Isso os confunde e faz com que percam sua identidade. Devemos tratá-los com carinho, mas sem exageros que possam prejudicá-los mais do que ajudá-los a evoluir. Eles devem conhecer o amor e o carinho, mas não deveriam ser confundidos com excessos que não lhes acrescentam nada em termos evolutivos.



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Ajudar os Filhos




Ajuda o teu filho, enquanto é tempo.



A existência na Terra é a vinha de Jesus, em que nascemos e renascemos.



Quantos olvidam seus filhos, a pretexto de auxílio ao próximo, e acabam por fardos pesados a toda gente!


Quantos se dizem portadores da caridade para o mundo e relegam o lar ao desespero e ao abandono?!



Não convertas o companheirinho inexperiente em ornamento inútil, na galeria da vaidade, nem lhe armes um cárcere no egoísmo, arrebatando-o à realidade, dentro da qual deve marchar em companhia de todos.



Dá-lhe, sempre que possível, a bênção dos recursos acadêmicos; mas, antes disso, abre-lhe os tesouros da alma, para que não se iluda com as fantasias da inteligência quando procura agir sem Deus.



Ensina-lhe a lição do trabalho, preparando-o simultaneamente na arte de ser útil, a fim de que não se transforme em alimária inconsciente.



Os pais são os ourives da beleza interior.



O buril do exemplo e a lâmpada sublime da bondade são os instrumentos de tua obra.



Não imponhas à formação juvenil os ídolos do dinheiro e da força.



A bolsa farta na alma vazia de educação é roteiro seguro para a morte dos valores espirituais. O poder, sem amor, gera fantoches que a verdade destrói no momento preciso.



Garante a infância e a juventude para a vida honrada e pacífica.



Que seria do celeiro se o lavrador não preservasse a semente?



Quem despreza o grelo frágil é indigno do fruto.



Faze de teu filho o melhor amigo, se desejas um continuador para os teus ideais.



Que será de ti se, depois de tua passagem pela vida física, não houver um cântico singelo de agradecimento endereçado ao teu espírito, por parte daqueles aos quais deves amor?



Que recolherás na seara da vida, se não plantares o carinho e o respeito, a harmonia e a solidariedade, nem mesmo no canteiro doméstico?



Não reproves a esmo.



A tua segurança de hoje lança raízes na tolerância de teu pai e na doçura das mãos enrugadas e ternas da tua mãe.



Esqueça a cartilha da violência.



Que seria de ti sem a paciência de algum velho amigo ou de algum mestre esquecido, que te ensinaram a caminhar?



O destino é um campo restituindo invariavelmente o que recebe.



Ama teu filho e faze dele o teu confidente e companheiro.



E, quanto puderes com o teu entendimento e com o teu coração, auxilia-o, cada dia, para que não te falte a visão consoladora da noite estrelada na hora do teu repouso e para que te glorifiques, em plena luz, no instante luminoso do despertar.





Emmanuel

Livro ‘Plantão da Paz’ - Francisco Cândido Xavier



Programação Espiritual



Antes de renascer na carne, cada Espírito elabora uma programação a cumprir.


Orientado por amorosos e sábios Guias, ele se decide por determinadas vivências.


Esse plano é habitualmente precedido de uma incursão pela memória do candidato à reencarnação.


Salvo o caso de almas muito valorosas, a recordação é algo restrita, a fim de não desequilibrar o Espírito.


É que uma parte muito considerável dos Espíritos cometeu incontáveis equívocos antes de optar pelo bem.


A misericórdia Divina costuma lançar um véu sobre o passado, para permitir o soerguimento do ser.


Mas chega uma hora em que ele já entesourou bastante compreensão da vida e se habituou a perdoar.


Quando a alma se ocupa de amar e esquece de condenar é que pode recordar mais amplamente o que viveu.


A compaixão que aplica naturalmente ao semelhante a credencia a conhecer seu histórico e a perdoar-se também.


Enquanto o amor não domina o ser, este segue tateando em sua evolução.


Mas sempre conta com o apoio de amigos mais evoluídos, que o auxiliam a planejar as futuras vivências.


O livre-arbítrio é costumeiramente respeitado e ninguém se obriga a viver o que não deseja.


O Espírito, por sua conta e risco, pode protelar por um tempo o próprio reajustamento com as leis cósmicas.


Entretanto, não há paz e bem-estar sem consciência tranqüila.


Mais cedo ou mais tarde, ele resolve se dignificar perante os próprios olhos.


O espetáculo da felicidade dos bons Espíritos é um estímulo tentador para quem segue na retaguarda.


Entre permanecer desequilibrado e trabalhar pela própria felicidade, o trabalho parece altamente desejável.


Certa exceção quanto à liberdade na escolha das provas e expiações ocorre no caso de Espíritos muito endurecidos.


Se a liberdade integra a Lei Divina, o mesmo ocorre com o progresso.


