Carta de Ano Bom



Entre um ano que se vai

E outro que se inicia,

Há sempre nova esperança,

Promessas de Novo Dia...



Considera, meu amigo,

Nesse pequeno intervalo,

Todo o tempo que perdeste

Sem saber aproveitá-lo.



Se o ano que se passou

Foi de amargura sombria,

Nosso Pai Nunca está pobre

Do pão de luz da alegria.



Pensa que o céu não esquece

A mais ínfima criatura,

E espera resignado

O teu quinhão de ventura.



Considera, sobretudo

Que precisas, doravante,

Encher de luz todo o tempo

Da bênção de cada instante.



Sê na oficina do mundo

O mais perfeito aprendiz,

Pois somente no trabalho

Teu ano será feliz.



Não esperes recompensas

Dos bens da vida terrestre,

Mas, volve toda a esperança

A paz do Divino Mestre.



Nas lutas, nunca te esqueça

Deste conceito profundo:

O reino da luz de Cristo

Não reside neste mundo.



Não olhes faltas alheias,

Não julgues o teu irmão,

Vive apenas no trabalho

De tua renovação.



Quem se esforça de verdade

Sabe a prática do bem,

Conhece os próprios deveres

Sem censurar a ninguém.



Ano Novo!... Pede ao Céu

Que te proteja o trabalho,

Que te conceda na fé

O mais sublime agasalho.



Ano Bom!... Deus te abençoe

No esforço que te conduz

Das sombras tristes da Terra

Para as bênçãos de Jesus.





Ditada pelo Espírito Casimiro Cunha.

Médium: Francisco Cândido Xavier

Retirado do site Grupo Espírita Renascer

Paz por Dentro



Aceita a fatalidade do progresso.


Trabalha e segue adiante.


Medita na necessidade dos outros.


Procura colocar-te no lugar do próximo, exercitando compreensão.


Não guarde ressentimentos.


Auxilia para o bem geral quanto se te faça possível.


Atende às próprias obrigações.


Não tentes felicidade fora da consciência tranquila.


Observa que não estás sem motivo em teu grupo familiar.


Honra os encargos que abraçaste.


Ama sem o cativeiro das afeições possessivas.


Agradece o carinho que recebes sem exigi-lo.


Estuda e melhora-te para ser mais útil.


Não intentes transformar a ninguém pela força.


Ampara sem reclamar retribuição.


Atravessa as dificuldades com paciência.


Não zombes dos sentimentos alheios.


Não peças para que outrem caminhe com teus passos.


Habitua-te à simplicidade e à disciplina.


Suporta com calma aquilo que não possas modificar.


Usa o descanso apenas como pausa para mais trabalho.


Não te queixes.


Não percas tempo com atividades inúteis.


Conserva, quanto possível, os contatos com a natureza.


Abençoa todos os companheiros, sem lamentar os que se afastem de ti.


Não te voltes para trás.


Evita o pessimismo.


Recorda sempre que a esperança é uma luz eterna.


Não te envaideças com vantagens que são empréstimos de Deus.


Considera por vitória o desempenho dos próprios compromissos.


Cultiva equilíbrio e serenidade.


Foge a qualquer forma de violência.


Aceita a realidade de que possuis unicamente aquilo que constróis por amor.


Entrega-te a Deus, na oração, cada dia.


Desse modo, terás contigo a paz por dentro e assim pacificarás.



Emmanuel

(Do livro “Buscas e Acharás”, FCXavier, edição IDEAL)


O melhor para fazer


Se você não consegue evitar a irritação, use o silêncio.


Se não aprova o socorro material aos necessitados, não apague a chama da beneficência no coração daqueles que a praticam.


Se ainda não sente facilidade para esquecer as faltas alheias, não considere por subserviência a atitude louvável dos irmãos que olvidam o mal, a qualquer instante, em louvor do bem.


Se não acredita no valor do diálogo construtivo, em favor dos irmãos ignorantes e infelizes, não menospreza o esforço daqueles que cultivam buscando a libertação dos companheiros ensombrados em desequilíbrio.


Se não admite o amparo das entidades humildes, na supressão das dificuldades de espírito e das desarmonias do corpo, enquanto estamos na Terra, não menoscabe o apoio de semelhantes auxiliares que se guiam pelas bênçãos da Natureza.


Se não dispõe de recurso apara a cordialidade com todos, não impeça que outros a exemplifiquem, na prática da fraternidade.


