Contra a pedofilia, em defesa da inocência...




Hoje é dia de BLOGAGEM COLETIVA. O tema desta vez é PEDOFILIA e foi proposto pela LUMA. Gostei muito do tema e acho bem pertinente para ser divulgado e discutido através da blogosfera, já que, hoje em dia, grande parte dos crimes relacionados a este assunto ocorre com o auxílio dessa poderosa ferramenta que se tornou a INTERNET.


A pedofilia é uma perversão sexual, caracterizada pela opção sexual preferencial por crianças e adolescentes, de forma compulsiva e obsessiva. O pedófilo é uma pessoa aparentemente normal e muitas vezes bem inserida na sociedade, daí o fato da pedofilia ser uma patologia muito freqüente em todas os níveis sociais e econômicos, portanto, não é rara a presença de pedófilos nas escolas, praças, igrejas, consultórios médicos, enfim, em todos os lugares onde ele, o pedófilo, possa encontrar crianças e adolescentes. Em muitos casos o pedófilo pode ser alguém da própria família. O pedófilo é, acima de tudo, um doente, que necessita de tratamento, mas que torna-se muito perigoso, já que pode cometer crimes (não só o abuso sexual em si, mas outros igualmente graves, incluindo até o homicídio) contra as crianças, por isso deve ser combatido.


Sobre o período de infância a Doutrina Espírita nos esclarece que este é um estado de suma importância para o Espírito reencarnante, que está em trânsito, a caminho de sua pureza e perfeição, conforme nos afirma a questão 383 do “Livro dos Espíritos”:


Pergunta: Qual, para este, a utilidade de passar pelo estado de infância?


Resposta: “Encarnado, com o objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito, durante esse período, é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo.”


Em relação às crianças, entendemos, portanto, que os responsáveis por educá-las somos todos nós, já que precisamos dar os exemplos a serem seguidos por elas quando estiverem em condição de responderem por si próprias. Estando, portanto, mais acessíveis às impressões que recebem, provavelmente estarão definitivamente marcadas por qualquer tipo de violência cometida contra elas, o que lhes trarão sérios prejuízos no futuro, nesta e em outras encarnações.


A Doutrina Espírita procura não condenar ninguém, recomendando sempre que tenhamos com todos o máximo de respeito, consideração e carinho, inclusive para com as pessoas desequilibradas sexualmente, uma vez que elas constituem espíritos que atravessam um momento difícil (até mesmo tormentoso) em que necessitam promover a sua edificação moral, através de uma conduta sexual equilibrada. Ocorre que, não é lícito a ninguém, seja hetero ou homossexual, determinados abusos, tais como a pedofilia, que vem a ser uma prática criminosa, por envolver criaturas inocentes e indefesas, constituindo assim um ato de extrema violência, que por isso mesmo, deve ser combatido.


O Espiritismo, portanto, não condena ninguém pelas escolhas que qualquer pessoa faça em sua vida, apenas nos alerta a respeito da Lei de Ação e Reação, segundo a qual recebemos de volta os efeitos de nossa própria conduta, conforme asseverou JESUS, quando afirmou: “A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”. Mas, como para tudo na vida precisamos ter bom-senso, não podemos, de maneira alguma, ser coniventes com determinadas atitudes, pois assim estaríamos igualando-nos aos criminosos. O pedófilo, na minha opinião, deve ser considerado um doente e por isso, merece tratamento, não só médico, mas quem sabe também espiritual, já que, além do próprio distúrbio do qual é portador, muitas vezes ele pode estar acompanhado de espíritos obsessores. O que não podemos é de forma alguma tolerar esse tipo de comportamento abusivo.


Neste caso específico, portanto, cabe a todos nós orientarmos e protegermos as crianças em relação aos perigos e estarmos sempre atentos a qualquer comportamento estranho. E não devemos deixar de denunciar quando suspeitarmos de algo. Afinal, uma coisa é ser compreensivo com as faltas alheias, outra coisa é ser conivente e permissivo com determinados crimes...