Todos os Espíritos devem evoluir para Deus.


Quando conscientes, participam ativamente das decisões sobre o que precisam viver.


É até comum que peçam provas demasiado rudes, no afã de progredir rapidamente.


Então, os amigos espirituais buscam convencê-los a serem mais modestos em sua pretensão.


É melhor avançar mais lentamente do que falir em um projeto grandioso.


Contudo, quando o Espírito é renitente no mal ou um contumaz preguiçoso, pode ser conduzido a uma existência que não deseja.


Seres que enlouqueceram em vivências cruéis ou que perderam o discernimento em rebeldias contra as Leis Divinas são momentaneamente tutelados em seu refazimento.


O ser é tão mais livre quanto mais consciente de seus deveres.


Não ocorreria a nenhum pai deixar a criança decidir se vai ou não para a escola.


Como nenhum pai sensato obrigaria o filho a cursar uma faculdade que detesta.


Em tudo, deve vigorar equilíbrio e respeito a quem tem maturidade para autodeterminar-se.


Assim, com base em liberdade, responsabilidade e conhecimento do passado, são programadas as existências terrenas.


Não se trata de um roteiro minucioso ou de um destino inexorável.


Alguns eventos marcantes são programados, mas a conduta a ser adotada é de inteira responsabilidade do reencarnante.


Este é livre para comportar-se dignamente ou para rebelar-se e fugir ao dever que se apresenta em sua vida.


O relevante é que ninguém é vítima indefesa de forças caprichosas ou arbitrárias.


Em tudo se tem a Justiça Cósmica, que aproveita erros e acertos humanos para conduzir os Espíritos à felicidade.


Pense nisso.



Redação do Momento Espírita. Em 14.08.2008.

Bezerra de Menezes, o Filme



Estréia essa semana, sexta-feira, dia 29 de Agosto de 2008, nos cinemas do Brasil, um filme que conta a vida de um ícone do Espiritismo brasileiro: Bezerra de Menezes.


Uma realização da Estação da Luz e parceiros, o filme apresenta-nos Adolfo Bezerra de Menezes, um homem que teve sua trajetória marcada pelo amor e pela caridade.


Trata-se de um exemplo de um ser humano que fez da sua vida, em todos os sentidos, um meio de servir ao próximo e à sua pátria, seja como o político devotado às causas humanitárias, como o médico dedicado, conhecido por jamais negar socorro a quem batesse à sua porta, ou ainda como adepto do Espiritismo e um dos responsáveis pela fundação da Federação Espírita Brasileira.


Ainda hoje podemos contar com a presença constante desse iluminado Espírito que, do plano espiritual, nos orienta e auxilia com suas mensagens confortadoras e o incessante trabalho voltado para o bem.


Para saber mais sobre Bezerra de Menezes, CLIQUE AQUI.


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O médico verdadeiro não tem o direito de acabar a refeição, de escolher a hora, de inquirir se é longe ou perto. O que não atende por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mau o caminho ou tempo, ficar longe, ou no morro; o que, sobretudo, pede um carro a quem não tem como pagar a receita, ou diz a quem chora à porta que procure outro – esse não é médico, é negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros os gastos da formatura. Esse é um desgraçado, que manda, para outro, o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu espírito, a única que jamais se perderá nos vaivens da vida. Bezerra de Menezes




Assista ao trailer do filme!

A Beneficência


(Clique na imagem para ampliar)



A beneficência é bem compreendida, quando se limita ao círculo de pessoas da mesma opinião, da mesma crença ou do mesmo partido?


Não, pois é sobretudo o espírito de seita e de partido que deve ser abolido, porque todos os homens são irmãos. O verdadeiro cristão vê irmãos em todos os seus semelhantes e, para socorrer o necessitado, não procura saber a sua crença, a sua opinião, seja qual for. Seguiria ele o preceito de Jesus Cristo, que manda amar até mesmo os inimigos, se repelisse um infeliz, por ter crença diferente da sua? Que o socorra, pois, sem lhe interpelar a consciência, mesmo porque, se for um inimigo da religião, será esse o meio de fazer que ele a ame. Repelindo-o, só faria que a odiasse.


SÃO LUÍS

Paris, 1860



Que pensar das pessoas que, sofrendo ingratidão por benefícios prestados, não querem mais fazer o bem, com medo de encontrar ingratos?


Essas pessoas têm mais egoísmo do que caridade, porque fazer o bem somente para receber provas de reconhecimento, é deixar de lado o desinteresse, e o único bem agradável a Deus é o desinteressado. São ainda orgulhosas, porque se comprazem na humildade do beneficiado, que deve rojar-se aos seus pés para agradecer-lhes. Aquele que busca na Terra a recompensa do bem que faz, não a receberá no céu, mas Deus a reservará para o que assim não procede.