Se não suporta o clima de intercâmbio com os amigos encarnados ou desencarnados, ainda presos, de certo modo, às trevas de espírito, não subestime o trabalho de quantos se dedicam a reconfortá-los e esclarecê-los.


Se não podes abraçar os portadores de opiniões e crenças diversas das suas, não julgue por irresponsabilidade a tarefa respeitável de quantos se aplicam à solidariedade para aproveitamento no bem de todos os obreiros da fé que nos partilhem a convivência e o caminho.


Se não sabe unir os irmãos de experiência na sustentação das boas obras, não tenha por bajulação o comportamento daqueles que colaboram na harmonia e no entrosamento de todos os corações para o bem.


É natural pense cada um como possa e ninguém deve promover a violência na Obra de Deus, mas, em qualquer tempo e situação, estejamos certos de que muito coopera e auxilia sempre quem trabalha e não atrapalha.



André Luiz

In: “Endereços da Paz” - Francisco Cândido Xavier


Orando no Natal



Senhor!


Enquanto vibram as emoções festivas e muitos homens se banqueteiam, evocando aquele Natal que Te trouxe à Terra, recolhemo-nos em silêncio para orar.


Há tanta dor no mundo, Senhor!


Os canhões calam os seus troares, momentaneamente, as bombas destruidoras cessam de cair por alguns instantes, nos países em guerra, enquanto nós oramos pelos que mercantilizam vidas, fomentando conflitos e beligerâncias outras;


pelos que escorcham as populações esfaimadas sob leis impiedosas e escravizantes;


pelos que se comprazem, como se fossem abutres em forma humana, com a renda nefanda das casas do comércio carnal;


pelos que exploram os vícios e acumulam usuras com o fruto da alucinação dos obsidiados ignorantes da própria enfermidade;


pelos que malsinam moçoilas e rapagotes inexperientes, deslumbrados com o fastígio mentiroso da ilusão;


pelos que difundem a literatura perversa e favorecem a divulgação da criminalidade;


pelos que fazem enlouquecer, através dos processos escusos, decorrentes da cultura que perverte mentes e corações;


pelos que se locupletam com as moedas adquiridas mediante o infanticídio hediondo;


pelos que dormem para a dignidade e sorriem nos pesadelos do torpor moral, que os invadem!


Senhor!


Diante das crianças tristonhas e dos velhinhos estropiados, dos enfermos ao abandono e dos atormentados à margem da sociedade, lembramo-nos de rogar por todos eles, mas não nos esquecemos de Te suplicar pelos causadores da miséria e do infortúnio.


"Não sabem o que fazem!" - perdoa-os, Senhor!


Neste Natal, evocando o momento em que as Altas Esferas seguiram contigo à Terra, até o singelo recinto de animais, para o Teu mergulho na névoa dos homens, esparze, novamente, misericórdia e esperança para todos, a fim de que o Ano Novo seja, para sofredores e responsáveis pelo sofrimento, a antemanhã da Era do Espírito Imortal, de que Te fizeste paradigma após o martírio da Cruz.



Joanna de Ângelis

In: 'Celeiro de Bênçãos' - Divaldo Pereira Franco


Anúncio Divino



Pois na cidade de David, nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. (Lucas: 2-11)


A palavra do Anjo aos pastores continua vibrando sobre o mundo, embora as sombras densas que envolvem as atividades dos homens.


Como aconteceu, há dois mil anos, a Espiritualidade anuncia que nasceu o Salvador.


Onde se encontram os que desejam a luminosa notícia?


Nas cidades e nos campos, há multidões atormentadas, corações inquietos, almas indecisas.


Muita gente pergunta pela Justiça do Céu.


Longas fileiras de criaturas procuram os templos da fé, incapazes, porém, de ouvir o anúncio Divino.

A família cristã, em grande parte, experimenta a incerteza dos mais fracos.


Muitos discípulos cuidam somente de política, outros apenas de intelectualismo ou de expressões sectárias.


Entretanto, sem que o Cristo haja nascido na “terra do coração”, a política pode perverter, a filosofia pode arruinar, a seita é suscetível de destruir pelo veneno da separatividade.


A paisagem humana sempre exibiu os quadros escuros do ódio e da desolação.


No longo caminho evolutivo, como sempre, há doentes, criminosos, ignorantes, desalentados, esperando a Divina Influência do Mestre.


