Um Mundo, Uma Vida...


Olá, amigos! É com muita alegria que participo de mais uma BLOGAGEM COLETIVA. A blogagem de hoje foi proposta pelo blog Fênix ad eternum e tem como tema os direitos humanos.


Este é um tema bem apropriado para hoje, pois, há exatamente 59 anos, no dia 10 de dezembro de 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou e proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos.


Selecionei uma mensagem muito significativa sobre este tema para compartilhar com vocês, na verdade eu já ia colocá-la aqui no blog, mas depois que soube da blogagem reservei para colocar aqui somente hoje, pois achei bem apropriada para o dia, espero que gostem!


Vamos aproveitar este dia para refletir sobre nosso papel perante a sociedade e o que estamos fazendo para contribuir para que este mundo seja cada vez menos injusto. Não nos esqueçamos de que somos todos irmãos, filhos do mesmo Pai, que somos todos um mundo, uma vida...





VERDADEIRA HOMENAGEM


Foi em agosto de 2003 que um caminhão estacionado nas proximidades do escritório da ONU, em Bagdá, no Iraque, explodiu.


Foi mais um ataque terrorista e causou a morte de 22 funcionários. Entre eles, estava o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, alto comissário da ONU para os direitos humanos.


Quatro anos depois, no dia 28 de junho de 2007, a Organização das Nações Unidas inaugurou, em Genebra, um busto de bronze, em homenagem ao diplomata brasileiro.


O busto, colocado em um pedestal, conta, ainda, com o nome dos outros 21 funcionários mortos, no trágico atentado.


Justa, com certeza, a homenagem, a quem se doava em prol dos direitos humanos.


Enquanto isso, a notícia de que, nos próximos dias, seria enforcado, pela Justiça iraquiana, o suposto responsável pelo ataque, chegou aos ouvidos da família de Sérgio.


A mãe emitiu um comunicado, apelando para que a sentença de morte seja revista.


Também o relator especial da ONU sobre a independência do poder judiciário, emitiu o mesmo apelo ao governo iraquiano.


Tudo poderia passar como apenas uma notícia a mais, não fosse a justificativa, entre outras, da mãe de Sérgio: “Ele sempre foi contra a pena de morte.”

Esta, com certeza, foi a melhor e mais verdadeira homenagem que o brasileiro poderia receber.


Exatamente quando, em nosso País, vozes se alteiam para invocar a instauração da pena de morte, uma mãe, em memória de seu filho, a própria vítima, pede pelo seu algoz.


Isso nos leva a cogitar o quanto essa mãe ama seu filho, pois que, mesmo após a morte dele, suplantando a dor da separação e da saudade, o respeita e procura fazer valer a sua vontade.


Ela poderia deixar tudo como está. Afinal, o Iraque é tão longe e o suposto assassino lhe é desconhecido.


Poderia pensar que ela nada tem a ver com isso. Mas, como alguém que ama em profundidade, ela faz o apelo. E recorda os anseios que nortearam a vida do seu filho.


Ele lutava por direitos humanos. E a vida é o primeiro direito a ser assegurado.


Enquanto tantos se apressam em gritar palavras de ordem no sentido de que a pena de morte vigore em nosso País, oportuna se faz a manifestação dessa mãe.


Ela sabe que nada trará seu filho de volta. Ela o guarda no coração, colorindo as lembranças com as flores da sua terna e longa saudade.


Não pensa em vingança. Tem em mente respeitar o filho amado e, possivelmente, o coração de outra mãe, esposa, filha, irmã, que muito sofrerá com a morte do seu afeto, não importando o que ele tenha feito.


Se o seu apelo será atendido ou não, somente o tempo dirá. Contudo, seu gesto já estonteou a sociedade.


Com certeza, muitas mentes repensarão as suas posições destrutivas.


Outras tantas verão com olhos diversos a delicada questão da pena de morte.


Todos, no entanto, não esquecerão a especial, justa e verdadeira homenagem de uma mãe a seu filho.


Um respeito que suplanta a dor da separação, a ausência da presença física do filho amado para se expressar em nome de ideais defendidos por quem teve sua vida ceifada, tão violentamente.


Um exemplo a ser seguido.



(Redação do Momento Espírita, com base em notícia publicada na pág. 4 (Mundo), do Jornal Gazeta do Povo, de 29.06.2007. - www.momento.com.br)