É necessário ajudar sempre aos fracos, mesmo sabendo-se de antemão que os beneficiados não agradecerão. Sabeis que, se aquele a quem ajudais esquecer o benefício, Deus o considerará mais do que se fôsseis recompensados pela sua gratidão. Deus permite que às vezes sejais pagos com a ingratidão, para provar a vossa perseverança em fazer o bem.


Como sabeis, aliás, se esse benefício, momentaneamente esquecido, não produzirá mais tarde os seus frutos? Ficai certos, pelo contrário, de que é uma semente que germinará com o tempo. Infelizmente, não vedes nunca além do presente; trabalhais para vós, não tendo em vista os semelhantes.


A benemerência acaba por abrandar os corações mais endurecidos; pode ficar esquecida aqui na Terra, mas quando o Espírito se livrar do corpo, ele se lembrará, e essa lembrança será o seu próprio castigo. Então, ele lamentará a sua ingratidão, desejará reparar a sua falta, pagar a sua dívida noutra existência, aceitando mesmo, freqüentemente, uma vida de devotamento ao seu benfeitor. É assim que, sem o suspeitardes, tereis contribuído para o seu progresso moral, e reconhecereis então toda a verdade desta máxima: ‘um benefício jamais se perde’. Mas tereis também trabalhado para vós, pois tereis o mérito de haver feito o bem com desinteresse, sem vos deixar abater pelas decepções.


Ah!, meus amigos, se conhecêsseis todos os laços que, na vida presente, vos ligam às existências anteriores! Se pudésseis abarcar a multiplicidade das relações que aproximam os seres uns dos outros, para o seu mútuo progresso, admiraríeis muito melhor a sabedoria e a bondade do Criador, que vos permite reviver para chegardes a ele!



GUIA PROTETOR

Sens, 1862



Retirado do “Evangelho Segundo o Espiritismo” – Cap. XIII


Oração do Perdão



Pai, quando eu for chamado para junto de Ti, quero partir com o coração aliviado de qualquer sentimento menor que possa reter-me ao vale de lágrimas onde me encontro hoje.


Ah, Meu Deus, que nada do que já vivi e ainda vivo seja obstáculo à minha felicidade amanhã!...


Quando eu me for, quero alçar vôo como fazem as aves que planam livres por sobre as misérias humanas, e que não pousam no chão senão para buscar o alimento que as mantém fortes nas alturas!...


Quando meus olhos se cerrarem à ilusão da carne, é de minha vontade que eu me distancie do mundo com a leveza das almas experimentadas na forja das provas árduas, sem que o peso dos sentimentos menores impeça meu anseio de libertação!


Desejo, Pai, libertar-me, sendo fiel à Tua lei de amor e de perdão!


Eu compreendo que a Terra é a escola onde Tu nos prepara para a angelitude!...


Eu compreendo que o sofrimento é a lição que nos faz avançar para a glória ou estacionar na senda de novas e mais dolorosas provas!...


Eu compreendo que tudo é seleção: os laços, a estrada, os acontecimentos...


De minha atitudes colherei bem ou mal; com minhas decisões talharei o que serei amanhã.


Alegrias infinitas ou sofrimentos sem conta nascem unicamente de meus atos, a revelia do que os outros me fazem ou deixam de fazer...


Por isso, Pai, conduz meu pensamento de tal sorte que, quando chegar minha hora, nada do que vivi possa retardar-me o passo ou prender-me outra vez ao sombrio grilhão da dor.


De todos os momentos experimentados, que eu carregue comigo apenas aqueles que me proporcionaram coisas úteis e felizes.


Que os infortúnios e mágoas do passado não sejam mais peso em meu coração, a impedir a realização dos mais ardentes anseios de felicidade e sublimação!...


As lágrimas que me fizeram verter - eu perdôo.
As dores e as decepções - eu perdôo.
As traições e mentiras - eu perdôo.
As calúnias e as intrigas - eu perdôo.
O ódio e a perseguição - eu perdôo.
Os golpes que me feriram - eu perdôo.
Os sonhos destruídos - eu perdôo.
As esperanças mortas - eu perdôo.
O desamor e a antipatia - eu perdôo.
A indiferença e a má vontade - eu perdôo.
A desconsideração dos amados - eu perdôo.
A cólera e os maus tratos - eu perdôo.
A negligência e o esquecimento - eu perdôo.
O mundo, com todo o seu mal - eu perdôo.


A partir de hoje proponho-me a perdoar porque a felicidade real é aquela que nasce do esquecimento de todas as faltas!...


No lugar da mágoa e do ressentimento, coloco a compreensão e o entendimento; no lugar da revolta, coloco a fé na Tua Sabedoria e Justiça; no lugar da dor, coloco o esquecimento de mim mesmo; no lugar do pranto coloco a certeza do riso e da esperança porvindoura; no lugar do desejo de vingança, coloco a imagem do Cordeiro imolado e o mais sublime dos perdões...