Muitos já ouviram ou pregaram as mensagens do Evangelho, mas, não desocuparam o coração para que Jesus os visite.


Não renunciaram às cargas pesadas de que são portadores e, cedo ou tarde, dão a prova de que, nos serviços da fé, não passaram de ouvintes ou transmissores.


No íntimo, não obstante a condição de necessitados, guardam, ciosamente, o material primitivista do “homem velho”.


Esquecem-se de que Jesus é o amigo renovador, o Mestre que transforma.


Os séculos transcorrem. As exigências de cada homem sucedem-se no caminho terrestre.


E a Espiritualidade continua convidando as criaturas para as esferas mais altas.


Bendito, assim, todo aquele que puder ouvir a voz do anjo que ainda se dirige aos simples de coração, sentindo entre as lutas terrestres, que o Cristo nasceu hoje no país de sua alma.


Emmanuel
(In: 'Mentores e Seareiros' - Francisco Cândido Xavier)


Louvor do Natal



Senhor Jesus!


Quando vieste ao mundo, numerosos conquistadores haviam passado, cimentando reinos de pedra com sangue e lágrimas.


Na retaguarda dos carros de ouro e púrpura com que lhes fulgia as vitórias, alastravam-se, como rastros da morte, a degradação e a pilhagem, a maldição do solo envilecido e o choro das vítimas indefesas.


Levantaram-se, poderosos, em palácios fortificados e faziam leis de baraço e cutelo, para serem, logo após, esquecidos no rol dos carrascos da Humanidade.


Entretanto, Senhor, nasceste nas palhas e permaneceste lembrado para sempre.


Ninguém sabe até hoje quais tenham sido os tratadores de animais que te ofertaram esburacada manta, por leito simples, e ignora-se quem foi o benfeitor que te arrancou ao desconforto da estrebaria para o clima do lar.


Cresceste sem nada pedir que não fosse o culto à verdadeira fraternidade.


Escolheste vilarejos anônimos para a moldura de tua palavra sublime... Buscaste para companheiros de tua obra homens rudes, cujas mãos calejadas não lhes favoreciam os vôos do pensamento. E conversaste com a multidão, sem propaganda condicionada.


No entanto, ninguém conhece o nome das crianças que te pousaram nos joelhos amigos, nem das mãos fatigadas a quem te dirigiste na via pública!


A História, que homenageava Júlio César, discutia Horácio, enaltecia Tibério, comentava Virgílio e admirava Mecenas, não te quis conhecer em pessoa, ao lado de tua revelação, mas o povo te guardou a presença divina e as personagens de tua epopéia chamam-se “o cego Bartimeu”, “o homem de mão mirrada”, “o servo do centurião”, “o mancebo rico”, a “mulher Cananéia”, “o gago de Decápolis”, “a sogra de Pedro”, “Lázaro, o irmão de Marta e Maria”.


Ainda assim, Senhor, sem finanças e sem cobertura política, sem assessores e sem armas, venceste os séculos e estás diante de nós, tão vivo hoje quanto ontem, chamando-nos o espírito ao amor e à humildade que exemplificaste, para que surjam, na Terra, sem dissensão e sem violência, o trabalho e a riqueza, a tranquilidade e a alegria, com bênção de todos.


É por isso que, emocionados, recordando-te a manjedoura, repetimos em prece:


- Salve, Cristo! Os que aspiram a conquistar desde agora, em si mesmos, a luz de teu reino e a força de tua paz, te glorificam e te saúdam!...



Emmanuel
(Do livro “Antologia Mediúnica do Natal” - Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos)

O livre arbítrio e a lei de causa e efeito



Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém.” Paulo (I Cor., 6:12)





Ao semear o que o nosso arbítrio escolheu, precisamos estar conscientes de que determinamos, simultaneamente, qual será a colheita. Logo, o determinismo compulsório de hoje é o corolário da livre escolha de ontem, da mesma forma que as nossas opções hodiernas estarão desenhando, inexoravelmente, o nosso destino amanhã...


As Leis Divinas prescrevem que a cada erro corresponde uma cobrança, a cada desvio um reajuste, a cada pecado uma dor... Esse mecanismo da Lei que será acionado pelos nossos equívocos e continuará sendo ativado enquanto esses persistirem, é um dispositivo universal, natural, irrevogável, retificador, flexível, mas inexorável.


