Filhos, lutai contra os pensamentos infelizes que vos criam hábitos perniciosos.
A viciação mental escraviza o espírito nas ações em que encontra comparsas, visíveis e invisíveis, para que se consumam.
Todo hábito é adquirido. Não acrediteis na força determinante da hereditariedade, como ser capaz de transferir para o corpo o que é responsabilidade da alma.
Não vos acostumeis ao mal, para que o mal não se acostume a vos utilizar como instrumentos de sua propagação no mundo.
O espírito vive na órbita de seus próprios pensamentos e respira na atmosfera de seus anseios mais íntimos.
Que a vossa vida oculta seja como a vida que viveis para que os homens vos vejam.
Não acalenteis ideias enfermiças, porquanto toda ideia ardentemente acalentada tende a concretizar-se.
A dificuldade de se viver com retidão está no fato de não se procurar preencher os espaços vazios da alma com objetivos enobrecedores.
Quem se habitua à escuridão da caverna sente-se enceguecido com a luz que brilha lá fora...
Que a disciplina espiritual, oriunda do cumprimento do dever, vos possibilite a subjugação do corpo.
Os prazeres efêmeros a que aspirais, quando passam, deixam sequelas de longa duração nos mecanismos da alma.
Quantas vezes o remorso, agindo do inconsciente, aniquila o veículo que possibilitou ao espírito os terríveis equívocos cometidos?
Enfermidades de etiologia obscura, tumorações malignas, súbitas alterações cardiovasculares, disfunções de certos órgãos vitais ou queda da resistência imunológica, oportunizando o aparecimento de graves infecções, podem ser desencadeadas por um processo de autofagia moral, em que o ser pretende libertar-se da vestimenta física em que se corrompe, esquecido de que a causa de todos os seus males e aflições reside em sua própria essência.
Filhos, fora do corpo, o espírito prossegue vivendo de acordo com as suas inclinações e tendências. A morte em si não transforma ninguém. Se desejais mudança substancial adotai Jesus como o Único Modelo de vossas vidas!
Por: Bezerra de Menezes
Livro: A Coragem da Fé
Psicografia: Carlos Bacelli