Só assim, Pai, se um dia eu tiver que retornar à carne, poderei me levantar forte e determinado sobre os meus pés e não obstante todos os sofrimentos que experimentar, serei naturalmente capaz de amar acima de todo desamor, de doar mesmo que despossuído de tudo, de fazer feliz aos que me rodearem, de honrar qualquer tarefa que me concederes, de trabalhar alegremente mesmo que em meio a todos impedimentos, de estender a mão ainda que em mais completa solidão e abandono, de secar lágrimas ainda que aos prantos, de acreditar mesmo que desacreditado, e de transformar tudo em volta pela força de minha vontade, porque só o perdão rasga os véus sombrios do ressentimento e da revolta, frutos infelizes do egoísmo e do orgulho, libertando meu coração no rumo do bem e da paz, do amor verdadeiro e da felicidade eterna!


Assim seja!



(Psicografia Instituto André Luiz, 08.03.2003)


Sofrimento e Eutanásia




Quando te encontres diante de alguém que a morte parece nimbar de sombra, recorda que a vida prossegue, além da grande renovação...


Não te creias autorizado a desferir o golpe supremo naqueles que a agonia emudece, a pretexto de consolação e de amor, porque, muita vez, por trás dos olhos baços e das mãos desfalecentes que parecem deitar o último adeus, apenas repontam avisos e advertências para que o erro seja sustado ou para que a senda se reajuste amanhã.


Ante o catre da enfermidade mais insidiosa e mais dura, brilha o socorro da Infinita Bondade facilitando, a quem deve, a conquista da quitação.


Por isso mesmo, nas próprias moléstias reconhecidamente obscuras para a diagnose terrestre, fulgem lições cujo termo é preciso esperar, a fim de que o homem lhes não perca a essência divina.


E tal acontece, porque o corpo carnal, ainda mesmo o mais mutilado e disforme, em todas as circunstâncias, é o sublime instrumento em que a alma é chamada a acender a flama de evolução.


É por esse motivo que no mundo encontramos, a cada passo, trajes físicos em figurino moral diverso.


Corpos — santuários...
Corpos — oficinas...
Corpos — bênçãos...
Corpos — esconderijos...
Corpos — flagelos...
Corpos — ambulâncias...
Corpos — cárceres...
Corpos — expiações...


Em todos eles, contudo, palpita a concessão do Senhor, induzindo-nos ao pagamento de velhas dívidas que a Eterna Justiça ainda não apagou.


Não desrespeites, assim, quem se imobiliza na cruz horizontal da doença prolongada e difícil, administrando-lhe o veneno da morte suave, porquanto, provavelmente, conhecerás também mais tarde o proveitoso decúbito indispensável à grande meditação.


E usando bondade para os que atravessam semelhantes experiências, para que te não falte a bondade alheia no dia de tua experiência maior, lembra-te de que, valorizando a existência na Terra, o próprio Cristo arrancou Lázaro às trevas do sepulcro, para que o amigo dileto conseguisse dispor de mais tempo para completar o tempo necessário à própria sublimação.





Emmanuel

(Reunião pública de 3/4/59, Questão nº 944, Religião dos Espíritos, Francisco Cândido Xavier)



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“A vida não cessa. A vida é fonte eterna e a morte é o jogo escuro das ilusões”.

André Luiz – Nosso Lar – Chico Xavier

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Amas o Bastante?



“Perguntou-lhe a terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me?” (JOÃO, 21:17.)



Aos aprendizes menos avisados é estranhável que Jesus houvesse indagado dos apóstolo, por três vezes, quanto à segurança de seu amor. O próprio Simão Pedro, ouvindo a interrogação repetida, entristecera-se, supondo que o Mestre suspeitasse de seus sentimentos mais íntimos.


Contudo, o ensinamento é mais profundo.


Naquele instante, confiava-lhe Jesus o ministério da cooperação nos serviços redentores. O pescador de Cafarnaum ia contribuir na elevação de seus tutelados do mundo, ia apostolizar, alcançando valores novos para a vida eterna.


Muito significativa, portanto, a pergunta do Senhor nesse particular.


Jesus não pede informação ao discípulo, com respeito aos raciocínios que lhe eram peculiares, não deseja inteirar-se dos conhecimentos do colaborador, relativamente a Ele, não reclama compromisso formal. Pretende saber apenas se Pedro o ama, deixando perceber que, com o amor, as demais dificuldades se resolvem. Se o discípulo possui suficiente provisão dessa essência divina, a tarefa mais dura converte-se em apostolado de bênçãos promissoras.


É imperioso, desse modo, reconhecer que as tuas conquistas intelectuais valem muito, que tuas indagações são louváveis, mas em verdade somente serás efetivo e eficiente cooperador do Cristo se tiveres amor.



Emmanuel
(Do livro “Caminho, Verdade e Vida”, Francisco Cândido Xavier)

Há um herói em você...