Em verdade a Lei pode adiar a cobrança, mas não deixará jamais de ser cumprida nas penitenciárias da dor, sob a pedagogia do sofrimento para rebeldes renitentes – ou no campo do amor ao próximo, para os humildes que se arrependeram e marcham sob os camartelos das provas adredemente escolhidas.


Isso quer dizer que não será forçosamente necessário que alguém seja assassinado porque, no passado, cometeu assassinato. Não é preciso que alguém cometa contra ele crime semelhante ao seu para que o antigo criminoso se liberte do seu erro, o que seria incongruente, isto é, o resgate do crime pela prática de outro. Não apenas pode ele sofrer um acidente, aparentemente fortuito, como pode ele, devotando-se ao próximo, cuidar de que outros não cometam desatinos ou sejam aliviados de dores físicas e morais. O resgate também se faz na dinâmica do amor.


Por conseguinte, tudo nos é permitido, mas, antes da ação equivocada, um segundo de pausa para pensar nos prós e contras, pesando bem, na balança do discernimento, a carga que pesará em nossos ombros em toneladas de angústia e remorsos por séculos infindáveis e tenebrosos...


Há, pois, um quadro esboçado com as cores do determinismo e embora não as possamos ignorar ou modificá-las ao nosso arbítrio, continuaremos com direito de escolha sobre a maneira de resolver certos aspectos particulares.


Conseguindo superar nossas deficiências e resgatando, resignados, o acervo de débitos que ainda temos e não nos comprometendo com novos e graves equívocos, não teremos de futuro o que ressarcir.



Publicado no Jornal ‘O Espírita Mineiro’
(Edição de Julho/Agosto de 2008 - Ano 100 - Número 304)


Retirado do site OSGEFIC


Os Infortúnios Ocultos



Nas grandes calamidades, a caridade se agita e vêem-se generosos impulsos para reparar os desastres. Mas, ao lado desses desastres gerais, há milhares de desastres particulares, que passam desapercebidos, de pessoas que jazem num miserável catre, sem se queixarem. São esses os infortúnios discretos e ocultos que a verdadeira generosidade sabe descobrir, sem esperar que venham pedir assistência.


Quem é aquela senhora de ar distinto, de trajes simples mas bem cuidados, seguida de uma jovem que também se veste modestamente? Entra numa casa de aspecto miserável, onde sem dúvida é conhecida, pois à porta é saudada com respeito. Para onde vai? Sobe até a água-furtada: lá vive uma mãe de família, rodeada pelos filhos pequenos. À sua chegada, a alegria brilha naqueles rostos emagrecidos. É que ela vem acalmar todas as suas dores. Traz o necessário, acompanhado de suaves e consoladoras palavras, que fazem aceitar a ajuda sem constrangimentos, pois esses infortunados não são profissionais da mendicância. O pai se encontra no hospital e, durante esse tempo, à mãe não pode suprir as necessidades.


Graças a ela, essas pobres crianças não sofrerão nem frio nem fome; irão à escola suficientemente agasalhados e, no seio da mãe, não faltará o leite para os menorzinhos. Se uma entre elas adoece, não lhe repugnará prestar-lhe os cuidados materiais. Dali seguirá para o hospital, levar ao pai algum consolo e tranqüilizá-lo quanto à sorte da família. Na esquina, uma carruagem a espera, verdadeiro depósito de tudo o que vai levar aos protegidos, que visita sucessivamente. Não lhes pergunta pela crença nem pelas opiniões, porque, para ela, todos os homens são irmãos e filhos de Deus. Finda a visita, ela diz a si mesma: Comecei bem o meu dia. Qual é o seu nome? Onde mora? Ninguém o sabe. Para os infelizes, tem um nome que não revela a ninguém, mas é o anjo da consolação. E, à noite, um concerto de bênçãos se eleva por ela ao Criador: católicos, judeus, protestantes, todos a bendizem.


Por que se veste tão simplesmente? Para não ferir a miséria com o seu luxo. Por que se faz acompanhar da filha adolescente? Para lhe ensinar como se deve praticar a beneficência. A filha também quer fazer a caridade, mas a mãe lhe diz: “Que podes dar, minha filha, se nada tens de teu? Se te entrego alguma coisa para dares aos outros, que mérito terás? Serei eu, na verdade, quem farei a caridade, e tu quem terás o mérito? Isso não é justo. Quando formos visitar os doentes, ajudar-me-ás a cuidar deles, pois dar-lhes cuidados é dar alguma coisa. Isso não te parece suficiente? Nada mais simples: aprende a fazer costuras úteis, e assim confeccionarás roupinhas para essas crianças, podendo dar-lhes alguma coisa de ti mesma”. É assim que esta mãe verdadeiramente cristã vai formando sua filha na prática das virtudes ensinadas pelo Cristo. É espírita? Que importa?


