Bezerra e Chico nas telas do cinema brasileiro




Desde Ghost, O sexto sentido e Reencarnação, espectadores do mundo todo puderam ver e conhecer temas reconhecidamente espíritas nas telas dos cinemas. Bons ou ruins, tais filmes ajudaram a dar cidadania a certos assuntos. No Brasil, o país mais espírita do mundo, chegou a hora de ver transpostas para as telas de cinema não apenas as temáticas espíritas, mas a própria Doutrina Espírita, retratada na vida exemplar de personagens de sua história, ou em livros de seu vasto catálogo.


No final do ano estréia “Bezerra de Menezes, o médico dos pobres”, dirigido por Glauber Filho e Joe Pimentel. O ator Carlos Vereza “incorpora” essa importante e venerável figura do Espiritismo no Brasil, que nasceu em 1831 no Ceará e desencarnou em 1900, no Rio de Janeiro. Bezerra teve uma atuação essencial para a organização do movimento espírita nascente. Porém, é nos inúmeros casos de ajuda e solidariedade que se reconhece a impressionante superioridade desse espírito missionário. O filme teve sua pré-estréia durante a 5ª Mostra de Cinema Transcendental, em Fortaleza.


Mais dois filmes poderão ser aguardados pelos espíritas e simpatizantes de todo o Brasil. O primeiro será “As vidas de Chico Xavier”, filme baseado na biografia escrita por Marcel Souto Maior, que vendeu mais de 250 mil exemplares da trilogia que escreveu sobre o médium. Marcel participa do projeto como consultor. A estréia do filme está previsto para fevereiro de 2008. A direção está a cargo de Cláudio Torres, que teve seu trabalho muito elogiado no filme “Redentor”.


O terceiro filme com “roteiro espírita” também está sendo idealizado por Glauber Paiva Filho, que escolheu retratar o livro “Entre a Terra e o Céu”, de autoria do espírito André Luiz, psicografado por Chico Xavier.


“Entre a Terra e o Céu” é o oitavo livro da série André Luiz, o repórter do mundo espiritual que veio demonstrar como é a vida nos mundos invísíveis. Seu primeiro relato, “Nosso Lar”, é um dos livros espíritas mais lidos, mas foi tratado – e ainda é, por vários – como ficção. Mas André Luiz, que muitos espíritas insistem em descobrir sua identidade em nomes famosos da história brasileira, é um ser comum que redescobriu o mundo espiritual e compartilhou seu aprendizado conosco em seus 16 livros. Neste oitavo livro, o passado de um grupo de pessoas é revelado para que se possa entender porque elas se encontram juntas hoje, e quais suas tarefas para o futuro. A história que Glauber Filho vai retratar é, na verdade, a história de cada um de nós, que temos no passado a determinação do nosso presente, e no agora a origem do nosso futuro.


Aguardemos, portanto, que entre os registros da sétima arte, tão utilizada para a retratação de sentimentos e situações negativas, apareça a nobre mensagem das verdades espirituais.



DA REDAÇÃO

PALAVRA ESPÍRITA > OUTUBRO DE 2007 > CINEMA