Amigos, visitando o blog do Luiz Felipe, o Mensagens Cristãs, encontrei um vídeo muito bonito, com a tradução da música ‘Hero’, de Mariah Carey, que hoje faço questão de trazer pra cá. Assistam, prestem atenção na letra, pois nos traz uma bela mensagem. Bom para refletir nesse final de semana! Espero que gostem! Abraços a todos! Muita paz!



Hero – Mariah Carey (Vídeo de Wilian Clemente)




Herói



Existe um herói
Se você olhar dentro de seu coração
Não precisa ter medo do que você é
Existe uma resposta
Se você procurar dentro de sua alma
E a tristeza que você conhece
Irá desaparecer


E então um Herói surgirá
Com a força para prosseguir
E você deixará seus medos de lado
E sabe que pode sobreviver.
E quando sentir que sua esperança se foi
Olhe dentro de si e seja forte
E finalmente verá a verdade
Que existe um Herói em você


É um longo caminho
Quando você encara o mundo sozinho
Ninguém estende uma mão para você segurar
Você pode encontrar o amor
Se procurá-lo dentro de si mesmo
E o vazio que sente
Irá desaparecer


E então um Herói surgirá
Com a força para prosseguir
E você deixará seus medos de lado
E sabe que pode sobreviver.
Então quando sentir que sua esperança se foi
Olhe dentro de si e seja forte
E finalmente verá a verdade
Que existe um Herói em você


Deus sabe
Que é difícil ir atrás dos sonhos
Mas não deixe ninguém destruí-los
Se mantenha firme
Haverá um amanhã
No tempo certo você achará o caminho


E então um Herói surgirá
Com a força para prosseguir
E você deixará seus medos de lado
E sabe que pode sobreviver
Então quando sentir que sua esperança se foi
Olhe dentro de si e seja forte
E finalmente verá a verdade
Que existe um Herói em você


Que existe um herói em você...



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“Brilhe a vossa luz...” - Jesus

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Uma Séria Advertência...




Repeli impiedosamente todos esses Espíritos que se querem fazer conselheiros exclusivos, pregando a divisão e o isolamento. São quase sempre Espíritos vaidosos e medíocres, que procuram impor-se aos homens fracos e crédulos, prodigalizando louvores exagerados a fim de fasciná-los e mantê-los sob o seu domínio.

São geralmente Espíritos famintos de poder. Tiranos políticos ou particulares quando vivos, querem ainda tiranizar outras vítimas após a morte. Desconfiai em geral das comunicações que revelam um caráter místico e estranho ou que prescrevem cerimônias e práticas bizarras. Há sempre, nesses casos, legítimo motivo de suspeita.


De outro lado, lembrai-vos de que quando uma verdade deve ser revelada à humanidade ela é comunicada, por assim dizer, instantaneamente, a todos os grupos que possuem médiuns sérios, e não a estes ou àqueles em particular, com exclusão dos demais.


Ninguém pode ser médium perfeito se estiver obsedado e a obsessão é evidente quando um médium só recebe comunicações de determinado Espírito, por mais alto que este procure se colocar a si mesmo.


Em conseqüência, todo médium, todo grupo que se acreditam privilegiados por comunicações que só eles podem receber, e que, por outro lado, estão submetidos a práticas de natureza supersticiosa, encontra-se inegavelmente sob uma obsessão bem caracterizada, sobretudo quando o Espírito dominador se vangloria de um nome que todos, Espíritos e encarnados, devem honrar e respeitar e não deixar que o profanem a qualquer propósito.


É incontestável que, submetendo ao crivo da razão e da lógica todas as informações e comunicações dos Espíritos, será fácil repelir o absurdo e o erro.


Um médium pode estar fascinado, um grupo enganado, mas o controle severo de outros grupos, o conhecimento adquirido e a alta autoridade moral dos dirigentes, junto às comunicações dos principais médiuns que recebem, com lógica e autenticidade reconhecidas, de Espíritos esclarecidos, farão rapidamente justiça a esses ditados mentirosos e astuciosos, provenientes de uma turba de Espíritos mentirosos e malévolos.


ERASTO (discípulo de São Paulo)



ObservaçãoUm dos caracteres distintivos desses Espíritos que querem impor-se, fazendo aceitar suas idéias bizarras e sistemáticas; é a pretensão, como se fossem eles os únicos a saberem, a ter razão contra todo mundo. Sua tática é a de evitar a discussão. Quando se vêem combatidos de maneira vitoriosa pelos argumentos irresistíveis da lógica, recusam-se desdenhosamente a responder e determinam aos seus médiuns que se afastem dos Centros onde suas idéias não são aceitas. Esse isolamento é o que há de mais fatal para os médiuns, porque sofrem sem defesa o jugo desses Espíritos obsessores, que os levam como cegos, freqüentemente, pelos caminhos mais perigosos.