Para o meio em que vive, é a mulher do mundo, pois sua posição o exige; mas ignoram o que ela faz, mesmo porque não lhe interessa outra aprovação que a de Deus e da sua própria consciência. Um dia, porém, uma circunstância imprevista leva à sua casa uma de suas protegidas, para lhe oferecer trabalhos manuais. “Psiu! — diz-lhe ela. Não contes a ninguém!” Assim falava Jesus.




Texto retirado do 'Evangelho Segundo o Espiritismo' (Cap. 13)

Imagem: 'A Caridade' – Zeferino da Costa – 1872


Natal é...



Natal é muito mais que enfeites, presentes, festas, luzes e comemorações...


Natal quer dizer nascimento, vida, crescimento...


E o Natal de Jesus tem um significado muito especial para o Mundo.


Geralmente não se comemora o nascimento de alguém que morreu há mais de dois milênios, a menos que esse nascimento tenha algo a nos ensinar.


Assim pensando, o Natal de Jesus deve ser meditado todos os dias, e vivido da melhor maneira possível.


Se assim é, devemos convir que Natal é muito mais do que preencher um cheque e fazer uma doação a alguém que necessita dessa ajuda.


É muito mais do que comprar uma cesta básica e entregar a uma família pobre...


É muito mais que a troca de presentes, tão costumeira nessa época.


É muito mais que reunir a família e cantar.


É muito mais que promover o jantar da empresa e reunir patrões e empregados em torno da mesma mesa.


A verdadeira comemoração do Natal de Jesus é a vivência de Seus ensinos no dia-a-dia.


É olhar nos olhos daqueles que convivem conosco e buscar entender, perdoar, envolver com carinho esses seres humanos que trilham a mesma estrada que nós.


É se deter diante de uma criança e prestar atenção no que os seus olhos dizem sem palavras...


É sentir compaixão do mais perverso criminoso, entendendo que ele é nosso irmão e que se faz violento porque desconhece a paz.


É preservar e respeitar a natureza que Deus nos concede, como meio de progresso, e fazer esforços reais para construir um mundo melhor.


O Natal é para ser vivido nos momentos em que tudo parece sucumbir...


Nas horas de enfermidades, nas horas em que somos traídos, que alguém nos calunia, que os amigos nos abandonam...


Tudo isso pode parecer estranho e você até pode pensar que essas coisas não têm nada a ver com o Natal.


No entanto, Jesus só veio à Terra para nos ensinar a viver, e não para ser lembrado de ano em ano, com práticas que não refletem maturidade, nem desejo sincero de aprender com Essa Estrela de primeira grandeza...


Ele viveu o amor a Deus e ao próximo...


Ele viveu o perdão...


Sofreu calúnias, abandono dos amigos, traição, injustiças variadas...


Dedicou Suas horas às almas sedentas de amor e conhecimento, não importando se eram ricos ou pobres, justos ou injustos, poderosos ou sem prestígio nenhum.


Sua vida foi o maior exemplo de grandeza e sabedoria.


Por ser sábio, Jesus jamais estabeleceu qualquer diferença entre os povos, não criou nenhum templo religioso, não instituiu rituais nem recomendou práticas exteriores para adorar a Deus ou como condição para conquistar a felicidade.


Ele falava das verdades que bem conhecia, das muitas moradas da Casa do Pai, da necessidade de adorar a Deus em Espírito e Verdade, e não aqui ou ali, desta ou daquela forma.


Falou que o Reino dos Céus não tem aparências exteriores, e não é um lugar a que chegaremos um dia, mas está na intimidade do ser, para ser conquistado na vivência diária.


E é esse reino de felicidade que precisa ser buscado, aprendido e vivido nos mínimos detalhes, em todos os minutos de nossa curta existência...


Bem, Natal é tudo isso...


É vida, e vida abundante...


É caminho e verdade...


É a porta...


É o Bom Pastor...


É o Mestre...


É o maior Amigo de todos nós.


Pense em tudo isso, e busque viver bem este Natal...



(Redação do Momento Espírita)

Degraus da Vida





Comparemos o mundo a grande instituto de ensino...


Aceita a existência no Planeta, por estágio educativo de que necessitas, ainda mesmo quando te reconheças na condição de doente, sob regime de internação em alguma das enfermarias da escola.


Nasceste no lugar mais indicado aos ensinamentos de que precisas e no grupo familiar que mais se te aconselha ao currículo de lições.


O corpo físico é a carteira de recursos a que te prendes, para efeito de preparo e burilamento.


A religião do teu clima doméstico é a classe de iniciação na Espiritualidade Maior, da qual podes seguir indefinidamente para diante, no rumo dos mais elevados conhecimentos... Faze, pois, da idéia de Deus que já possuas, o caminho da própria ascensão.


Elege no trabalho a tua bênção de cada dia.


Compreendamos que o bem é a execução da Lei Divina, a estabelecer a felicidade dos outros, com a mesma justiça com que a estabelece para cada um de nós. E o mal é a tribulação que, porventura, estejamos impondo à existência do próximo.


Dever é rotina de instrução.


Disciplina é condição de êxito.


Dificuldade é exercício de aperfeiçoamento.


Conflito é aula de reequilíbrio.


Tentação é repetência de testes nos quais já falimos, em nos referindo às reencarnações passadas.


Obstáculo é desafio para a melhora de resistência.


Solidão é pausa de reajuste.


Menosprezo de pessoas queridas é convite ao aprendizado do amor genuíno.


Contratempos se definem por avisos salutares no serviço a fazer.


A não ser para auxiliar desinteressadamente, não procures tanto saber o que sucede no curso dos colegas e dos vizinhos, porque, de volta ao Lar Maior, responderás essencialmente por ti.


À vista disso, não olvides que ninguém se eleva sem elevar-se na vida pelos degraus da lei de elevação!...



Emmanuel
(Do livro “Buscas e Acharás”, Francisco C. Xavier, edição IDEAL)


*** *** ***



Agradeço aqui, mais uma vez, à Du, Carol, , Su, Juca, Diogo, Cidão, Nana e Urbano pelas mensagens de parabéns pelo meu aniversário ontem! Muito obrigada amigos! Adoro vocês! Beijos a todos!

Lição de um Gato


O Homem estava muito triste. Sabia que os dias do Gato estavam contados. O médico havia dito que não havia mais nada a fazer, que ele deveria levar o Gato para casa, e deixá-lo o mais confortável possível.


O Homem acariciou o Gato em seu colo e suspirou. O Gato abriu os olhos, ronronou e olhou para o Homem. Uma lágrima escorreu pela face do Homem e caiu na testa do Gato. O Gato lhe lançou um olhar ligeiramente irritado.


"Por que você está chorando, Homem?", perguntou. "Por que não suporta a idéia de me perder? Porque acha que nunca vai poder me substituir?"


O Homem fez que sim com a cabeça.


"E para onde acha que eu irei quando deixar você?", o Gato perguntou.


O Homem deu de ombros, sem saber o que dizer.


"Feche os olhos, Homem", disse o Gato. O Homem o olhou sem entender bem, mas obedeceu.


"De que cor são meus olhos, meu pêlo?", o Gato perguntou.


"Os olhos são dourados e o pêlo é marrom, um marrom intenso e vivo", o Homem respondeu.


"E em que parte do corpo tenho pêlos mais escuros?", o Gato perguntou.


"Nas costas, no rabo, nas pernas, no nariz e nas orelhas", disse o Homem.


"E em que lugares você mais costuma me ver?", perguntou o Gato.


"Eu vejo você... no parapeito da janela da cozinha, observando os passarinhos... na minha cadeira preferida... na escrivaninha, deitado em cima dos papéis de que eu preciso... no travesseiro ao meu lado, à noite".


O Gato assentiu.


"Você consegue me ver em todos esses lugares agora, mesmo de olhos fechados?", perguntou.


"Claro. Vi você neles por muitos anos", o Homem disse.


"Então, sempre que você quiser me ver, tudo o que precisa fazer é fechar os olhos", disse o Gato.


"Mas você não vai estar lá de verdade", respondeu o Homem com tristeza.


"Ah, é mesmo?", disse o gato. "Pegue aquele barbante do chão - ali, meu 'brinquedo'".


O Homem abriu os olhos, esticou o braço e pegou o barbante. Tinha uns 60 centímetros e o Gato conseguia se divertir com ele por horas e horas.


"De que ele é feito?", o Gato perguntou.