Texto retirado do ‘Livro dos Médiuns’ – Allan Kardec

Cap. 31 (Dissertações Espíritas)


As virtudes que pensamos ter



A vida na Terra é valiosa oportunidade de aprendizado. Retorna o Espírito para a vida física, vestindo nova roupagem carnal, trazendo no bojo da reencarnação os propósitos de crescimento interior. E, pensando em evolução, não podemos olvidar a necessidade do esforço íntimo. Assim, imperioso se torna que deitemos reflexões sobre os assuntos que nos cercam, sempre atentos na busca de reconhecer os pontos falhos que ainda insistem em empanar o brilho do progresso que lutamos por fazer.


Em realidade, começamos a despertar para os reais valores da vida, mas ainda temos imensas dificuldades em retê-los no âmago.


Quando afirmamos, diante de determinada situação, que perdemos a paciência, na verdade significa dizer que ainda não temos a paciência que acreditávamos possuir, pois quem a adquiriu, jamais a perde.


Quando concluímos que a nossa calma acabou, é sinal inequívoco de que nunca fomos calmos, apenas trazíamos uma máscara que não resistiu aos golpes que sofreu; então, evidenciamos o que realmente somos.


Quando dizemos que o amor que sentíamos por certa criatura deixou de existir, na verdade estamos informando que, com relação a ela, mantínhamos somente laços de atração, nada mais. O amor verdadeiro não acaba.


Quando observamos que a solidariedade que cultivávamos perdeu a intensidade, podemos entender, sem medo de errar, que não éramos autênticos na solidariedade, pois quem assim o é, não retroage.


Quando percebemos que estamos cansados de fazer a caridade, sem dúvida nenhuma podemos concluir que nunca fomos totalmente caridosos, apenas ensaiávamos pequenos gestos de bondade que se enfraqueceram por falta de determinação e objetivo sério.


Quando reconhecemos o desânimo, com relação à destinação de nossas horas de folga, na realização de trabalhos assistenciais em favor de criaturas em sofrimento, iniciados com arrojo, devemos entender que não éramos desprendidos como acreditávamos ser.


Quando identificamos a ausência do desejo de prosseguirmos no serviço de edificação de uma sociedade mais justa e humana, ao registrarmos os escândalos sociais que eclodem em todos os quadrantes da nação, é porque, no âmago, nunca tivemos a convicção absoluta dos nossos deveres dentro da sociedade.


As virtudes que definitivamente adquirimos, jamais deixamos de possuir. Assim, não perdemos paciência, fraternidade, amor, caridade, tolerância, idealismo, determinação, coragem e outras tantas conquistas nobres e sublimes, quando realmente as detemos.


Então, concluindo que não as temos mais ou que elas perderam a intensidade, melhor será entender que não as tínhamos, carecendo, portanto, de sérias e acuradas reflexões, para direcionar caminhos em busca de obtê-las, com urgência e de forma total e absoluta. Então, incorporar-se-ão ao nosso quadro evolutivo e seguirão conosco para a eternidade.


Reflitamos maduramente, pois muitas virtudes que pensávamos ter, em realidade não temos. Assim, oportuno será observar a advertência do Espírito Emmanuel quando afirma que “só pela renovação íntima alcançaremos a perfeição”.





Waldenir Cuin

(Publicado no Livro “Mensagens de Esperança e Paz”, Editora EME)


Diversidades dos Mundos



Acostumados, como estamos, a julgar das coisas pela nossa insignificante e pobre habitação, imaginamos que a Natureza não pode ou não teve de agir sobre os outros mundos, senão segundo as regras que lhe conhecemos na Terra. Ora, precisamente neste ponto é que importa reformemos a nossa maneira de ver.


Não vejais, pois, em torno de cada um dos sóis do espaço, apenas sistemas planetários semelhantes ao vosso sistema planetário; não vejais, nesses planetas desconhecidos, apenas os três reinos que se estadeiam ao vosso derredor. Pensai, ao contrário, que, assim como nenhum rosto de homem se assemelha a outro rosto em todo o gênero humano, também uma portentosa diversidade, inimaginável, se acha espalhada pelas moradas eternas que vogam no seio dos espaços.


Ora, sabendo-se que a Terra nada é, ou quase nada, no sistema solar; que este nada é, ou quase nada, na Via-Láctea; esta por sua vez, nada, ou quase nada, na universalidade das nebulosas e essa própria universalidade bem pouca coisa dentro do imensurável infinito, começa-se a compreender o que é o globo terrestre.


Ainda uma vez; compreendamos melhor a Natureza. Saibamos que atrás de nós, como à nossa frente, está a eternidade, que o espaço é teatro de inimaginável sucessão e simultaneidade de criações. Tais nebulosas, que mal percebemos nos mais longínquos pontos do céu, são aglomerados de sóis em vias de formação; tais outras são vias-lácteas de mundos habitados; outras, finalmente, sedes de catástrofes e de deperecimento.