"Parece que é de algodão", o Homem disse.


"Que vem de uma planta?", perguntou o Gato.


"Sim," disse o Homem.


"De uma só planta ou de muitas?"


"De muitos algodoeiros," o Homem respondeu.


"E seria possível que outras plantas e flores nascessem no mesmo solo do algodoeiro? Uma rosa poderia nascer ao lado do algodão, não?", perguntou o Gato.


"Sim, acho que seria possível", disse o Homem.


"E todas as plantas se alimentariam do mesmo solo e da mesma chuva, não é?", o Gato perguntou.


"Sim", disse o Homem.


"Então, todas as plantas, a rosa e o algodão, seriam muito parecidas por dentro, mesmo aparentando ser muito diferentes por fora", disse o Gato.


O Homem concordou com a cabeça, mas não conseguia entender o que aquilo tinha a ver com a situação.


"E então, aquele barbante", disse o Gato, "é o único barbante do mundo feito de algodão?"


"Não, claro que não", disse o Homem, "foi tirado de um rolo de barbante".


"E você sabe onde estão todos os outros pedaços de barbante, e todos os outros rolos?", perguntou o Gato.


"Não, não sei... seria impossível saber", disse o Homem.


"Mas mesmo sem saber onde estão, você acredita que eles existem. E mesmo que alguns pedaços de barbante estejam com você, e outros estejam em outros lugares... mesmo que alguns sejam curtos e outros sejam compridos, e mesmo que seu rolo de barbante não seja o único no mundo... você concorda que há uma relação entre todos os barbantes?", o Gato perguntou.


"Nunca tinha pensado nisso, mas acho que sim, há uma relação", o Homem disse.


"O que aconteceria se um pedaço de barbante caísse no chão?", perguntou o Gato.


"Bom... ele ia acabar enterrado, e se decompondo na terra", o Homem disse.


"Sei", disse o Gato. "E talvez nascesse mais algodão naquele lugar, ou uma rosa".


"Pode ser", concordou o Homem.


"Quer dizer que a rosa no parapeito da janela pode ter alguma relação com o barbante na sua mão, e também com todos os barbantes que você nunca viu", disse o Gato.


O Homem franziu a testa, pensando.


"Agora pegue uma ponta do barbante em cada mão", instruiu o Gato.


O Homem fez o que foi pedido.


"A ponta na mão esquerda é o meu nascimento, e a na mão direita é minha morte. Agora junte as duas pontas", disse o Gato.


O Homem obedeceu.


"Você formou um círculo contínuo", disse o Gato. "Alguma parte do barbante parece diferente, melhor ou pior que qualquer outra parte dele?"


O Homem examinou o barbante e então fez que não com a cabeça.


"O espaço dentro do círculo parece diferente do espaço fora dele?", o Gato perguntou.


De novo, o Homem fez que não com a cabeça, mas ainda não sabia se estava entendendo onde o Gato queria chegar.


"Feche os olhos de novo", disse o Gato. "Agora lamba a mão".


O Homem arregalou os olhos, surpreso.


"Faça o que eu digo", disse o Gato. "Lamba a mão, pense em mim em todos os meus lugares costumeiros, pense em todos os pedaços de barbante, pense no algodão e na rosa, pense em como o interior do círculo não é diferente do exterior".


O Homem se sentiu bobo, lambendo a mão, mas obedeceu. Ele descobriu o que um gato deve saber, que lamber uma pata é muito relaxante, e ajuda a pensar mais claramente. Continuou a lamber, e os cantos da boca começaram a esboçar o primeiro sorriso que ele dava em muitos dias. Esperou que o Gato lhe mandasse parar mas, como este não mandou, abriu os olhos. Os olhos do Gato estavam fechados. O Homem acariciou o pêlo marrom, quente, mas o Gato havia morrido.


O Homem cerrou os olhos com força e as lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto.


Viu o Gato no parapeito da janela, na cama, deitado em cima dos papéis importantes. Ele o viu no travesseiro ao seu lado, viu os olhos dourados brilhantes, e o marrom mais escuro no nariz e nas orelhas. Abriu os olhos e, por entre as lágrimas, olhou para a rosa que crescia em um vaso na janela, e depois para o barbante que ainda segurava apertado na mão.


Um dia, não muito depois, tinha um novo Gato no colo. Era uma linda gata malhada... tão diferente do seu querido Gato anterior mas, ao mesmo tempo, tão parecida.



Tradução: Daniela Travaglini.

Copyright © 2001 by Jim Willis. Todos os direitos reservados.

Copyright da tradução brasileira © 2003 by Lugano Editora.



Retirado do site PEA – Projeto Esperança Animal







Visite o PEA, conheça o trabalho realizado e ajude!

Denuncie crueldades contra animais, adote um bicho, seja um ativista!

Os animais são nossos irmãos e merecem nosso apoio e respeito!



Antes de crer é preciso compreender



Ser espírita é uma questão de livre opção, por isso, estão equivocados aqueles que pensam que estamos atrás de adeptos.


Aliás, Allan Kardec afirmou que para ser espírita, antes de crer, é preciso compreender. Compreender o quê? O que é o Espiritismo, do que se ocupa, qual a sua finalidade.


Através do estudo da Doutrina Espírita, que está contida essencialmente na obra Kardequiana: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, A Gênese, Obras Póstumas, O Que é o Espiritismo e outros opúsculos, aprendemos que a Doutrina Espírita trata essencialmente de:


Existência de Deus como Pai soberanamente justo e bom, inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.


Existência e imortalidade da alma e seu destino. Trata, também, da sua preexistência.


Comunicabilidade entre vivos e mortos, ou numa linguagem espírita, encarnados e desencarnados, através da mediunidade, ponte feita com um material que se chama amor, por onde transitam nossos amados que viajaram antes, ou aqueles que nos odeiam, para exercer perseguições.


A reencarnação, que é sempre progressiva e na humanidade. A finalidade da reencarnação não é a de quitar erros do passado, e sim, a de levar o espírito à perfeição, destinação superior que lhe foi dada pelo criador.


O Espiritismo é cristão, e a sua moral é a evangélica, porque é a melhor que existe. Entretanto é preciso compreender que ele está acima dos dogmas, e aberto a todas as filosofias e religiões, porque Jesus de Nazaré não pertence a uma seita ou a um povo, é um missionário sem pátria, sem sectarismo.


O objetivo essencial do Espiritismo é o de melhorar o homem moral e intelectualmente, para que o homem melhore o mundo. Embora o Espiritismo ensine ao homem que a sua verdadeira pátria é a espiritual, ele não se preocupa em levar o homem para o céu, e sim, fazer da Terra um mundo melhor, de paz, harmonia, justiça.


Viver com dignidade é uma das nossas lutas, e para viver com dignidade o homem deve ter o suficiente, como uma casa onde construa um lar. É preciso ter alimentos, roupas, escola em todos os níveis, assistência médica e dentária, emprego, lazer.


Aprendemos, ainda, com o Espiritismo, que a prece é um ato de adoração a Deus. Ela não muda as leis do Universo, mas dá forças, coragem, ânimo e fé. Através da prece ligamo-nos com Deus, e criamos um ambiente de fraternidade e de união com os nossos entes queridos desencarnados.


Queremos deixar bem claro que o Espiritismo não admite a mediunidade profissional. Dai de graça o que de graça recebeste é o lema orientador do Espiritismo, pois ninguém pode arbitrar um preço ao trabalho dos espíritos, e nem obrigá-los a se manifestarem.


Estão aí, em linhas gerais, que precisam ser aprofundadas, as finalidades do Espiritismo. Reiteramos nossa argumentação de abertura: O Espiritismo aconselha, que, antes de crer, é preciso compreender.


Artigo de Amílcar de Chiaro Filho - Guarulhos - Setembro de 2000.

Amílcar Del Chiaro Filho é escritor e radialista na Rádio Boa Nova - Guarulhos / SP.


Retirado do Blog Consciência e Vida


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Aqueles que dizem que as crenças espíritas ameaçam invadir o mundo, proclamam-lhe, com isso, a força, porque uma idéia sem fundamento e despida de lógica não poderia se tornar universal.


O Espiritismo não tem mistérios nem teorias secretas; tudo nele é revelado com clareza, para que cada um possa julgá-lo com conhecimento de causa; mas, cada coisa deve vir a seu tempo para vir com segurança. Uma solução dada superficialmente, antes da elucidação completa da interrogação, seria uma causa de retardamento, ao invés de realizar o progresso.


Nenhuma obra humana pode ser grande e duradoura se não se inspirar, na teoria e na prática, em seus princípios e em suas explicações, nas leis eternas do Universo. Tudo o que é concebido e edificado fora das leis superiores se funda na areia e desmorona.