Saibamos que, assim como estamos colocados no meio de uma infinidade de mundos, também estamos no meio de uma dupla infinidade de durações, anteriores e ulteriores; que a criação universal não se acha restrita a nós, que não nos é lícito aplicar essa expressão à formação isolada do nosso pequenino globo.




Allan Kardec – “A Gênese” (Capítulo VI - Uranografia Geral)


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Assista a uma entrevista em que o físico, conferencista espírita e médium Raul Teixeira fala sobre a vida extraterrestre:


TVCEI – Canal 3 / FEB – Programa Terceira Revelação (Ano 2006 - Programa 32)



CLIQUE AQUI e selecione o programa mencionado acima!


Como é Deus?



Deus não possui forma, no sentido estrito da palavra, que significa “os limites exteriores da matéria de que é constituído um corpo, e que conferem a este um feitio, uma configuração, um aspecto particular” (Dicionário Aurélio do Século XXI).


Neste sentido, Allan Kardec, em excelente dissertação sobre a Natureza Divina, ressalta que Deus é imaterial, ou seja, sua natureza difere de tudo o que conhecemos por matéria, pois de outro modo estaria sujeito às suas transformações. E acrescenta: “dizemos: a mão de Deus, o olho de Deus, a boca de Deus, porque o homem, nada mais conhecendo além de si mesmo, toma a si próprio por termo de comparação para tudo o que não compreende. São ridículas essas imagens em que Deus é representado pela figura de um ancião de longas barbas e envolto num manto. Têm o inconveniente de rebaixar o Ente supremo até as mesquinhas proporções da Humanidade” (item 12 - Capítulo II de 'A Gênese' - grifo nosso).


Tal entendimento está consoante com os princípios expressos pelos Espíritos Superiores da Codificação, que, de forma clara e racional, no corpo doutrinário do Espiritismo, revelam-nos o Mundo Espiritual e a magnitude das Leis Divinas. Nesta fonte sublime de conhecimentos, informam que o Universo é composto por dois elementos - matéria e espírito - e que, acima deles, o Criador – Deus. Dos dois elementos constitutivos do Universo criado, compete à Ciência lançar luzes sobre o princípio material. Ao Espiritismo, cabe esclarecer sobre a natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal. Quanto ao Criador, “não é dado ao homem sondar a natureza íntima de Deus. Para compreendê-lo, ainda nos falta o sentido próprio, que só se adquire por meio da completa depuração do Espírito” (item 8 - Capítulo II de 'A Gênese').


E Kardec, ciente das limitações que possuímos para compreender o Criador em sua essência e atento às orientações dos Benfeitores Espirituais, explora filosoficamente a idéia de Deus. O faz sem definir Deus, mas conduzindo-nos a uma compreensão de seus atributos, utilizando-se do raciocínio e da lógica e considerando nosso atual estágio de conhecimento. Isso porque há coisas que “estão acima da inteligência do homem mais inteligente, as quais a vossa linguagem, restrita às vossas idéias e sensações, não tem meios de exprimir” (questão 13 de 'O Livro dos Espíritos').


Deste exercício, com base na proposta de que Deus deve se achar isento de qualquer vicissitude e de qualquer das imperfeições que a imaginação possa conceber”, Allan Kardec nos brinda com uma das mais inspiradas excursões nos atributos divinos, que ora reproduzimos conforme consta nos comentário da questão 13 de 'O Livro dos Espíritos':


“Deus é eterno. Se tivesse tido princípio, teria saído do nada, ou, então, também teria sido criado, por um ser anterior. É assim que, de degrau em degrau, remontamos ao infinito e à eternidade.


É imutável. Se estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o Universo nenhuma estabilidade teriam.


É imaterial. Quer isto dizer que a sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria. De outro modo, ele não seria imutável, porque estaria sujeito às transformações da matéria.


É único. Se muitos Deuses houvesse, não haveria unidade de vistas, nem unidade de poder na ordenação do Universo.


É onipotente. Ele o é, porque é único. Se não dispusesse do soberano poder, algo haveria mais poderoso ou tão poderoso quanto ele, que então não teria feito todas as coisas. As que não houvesse feito seriam obras de outro Deus.


É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela, assim nas mais pequeninas coisas, como nas maiores, e essa sabedoria não permite se duvide nem da justiça nem da bondade de Deus.”


A compreensão dos atributos de Deus nos permite fazer uma idéia melhor da Divindade, uma vez que não O vemos mais como algo circunscrito e limitado. Infelizmente, para a maioria das pessoas, Deus ainda é visto como um “soberano poderoso, sentado num trono inacessível e perdido na imensidade dos céus” (item 21 - Capítulo II de 'A Gênese').


Deus está em toda parte. Se não o percebemos, é porque estamos ainda envoltos em nossas imperfeições, obscurecidos pela matéria. “Sendo Deus a essência divina por excelência, unicamente os Espíritos que atingiram o mais alto grau de desmaterialização o podem perceber. (...) O que há é que as imperfeições daqueles Espíritos são vapores que os impedem de vê-lo. Quando o nevoeiro se dissipar, vê-lo-ão resplandecer” (item 34 - Capítulo II de 'A Gênese').


Portanto, se desejamos sentir a presença do Criador, compete a cada um de nós empreender os esforços necessários para nossa depuração espiritual, despojando-nos das imperfeições e ampliando nossa percepção de Deus. Deste modo, estaremos prontos para receber os eflúvios de Seu pensamento e, a exemplo do Mestre Jesus, conhecer Sua Vontade Soberana. Antes disso, “somos quais cegos de nascença a quem procurassem inutilmente fazer compreendessem o brilho do Sol” (item 37 - Capítulo II de 'A Gênese').



Fonte: Site OSGEFIC


Histórias do Chico...




Em seu livro “Mediunidade”, Divaldo Franco conta que Chico Xavier, além da tradicional sopa distribuída na casa espírita de que participava, tinha o hábito de realizar visitas a famílias necessitadas, sem horário definido e fazendo-o, por vezes, mesmo à noite.


O médium, ainda em Pedro Leopoldo, costumava visitar pessoas que ficavam embaixo de uma velha ponte, numa estrada abandonada. Iam ele, sua irmã Luiza e mais duas ou três pessoas muito pobres de sua comunidade. E, na medida que eles aumentavam a freqüência de visitas, os necessitados foram se avolumando, e mal conseguiam alimentos suficientes para o grupo. Afinal, as doações eram custeadas com seus próprios salários.


O esposo de Luíza, que era fiscal da prefeitura, recolhia na xepa das feiras-livres legumes e outros alimentos, e que eram doados para distribuir anonimamente, nos sábados, à noite, aos necessitados da ponte.


Um dia, porém, o pequeno grupo não tinha absolutamente nada. Decidiu-se, então, não irem, pois aquela gente estava com fome e nada teriam para oferecer. E eles próprios estavam vivendo com extremas dificuldades.


Foi quando apareceu-lhe o espírito do Dr. Bezerra de Menezes, que sugeriu colocassem algumas garrafas com água, que seria magnetizada para ser distribuída, havendo, ao menos, alguma coisa para dar.


Feito isto, o líquido teria adquirido um suave perfume, e então o Chico tomou as moringas e, com suas amigas, após a reunião convencional do sábado, dirigiram-se à ponte.


Quando lá chegaram encontraram umas 200 pessoas, entre crianças, adultos, enfermos em geral, pessoas com graves problemas espirituais, necessitados.


“Lá vem o Chico”, gritou alguém, enquanto o médium, constrangido e angustiado, pretendeu explicar a ocorrência.


Levantou-se e falou: “Meus irmãos, hoje nós não temos nada”, e narrou a dificuldade. As pessoas ficaram logo ofendidas, tomando atitudes de desrespeito e ele começou a chorar. Neste momento, uma das assistidas levantou-se e disse: “Alto lá! Este homem e estas mulheres vêm sempre aqui nos ajudar e hoje, que eles não têm nada para nos dar, vamos nós dar-lhes alguma coisa. Vamos dar-lhes a nossa alegria, vamos cantar, vamos agradecer”!


Neste momento, apareceu um caminhão carregado e o motorista procurava por Chico Xavier. Quando ele atendeu, o motorista perguntou se ele se lembrava de um certo Dr. Fulano de Tal? Chico recordava-se de um senhor de boa posição financeira, morador de São Paulo, que um ano antes estivera em Pedro Leopoldo e lhe contara o drama de vivia.


Seu filho falecera e o desespero atormentava o casal. Durante a reunião, o jovem veio trazido pelo Dr. Bezerra de Menezes e escreveu uma consoladora mensagem. Ambos ficaram muito gratos e garantiram que haveriam de retribuir a ajuda.


Foi quando o motorista lhe narrou: “Estou trazendo este caminhão de alimentos mandado pelo Dr. Fulano de Tal, que me deu o endereço do Centro onde deveria entregar a carga, mas tive um problema na estrada e atrasei; quando cheguei, estava tudo fechado”.


“Olhei para os lados - prosseguiu o motorista - e apareceu-me um senhor de idade com barbas brancas, e perguntou o que eu desejava. Disse que estava procurando Chico Xavier e ele me falou que, debaixo de uma ponte caída, estaria seu grupo. Este homem insistiu, ainda, para que dissesse ao Sr. que foi ele quem o orientou”.


“E qual o seu nome?”, perguntou o médium.


“Bezerra de Menezes”, respondeu o motorista.


Suas amigas ficaram espantadas, mas Chico limitou-se a dizer: “É um velho amigo”...


Retirado do blog Partida e Chegada